Parece que Renato Gaúcho ainda não encontrou a
fórmula para vencer o Vasco, enquanto o Vasco já encontrou a maneira de parar o
Fluminense.
A superioridade técnica da equipe tricolor não
foi suficiente para a tão esperada vitória sobre o time da colina, isso porque
o adversário se iguala em vontade.
Desde o início da partida foi assim. Viu-se um
time pressionando a saída de bola e marcando forte, enquanto outro, o Flu,
submetendo-se de forma displicente à pressão vascaína.
Moroso e sem criatividade, o Flu era facilmente
dominado.
Conca, o cérebro da equipe, muito bem marcado,
teve que recuar para conseguir articular jogadas. Diguinho, um dos volantes,
era o homem responsável pela saída de bola da defesa para o ataque. Daí se
explicam a morosidade e a a falta de criatividade.
Apesar do domínio adversário, o tempo foi
parecido em oportunidades perdidas, uma vez que perdemos três ótimas
oportunidades com Walter, Jean e Carlinhos, enquanto o Vasco atingiu nossa
trave por duas vezes.
O Flu voltou melhor para a segunda etapa,
parecendo querer jogo. Pelo menos, adiantou a marcação e forçou os erros do
Vasco. Por isso, passou a dominar as ações e fez seu gol, com Fred, após
excelente jogada de Jean. Jean, aliás, que, quando funciona como meia mais avançado,
parece ser bem mais útil à equipe.
Logo após o tempo técnico, porém, em seguida a
um mau rebote de Valência, o Vasco encontrou o Tricolor desarrumado, alguém foi
à linha de fundo e cruzou, Elivelton dormiu e o jogador vascaíno empurrou para
as redes para empatar.
Depois disso o Flu pareceu perdido, talvez
cansado (não sei de quê), e não teve forças para buscar a vitória.
Não foi um resultado injusto, mas já é a
segunda partida contra o Vasco em que o Flu perde em determinação. Pareceu-me
um adversário sempre mais disposto dentro de campo, até porque ciente de suas
limitações, busca superá-las com muita força de vontade.
E essa vontade traduziu-se em excessos não
coibidos pelo fraquíssimo árbitro. Aplicou cartões amarelos imerecidos a
jogadores do Flu e deixou de aplicar outros a jogadores vascaínos, inclusive
dois vermelhos; um numa entrada criminosa sobre Diguinho e outro quando Bruno
foi intencionalmente pisado, apesar de a crônica televisiva sempre procurar não
enxergar o lance como deveria, principalmente quando é a favor do Flu; neste último
lance, aliás, Bruno foi obrigado a deixar o campo de jogo.
O Fluminense tem sido previsível e facilmente
anulado, e isso não se torna difícil quando a marcação recai sobre Conca e
sobre os avanços dos laterais. O Flu para aí.
Renato não cria opções, não surpreeende, apesar
de ter time para isso.
Walter, por exemplo, é o jogador que não
deveria ser substituído, exceto por lesão. Ao lado de Conca, pode ser o responsável
por desequilibrar uma partida seja com belos gols, seja com boas assistências. E,
além disso, prende a atenção da defesa adversária. Com a sua saída,
invariavelmente, o inimigo vem para cima, como aconteceu hoje.
Ainda não foi dessa vez e, para ser da próxima,
o Flu deverá jogar mais do que jogou nas duas últimas partidas contra o
cruzmaltino, principalmente inovar, surpreender. Será capaz disso? Com a
palavra, Renato Gaúcho.
Avante, Fluminense! ST
Nenhum comentário:
Postar um comentário