quinta-feira, 29 de maio de 2014

Acordou Tarde


Atlético Mineiro e Botafogo, a meu ver, possuem algumas semelhanças que vão desde as cores alvinegras até o complexo mesquinho de eternos injustiçados. Mas entre estas há outra que lhes é peculiar: contra o Fluminense jogam como se fosse a partida da vida, exagerando na disposição, que extrapola, quase sempre para a violência, além da catimba natural de quem protege um resultado positivo contra o Flu como se fosse um troféu.
 

Foi o que aconteceu hoje: estádio com carga total vendida, Diego Tardelli, que há muito não via a cor da bola, fez partida brilhante e Levir Culpi em noite de Cuca, e tudo isso depois de um empate frustrante contra o Criciúma no mesmo local e há poucos dias. É claro que contribuíram para a vitória atleticana erros infantis cometidos pelo goleiro e pela defesa de um modo geral.



O Fluminense fez um primeiro tempo ruim, bem distante das melhores partidas sob o comando de Cristóvão. Sóbis e Walter ficaram isolados na frente, a equipe não marcou a saída de bola adversária como em outras oportunidades, perdeu divididas, foi lento na saída para o ataque e não criou no meio.



Mesmo com mais posse de bola e finalizações, o Flu não conseguiu ser verdadeiramente perigoso, dando muito campo ao adversário no meio.



Apesar disso, a defesa esteve bem postada, exceto por uma ou duas rebatidas equivocadas, e evitou maiores problemas.



Salvo uma boa jogada de Carlinhos que culminou numa ótima cabeçada de Sóbis, o Flu pouco fez. Walter, de tão isolado, voltou para buscar jogo e, num único lance em que conseguiu se desvencilhar da marcação, arrematou mal. Foi um tempo de muita ligação direta defesa (às vezes goleiro) – ataque, o que impediu que o setor ofensivo recebesse bolas em condições de criar reais situações de perigo ao galo mineiro.


Não faltou, contudo, a disposição costumeira.



O Flu começou melhor o segundo tempo, mas num contra-ataque fulminante, e após erro do goleiro Felipe ao hesitar em sair na bola alçada, o galo marcou seu gol. A partir daí, o Tricolor passou a correr, demonstrando claramente que fez um primeiro tempo acomodado com o empate.
 

Acordado, partiu para o ataque, mas num novo contragolpe, Chiquinho, falhou na marcação e permitiu que a adversário conduzisse livre a bola e centrasse, bola que passou a 20 cm das mãos do goleiro Felipe sem que este esboçasse sequer reação para cortá-la, para Tardelli entrar livre e empurrar para as redes.
 

A partir daí o Flu tentou no abafa, mas ainda desorganizado. Teve boas chances, uma com uma falta bem cobrada por Conca no travessão, outra num bom chute de Walter defendido à queima roupa pelo goleiro atleticano e duas chances claras perdidas por Kennedy.
 

E ainda teve Michael, que nem mesmo tocou a bola, expulso infantilmente, irritado pela catimba adversária, o que prejudicou, é claro, eventual reação.
 

Apesar da luta, repetiram-se os erros das derrotas para Vitória e Grêmio, inclusive a ineficiência ofensiva, com uma agravante: hoje o Flu (comparando-o consigo mesmo) foi bem pior em todos os aspectos. Exceto pelo abafa final, fruto da necessidade de se buscar o gol e da reação instintiva do galo em se defender, não vi no tricolor 10% daquele Flu de Cristóvão que empolgou a torcida tricolor nas primeiras partidas do brasileiro, não sendo justo atribuir-se a derrota apenas às falhas do goleiro.
 

O Flu não foi no primeiro tempo o que foi no segundo, principalmente após sofrer o primeiro gol, quando, aí, sim, pareceu acordar para a partida. O Fluminense só desejou ganhar quando começou a perder, mas essa estratégia, via de regra, não funciona.
 

De qualquer forma, porém, ainda estamos no topo, e com os reforços que já despontam caberá a Cristóvão corrigir as deficiências, que já parecem claras, para lutarmos pela liderança e, quem sabe, pelo campeonato.



Avante, Fluminense! ST
 
 

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Evento pelos 30 Anos do Bicampeonato Brasileiro

Ótima oportunidade para relembrar a gloriosa década de 1980, o timaço tricolor tricampeão carioca entre 1983/1985, campeão brasileiro de 1984 (bicampeão) e homenagear o artilheiro Washington, recém elevado ao plano espiritual.
 
Será, com certeza, uma noite histórica, onde estarão presentes ídolos da época, aberta a sócios e não sócios. Vale a pena conferir.
 
Avante, Fluminense! ST

domingo, 25 de maio de 2014

Descanse em Paz, Washington

Faleceu na manhã deste domingo, Washington, um dos protagonistas da dupla "Casal 20", que, nos anos 1980 encheu de alegrias a torcida tricolor.
 
Sofria de uma doença degenerativa que lhe consumia gradativamente, impedindo-o de se movimentar, de falar e, finalmente, de viver.
 
Nas nossas memórias ficarão lances inesquecíveis que embalaram a nossa paixão pelo Fluminense, numa época em que éramos temidos, muito em função das atuações antológicas de Washington e de seu inseparável companheiro Assis.
 
Campanhas foram criadas para ajudá-lo pelo Fluminense e por tricolores anônimos. Em 2009, o grupo Fluminense Eterno Amor, engajado no propósito de solidarizar-se com o ídolo, levou até a sua casa, em Curitiba, através dos companheiros Milena Wippel e Alexandre Costa, uma camisa oficial para que fosse assinada e depois leiloada em seu benefício.
 
Washington foi tricampeão carioca (83/84/85) e campeão brasileiro de 84 pelo Fluminense. Seu nome sempre será lembrado como um dos maiores ídolos da história do Fluminense.
 
A torcida tricolor está de luto.
 
Descanse em paz, Guerreiro imortal!
 
Avante, Fluminense! ST



sábado, 24 de maio de 2014

Três Pontos Importantíssimos


Jogar mal e vencer também vale três pontos.
 

Não que o Flu tenha feito uma partida horrorosa, longe disso. O problema é que quando a torcida se acostuma a espetáculos como a vitória sobre o São Paulo, um jogo como este, digamos, deixa a desejar.

 
Mesmo assim, valeu pelo microespetáculo dos primeiros cinco ou dez minutos, oportunidade em que o Tricolor mostrou o que costuma apresentar à sua plateia: muita força ofensiva e compactação. Nesse período, Kennedy fez o gol do Flu aos quatro, após belo e indefensável chute contra a meta do goleiro Marcelo Lomba.
 

O restante do primeiro tempo ainda mostrou um domínio do Flu, muito por que o Bahia era inofensivo na frente. Não houve, porém, grandes emoções dos dois lados.
 

Na segunda etapa o time baiano voltou melhor, com Wilian Barbio implantando verdadeiro terror pelo lado direito do ataque, e realizando as principais jogadas ofensivas contra o Flu. Cristóvão percebeu isso e pôs o jovem Ronam no lugar de Carlinhos – parabéns pelos quatro anos de respeito ao Fluminense -, que já vinha dando sinais de cansaço e sendo superado facilmente pelo cabeludo da Bahia.
 

Kennedy saiu para a entrada de Diguinho porque o Flu estava perdendo as disputas no meio, mas em compensação Walter ficou isolado na frente, onde as bolas não chegaram. Conca deu lugar a Sóbis para tentar corrigir esse isolamento no ataque, mas não houve grandes mudanças.
 

Conca esteve abaixo do que rende normalmente, talvez esta a explicação para a bola não ter chegado a Walter durante quase toda a partida. Hoje o Flu foi bem menos ofensivo e esteve muito mais preocupado em se defender. Ficou nítido que a equipe cansou no segundo tempo, tanto é que a pressão na saída de bola adversária só funcionou em poucos momentos do jogo.
 

Nem sempre, como eu disse, é possível dar espetáculo, mas a vitória foi fundamental e um sufocozinho depois de um longo e tenebroso inverno não é nada que não se possa suportar. Afinal de contas, nossos corações já viveram isso quase que constantemente nos últimos anos.
 

Despachamos mais um genérico que acreditou que faria gol nos acréscimos, como fez contra o regatas. Só se esqueceram de uma coisa: aqui é Fluminense!
 

Estamos no caminho certo.
 

Avante, Fluminense! ST
 
Foto: Lancenet.
 

 

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Tricolor Soberbo!


Para todos nós, saudosos daquela épica vitória sobre o mesmo São Paulo na Libertadores de 2008, hoje, seis anos depois, lavamos novamente a alma e mostramos aos impostores que tricolor só existe um, único, onipresente, soberano.
 

Os cinco gols foram a melhor resposta para aplacar a soberba são paulina de, até então, única equipe invicta do campeonato e recém vitoriosa sobre o arquirrival clube de regatas. Aliás, mostramos também à equipe das bandas do Tietê, que Fluminense não é flamengo,  e que nossa história é de batalhas heróicas, de glórias conquistadas às custas de suor e sangue, não de maracutais e conchavos escusos.
 

Foi uma vitória santa, como diria Nelson Rodrigues.


Apeasar da santidade da vitória, foi o pior primeiro tempo do Fluminense sob o comando de Cristõvão. Marcou menos, atacou menos e ainda falhou defensivamente.
 

A equipe submeteu-se à marcação adversária e não soube conter a rápida e eficiente troca de passes sãopaulina, principalmente as enfiadas de Ganso e Pato; pelo lado direito, o Flu foi mal na frente e atrás, pois, se Bruno não é unanimidade, Wellington Silva, seu reserva, deixou também a desejar. Que o diga o lance atabalhoado que gerou o pênalti e o primeiro gol dos paulistas.
 

Apesar de mal posicionado em campo, o Flu encontrou o gol de empate através da força, oportunismo e inteligência de Walter, mas, logo após, Pato, fez de cabeça após um cruzamento que veio do lado direito da defesa tricolor.
 

Mas já chega de momentos ruins, pois uma vitória como essa releva tudo o de errado que possa ter acontecido. Na verdade, somente citei o que de ruim aconteceu para mostrar o quanto Cirstóvão é um treinador de verdade.
 

Não há outro adjetivo que qualifique um homem que transforme água em vinho. Cristóvão mudou o panorama da partida da água para o vinho. Adiantou a marcação, avançou os laterais e tornou o Flu aquele que estamos nos acostumando a assistir, insinuante, ofensivo, audacioso.


Desde os primeiros minutos a pressão foi total. Literalmente, o São Paulo não jogou o segundo tempo. Foi um verdadeiro massacre que começou com um gol contra, mais um de Walter que, dessa vez deitou e rolou para a torcida, outro de Wagner e, por fim, mas não menos importante, o do guerreiro Sóbis.
 

E que gol de Walter. Colocou a bola, de três dedos, no canto, tabelando com a trave, propositalmente. Quando a bola foi alçada por Wagner, imaginei que bateria de primeira, mas Walter surpreende, não é um jogador comum. Matou a pelota, trouxe para dentro, fixou a mira e pôs a bola no fundo do gol de Rogério Ceni.
 

E poderia ter sido de mais, pois o Flu transformou os sãopaulinos em verdadeiras baratas tontas dentro de campo, tamanha a supremacia tricolor.


Jogo para não esquecer, arquivar num canto da memória como a noite em que se mostrou ao Brasil inteiro que tricolor atende pelo nome de Fluminense. E basta.


Não teve Pato, Ganso ou Rato. Teve guerreiro, no campo e na arquibancada, uníssonos, atuações de gala.
 

Parabéns ao Cristóvão, parabéns aos valorosos jogadores: Walter, espetacular; Wagner, soberbo; Conca e Sóbis, guerreiros eternos e todos os demais que contribuíram para essa magnífica vitória.


Estamos no caminho certo.


Avante, Fluminense! ST
 
 

terça-feira, 20 de maio de 2014

Vergonha em Dose Dupla, ou Tripla!


O Corinthians ganhou um estádio novíssimo dos governos municipal e federal. O Itaquerão/Odebrecht pode ser horroroso, mal localizado, pode ser o que for, mas é do Corínthians, um estádio moderníssimo para mais de sessenta mil pessoas.
 

Sob o pretexto da realização da partida inaugural da Copa do Mundo, escolheu-se, sem critérios bem definidos camuflados numa falsa concorrência, que seria o Itaquerão a receber os investimentos públicos para que, de sonho, se transformasse em realidade.
 

De todos os estádios privados que sediarão jogos da Copa – os outros são as Arenas do Atlético Paranaense e o Beira-Rio – foi o que mais recebeu recursos. Foram cerca de R$420 milhões em créditos fiscais da Prefeitura de São Paulo, ou seja, dinheiro que o erário público municipal deixa de recolher, mas que exige que o cidadão de bem, aquele que sobrevive com seu minguado salário, recolha religiosamente, sob pena de executar-lhe sem dó nem piedade.


Além dessa dinheirama que a Prefeitura deixará de recolher, e o Corínthians de pagar, o governo federal também resolveu dar uma ajudazinha e contribuiu com mais R$400 milhões de reais, dinheiro emprestado pelo seu Banco de Desenvolvimento e que será restituído a perder de vista e a juro reduzidíssimo, verdadeiro fundo perdido.
 

Não bastasse o escárnio com a população, já ultrajada diariamente por ações ou omissões do Poder Público, o Estado dá a um clube privado um presente bilionário em detrimento de outros clubes de futebol que poderiam ser beneficiados, por exemplo, com facilidades maiores para a quitação de dívidas tributárias.
 

Para poucos, muito; para muitos, nada ou quase nada.
 

Imagine-se o quanto o Corínthians não colherá de frutos. Além do estádio em si, cujo valor ultrapassa um bilhão, ainda arrecadará com as rendas, todas para os cofres do clube. Só na partida inaugural foram cerca de três milhões de reais.
 

Não entendo como justo o aporte de dinheiro público em instituições privadas se não há interesse público envolvido. Na construção do Itaquerão, quem ganha é somente o Corínthians.
 

E parece que a imoralidade não vai parar por aí, pois o próprio Ministro da Educação acenou com a possibilidade de praticar o mesmo crime de lesa-pátria e injetar dinheiro público, sob o disfarce da Lei de Incentivo ao Esporte, para que o Flamengo também possa ganhar o seu presente.

 
Mesmo que se trate de uma bravata, daquelas comuns em períodos eleitorais, só por ter emanado de uma autoridade da República, a quem incumbe agir com parcimônia na gestão dos gastos públicos e, principalmente, observar o princípio da moralidade administrativa, é uma grande vegonha.


Enquanto há facilidades por lá e promessas por aqui, outros clubes, como o Fluminense, encontram sérias dificuldades para parcelar o pagamento de dívidas tributárias com a União. Parece absurdo, mas não é, querer pagar uma dívida e não poder ante a intransigência explícita do Poder Público em negociar seus próprios créditos!


Vegonha em dose dupla, ou tripla!

Avante, Fluminense! ST

domingo, 18 de maio de 2014

Quando a Covardia é Recompensada


Eu poderia repetir aqui o escrevi após a partida contra o Vitória. A única diferença, e fundamental, foi a de que o time baiano enfrentou o Fluminense no Maracanã, bem longe de sua casa e o, Grêmio, diante de sua torcida.
 
O esquema de ambos, contudo, foi bem parecido. Forte marcação, a gremista mais adiantada, e paciência para encontrar a bola do jogo. O Vitória encontrou duas, o time gaúcho, uma.
 
Apesar de mais cauteloso no início, o que tornou o jogo truncado e sem muitas atividades ofensivas, exceto por um chute de Barcos, o Fluminense, após vinte e poucos minutos da primeira etapa, passou a comandar as ações e perdeu dois gols seguidos, após excelentes intervenções do goleiro gremista; o primeiro, após excelente cabeçada de Fred, que foi milagrosamente espalmada pelo arqueiro e a segunda, minutos depois, com belo arremate de Sóbis para outra belíssima defesa de Marcelo Grohe.
 
Foi exatamente quando era melhor, que a equipe do Sul “encontrou” seu gol após desatenção de Jean, que deixou Rodriguinho na cara do gol de Cavalieri.
 
No segundo tempo o panorama se repetia. Forte marcação gaúcha e um Flu que não soube superá-la, principalmente porque faltou alternativa às jogadas de Conca, execeto por um belo chute de Sóbis, mais uma vez espetacularmente defendido pelo arqueiro adversário. A centralização do jogo em Fred também torna o jogo previsível e facilmente anulável, tendo faltado opções que aparecessem do meio, como Jean e Wagner.
 
E se a partida parecia equilibrada, Fred, após lance infantil – mais um – perdeu a cabeça – novamente – e foi expulso de campo. Ao meu ver, Walter, que entrou momentos antes no lugar de Sóbis, bem que poderia ter sido o substituto do artilheiro bigodudo. Fazer esse exercício de suposição agora, porém, não adianta muita coisa.
 
O fato é que, apesar de todos esperarmos uma pressão incessante do Grêmio, a equipe sulista acuou-se ainda mais em seu campo, procurando por um contra-ataque que foi desperdiçado nos pés de Barcos por duas vezes. Afora esses dois lances, o Flu continuou mais perigoso e sufocando o Grêmio em seu campo defensivo, principalmente porque Walter é sempre perigoso, tanto por seus chutes em gol quanto por suas articulações ofensivas. Num desses lances, o tricolor, com um a menos, obrigou o santo milagreiro gaúcho a outra defesa sensacional.
 
Derrota do Flu, mais uma vez quando foi melhor em todos os quesitos do que o seu oponente, menos num: eficiência. Dessa vez, entretando, a ineficiência do Flu teve um aliado intransponível: Marcelo Grohe.
 
O goleiro gaúcho foi o principal culpado pela derrota tricolor, até mais do que a tola expulsão de Fred e concorrendo cabeça a cabeça com a desatenção de Jean no lance em que deixou Rodriguinho livre para marcar o gol do Grêmio.
 
Mas não adianta, apesar do que a equipe vem jogando, acreditar-se que tudo está bem. Duas derrotas em cinco partidas é sinal de algo está errado. Não adiante ser guerreiro, brioso, ousado, se o Flu ainda não aprendeu a superar sólidos sistemas defensivos. Não acho que seja tarefa difícil resolver esse problema; hoje mesmo nossa sorte poderia ter sido melhor não fosse o já citado guarda metas gaúcho, mas é preciso encontrar uma solução para dar mais qualidade ao meio, principalmente quando Conca está severamente marcado, e evitar a centralização exacerbada do jogo sobre Fred.
 
O Fluminense continua no caminho certo, pois não fosse a equipe gaúcha acovardar-se (se acharem exagerado, pode-se usar o termo acautelar-se) dentro de campo, inclusive quando tinha um jogador a mais, teríamos melhor sorte.
 
Avante, Fluminense! St
 
Foto: Lancenet
 

domingo, 11 de maio de 2014

No Fla x Flu é um Ai Jesus!


No Fla x Flu é um “Ai Jesus!”. Nunca poderia imaginar que um dia fosse concordar com algo que viesse lá das bandas do clube de regatas, mas o trecho preconizado no hino rubro-negro é a mais pura expressão da verdade.

Este ano foram duas vitórias, com cinco gols marcados e nenhum sofrido, parecendo estar sendo feita justiça por todo o achincalhe sofrido pelo Fluminense pela farsa montada pelo time da Gávea na última rodada do brasileirão de 2013.

Eles, o clube de regatas e os jornalistas da famigerada Flapress, merecem engolir cada um desses gols e cada derrota, como um preço, ainda não totalmente pago, pelas condutas espúrias que, ano após ano, emporcalham o nosso futebol.

Gostaria de ver as caras do RMP (Zandonaide), Mauro Cezar Pereira e outros defensores da horda rubro-negra. Qual seria o tema da coluna abjeta de RMP? Provavelmente não haverá tema, nem coluna. Sua mente, agora, deve estar se perguntando: - “O que posso inventar agora para sacanear o Fluminense?”. Nada, RMP, resuma-se à sua mediocridade, à sua insignificância e reconheça que o Tricolor é e sempre será o pesadelo de vocês!

Quanto ao jogo, o Flu foi o que acostumou-se a ser sob o comando de Cristóvão e mostrou que a derrota na última partida foi um acidente de percurso. Maduro, consciente, concentrado, compactado durante todo o jogo. Jogou e pouco deixou jogar, recuando alguma coiosa no segundo tempo para buscar os contra-ataques.

Fred, “El Bigodon”, feliz com a convocação, fez o primeiro, de cabeça, após excelente córner cobrado por Conca. A partir daí o Tricolor continuou dono da partida, controlando as ações e seguro em si.

No segundo tempo, o Flu deu mais campo, mas mesmo assim permanceu mais incisivo e próximo do segundo gol do que o clube de regatas do empate. Na parte final, o adversário foi para cima no abafa e, num contra-ataque puxado pelo inteligente e habilidoso Walter, que serviu Conca que, por sua vez, deixou Chiquinho livre para marcar com um belo chute cruzado o segundo e derradeiro gol Tricolor.

Gol para fazer justiça a quem foi melhor e que serviu para silenciar a súcia postada do lado esquerdo das cabines de rádio e TV.

Há muito tempo um Dia das Mães não é tão perfeito, particularmente para as mamães tricolores!

Avante, Fluminense! ST

Dia das Mães


O dia das mães não é somente uma efeméride.

Muito além de uma data festiva, é um dia para se lembrar que são seus todos os dias do ano e todos os minutos do dia; que as homenagens, por maiores e mais imponentes que sejam, nunca são suficientes a retribuir tamanha virtuosidade.

Mãe é mãe; biológica ou não, é quem cria, cuida, aninha, ama, ensina, sofre, luta, protege, chora, sorri; é quem vive não somente por si, não sonha senão pelo filho, labuta para cuidar, é feliz e sofre de tanto amar.

Pode o mundo estar em festa, mas, mãe que é mãe só se alegra se seu filho está feliz; e não há ciência exata, ou ditado popular, que seja melhor conselho; não há palavra escrita ou falada que se sobreponha à intuição materna, pois a maior sabedoria é sempre a mãe quem ensina.

E é por isso que toda homenagem sempre será pouca, pois mãe que é mãe só quer amor, o presente mais sublime que poderia receber.

Se o tempo é corrido, os dias voam e as atribulações diárias não permitem que esteja próximo dela, não se preocupe, pois hoje você terá a oportunidade de retribuir-lhe tudo o que ela lhe deu com um simples – “Eu te amo”.

Aninhe-se em seu colo, afague-a, acarinhe-a, abrace-a com força e diga que a ama, que a sua vida, do jeito que é, você deve a ela, por tudo que fez e por tudo que ainda faz por você.

Agradeça-a, enalteça-a, bajule-a, esteja próximo dela e deixe que ela sinta o amor que exala de você.

Aproveite o momento, sinta a sua presença, conecte-se ao seu coração e embale-a com o seu amor e carinho. Sinta-a física ou espiritualmente, mas sinta-a. Esteja onde estiver, ao seu lado ou bem distante, mãe sente amor de filho, como se aquele cordão umbilical jamais tivesse sido rompido, como se aquela criança jamais tivesse crescido...

Não deixe de amá-la sempre, mas não perca a oportunidade de dizer-lhe, hoje, o quanto a ama e é feliz por ser seu filho.

Feliz Dia das Mães.
 
Avante, Fluminense! ST
 
 

terça-feira, 6 de maio de 2014

O Consórcio Maracanã e o Desrespeito ao Torcedor


O Fluminense soltou uma nota oficial exigindo melhorias no acesso de torcedores ao Maracanã em virtude de probemas ocorridos nos jogos contra Horizonte, Figueirense e Vitória.
 
Particularmente, nesta última partida, quando o público foi superior a cinquenta mil presentes, a problemática da entrada de torcedores foi mais acentuada; eu obeservei uma multidão de torcedores chegando às arquibancadas durante todo o primeiro tempo do jogo e até o seu intervalo, o que é um absurdo, uma vez que o ingresso dá direito à partida inteira.

Duas horas antes as filas já eram imensas no derredor do estádio, em total desrespeito ao torcedor que, tentando ser prevenido e a fim de evitar transtornos na entrada, adquiriu antecipadamente o seu ingresso pela internet.

De que adianta, assim, a aquisição antecipada de ingressos pela via on line se, para se ter acesso ao estádio, impõe-se verdadeira burocracia que não se coaduna com a presteza que se deve dar ao acesso dos torcedores ao local do espetáculo.

E não é de hoje. Quem frequenta o estádio sabe que em jogos de maior apelo a questão mostra-se recorrente.

O Consórcio, talvez para maquiar a sua inépcia em administrar, enche o estádio de “informantes” que só sabem dar boa noite, porque pouco sabem informar, e não cuida do principal, que é a simplificação do acesso do público.

Não é difícil, basta vontade e, talvez, um pouco de dinheiro que não desejam gastar, mas que entra fácil em seus cofres. Aliás, a própria concessão já foi um “negócio da China”.

Quando os jogos ainda eram no Engenhão, entrei diversas vezes com o meu próprio cartão de crédito, onde o ingresso era carregado. Era simples e, deve ser tão simples quanto, adaptar as catracas para que leiam as tarjas eletrônicas nos cartões de crédito.

Isso já ocorre com os sócios-torcedores, cujas carteiras são carregadas com os ingressos após a realização do opt-in no portal do clube na internet.

Por que, então, a dificuldade?

E os pontos de venda de ingresos físicos também são escassos. Quanto custa credenciar outros pontos e, de preferência, em todas as regiões da cidade, na região metropolitana e cidades próximas?

Ao que parece, o Consórcio não planeja investir nem em tecnologia, nem em credenciamento de novos pontos de venda de ingressos, nem mesmo em pessoal, uma vez que costuma autorizar a venda de lugares no setor norte e outros setores do estádio apenas quando o público já encheu o setor sul (no caso da torcida do Fluminense). Trata-se de medida que, claramente, tenciona impedir despesas e limita o direito do torcedor de escolher o local que melhor lhe aprouver para assistir à partida.

Até onde vai a sanha por lucros dessas empresas (que formam o Consórcio)?

O Flu reclamou oficialmente, mas se bem conheço esse tipo de prática, apenas a intervenção judicial será suficiente para dar ao torcedor o direito que lhe é devido, seja pela revisão do contrato, seja pelo seu cumprimento e, até mesmo, para que se obriguem os desidiosos a corrigir os defeitos verificados mediante pesadas multas.

Avante, Fluminense! ST

Foto: Lancenet.com
 
 

domingo, 4 de maio de 2014

Frustrante

É a primeira vez que, após uma partida do Fluminense, fogem-me as palavras para tentar explicar o que aconteceu dentro de campo.

O que melhor me ocorre, agora, quase três horas depois do término do jogo, é que o Flu não jogou tão bem que merecesse vencer, nem tão mal que devesse perder.

Minha primeira impressão, logo em seguida ao apito final, foi a de que a derrota foi uma terrível injustiça. Meditando, porém, durante o percurso de quase duas horas, por uma estrada semideserta, até a cidade de Petrópolis, percebi que não há máxima mais verdadeira do que aquela que diz que não há injustiça no futebol.

Exceto quando fatores extracampo interferem no resultado da partida, ou quando a arbitragem comete erro crasso, a justiça é o resultado de campo, em que pesem scouts favoráveis como posse de bola, chutes em gol etc.

Basicamente foi o que ocorreu. O Flu dominou o adversário praticamente o jogo inteiro, aplicou a estratégia utilizada desde a assunção de Cristóvão, qual seja, forte marcação e compactação e foi ofensivo, bastante ofensivo.

Se uma das chances perdidas no primeiro tempo tivesse resultado em gol, não tenho dúvidas de que estaria aqui comentando uma vitória tricolor, apesar da forte retranca baiana.

O gol não veio, mas veio o segundo tempo e um Vitória ainda mais fechado e com a nítida proposta de explorar os contra-ataques. 

Depois do gol adversário, o jogo tornou-se um ataque contra defesa, mas um ataque desordenado que propiciou espaços ao time baiano para ser perigoso o suficiente e marcar o segundo tento e quase o terceiro.

Por isso não posso falar em injustiça. O Vitória jogou com inteligência, marcou com eficiência e apostou nos contra-ataques. Deu certo.

O Flu, apesar da mesma disposição das últimas partidas, contou com alguns jogadores abaixo do que poderiam render, como Carlinhos e Fred. Aliás, a centralização do jogo no artilheiro contribuiu, de certa forma, para que o ataque tricolor fosse mais facilmente anulado pela defesa adversária. Um erro antigo, recorrente e que precisa ser corrigido.

O desafio, agora, é saber como esse time se portará diante do Flamengo. Se o ritmo de jogo imposto até aqui for mantido, a derrota de ontem não significará nada além do que um acidente percurso num campeonato que os propicia com razoável frequência.

Eu ainda continuo a acreditar que, com Cristóvão, o Flu está no caminho certo. Apesar dos três pontos fundamentais perdidos, vale a pena acreditar que se trata de um risco calculado, o risco que corre um time que tem sido ofensivo demais.

Nada que não possa ser corrigido por um treinador que já mostrou que entende mais de futebol do que alguns outros que passaram pelo Flu recentemente.

Ao fim da partida, mais de cinquenta mil tricolores deixaram o estádio frustados, mas a julgar pela miscelânea entre vaias e aplausos, é possível reconhecer que, pelo menos parte da torcida, viu em campo um time guerreiro, brioso e aguerrido e que a derrota, por mais dolorosa que tenha sido, não passou de uma fatalidade típica de um esporte em que nem sempre o melhor sai vencedor.

Avante Fluminense! ST

sexta-feira, 2 de maio de 2014

A Nova Cara do Fluminense

Cristóvão está há menos de um mês como treinador do Tricolor.
 
Parece pouco, mas as mudanças implantadas são tão profundas que já é possível vislumbrar que hoje temos um novo Fluminense.
 
O treinador, a quem eu reputava ser apenas mediano, contratado por ser "bom, bonito e barato", está se mostrando um grande estrategista e um ótimo motivador. Conhece como poucos um jogador de futebol e, no Fluminense, tem tirado de cada um o que há de melhor, transformando um time de qualidade também em competitivo.
 
Além de tudo é simples. O Tricolor precisava de um treinador e de humildade; com Cristóvão, resolveu os dois problemas de uma só vez.
 
Era o que faltava. Dá gosto de ver o novo Fluminense!
 
 Avante, Fluminense! ST
 

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Xô Superstição, Todos ao Maraca!


Superstição é uma crença infundada em certos atos, presságios ou sinais, originados de acontecimentos casuais ou coincidências, e que dariam sorte ou azar (parafraseado de HOUAISS).

O povo brasileiro é, em sua essência, supersticioso. Quase todos temos a nossa superstição, simples ou complexa, comum ou extraordinária. Ver gatos pretos ou passar sob escadas pode ser sinal de azar, assim como carregar consigo um amuleto ou mesmo usar uma certa gravata numa entrevista de emprego pode significar sorte.

E assim é para milhões de brasileiros que cultivam suas próprias supertições diariamente, nas mais diversas situações de suas vidas.

Quando a superstição se alia à paixão, aí é que ela recrudesce.

E o futebol é um campo fértil para a proliferação das mais esquisitas, se podemos dizer assim, crendices. Que o digam os botafoguenses, conhecidos por serem, dos supersticiosos, os mais radicais.

Mas todos nós torcedores temos as nossas manias. Alguns preferem usar a camisa da sorte, outros sentar em certo lugar no estádio; alguns, ainda, trazem uma bandeira daquele título de vinte anos atrás, ou a imagem de um santo protetor na carteira.

Eu tenho as minhas, não fujo à regra, e a principal delas é temer pelo desempenho do meu Fluminense quando, às vésperas da partida, a torcida está empolgada. Torcida tricolor quando enche estádio é um mau presságio, pois sempre acreditei que foi diante dos menores públicos, ou quando o time está em baixa perante o adversário, é que temos as nossas melhores apresentações.

É claro que, até para a minha própria crença, há muitas exceções; mas, superstição não se explica e não se extingue, fica ali adormecida, e, vez por outra, ressurge com todas as forças.

Agora, às vésperas do jogo contra o Vitória, ela reapareceu avassaladora. A empolgadíssima torcida tricolor promete encher o estádio, talvez mais de cinquenta mil esfuziantes tricolores, alguns vindos até de outros estados.

Nada contra. Eu mesmo faço campanha pelo comparecimento maciço, afinal de contas, a torcida tricolor estava carente de boas apresentações e, depois de um 2013 desastroso, merece assistir a uma atuação de gala no palco dos palcos.

Lá no fundo, contudo, tive medo. Medo de que cinquenta mil almas saiam do estádio decepcionadas.

Não temo mais.

Pura superstição. Como disse lá no início, mera crença infundada. Repensei o meu receio, analisei a atual situação do Fluminense e empurrei para baixo do tapete meus temores, afinal de contas estamos diante de um novo time, renovado em espírito, e sob o comando de quem entende de futebol.

E toda essa empolgação da torcida não poderia contagiar a equipe, servindo de veneno ao invés de antídoto? Também não acredito. Cristõvão, além de bom treinador é humilde. Todo aquele entusiasmo do torcedor não transpõe os muros das Laranjeiras, paredes foram erguidas e, ao que parece, a soberba de algum tempo atrás deu lugar ao estilo simplório e eficiente do nosso novo treinador, rapidamente incorporado pelo grupo.

Assim, não receio mais nada. Mandei minha superstição às favas e no sábado serei testemunha ocular de uma apresentação de gala do Tricolor. E a torcida tem todo o direito de estar empolgada, e que despeje sua energia positiva sobre os jogadores para que se sintam ainda mais motivados a brindá-la com uma grande vitória.

De qualquer forma, por via das dúvidas, irei com a minha camisa tricolor, aquela mesma que, quando visto, o time não perde.

Avante, Fluminense! ST