domingo, 30 de março de 2014

Caos


O Fluminense foi eliminado por um time medíocre. Aplicado, porém medíocre.

Nada que tire a justiça da vaga conquistada na final do campeonato, porque o Fluminense foi um bando apático e desorganizado dentro de campo.

O primeiro tempo ainda foi equilibrado, mas, no segundo, o Vasco sobrou em atitude e organização. Com a saída de Diguinho e a entrada de Wagner, o que já não estava bom ficou muito pior.

A equipe foi totalmente dominada, simplesmente porque não havia meio de campo. E isso se explica pela ausência que Diguinho fez e a inoperância de um Wagner, que grande parte da torcida, inclusive eu, desejava como substituto do ausente Jean.

Wagner não jogou absolutamente nada. O meio de campo tornou-se um grande espaço vazio que a equipe cruzmaltina utilizou para administrar, sem sustos, a partida até o apito final. E o Fluminense foi incapaz, mesmo com quatro jogadores ditos ofensivos, de levar qualquer perigo ao gol adversário.

Alie-se a isso uma defesa sabidamente frágil, cuja falha foi novamente preponderante para o gol do time da Colina, e a receita para o fracasso está escrita.

Quem conhece um pouquinho de futebol, percebeu, desde o início de segundo tempo, que seria muito difícil marcar gols. A equipe retornou apática.

Enquanto o técnico vascaíno aproveitou os jogos anteriores com o Flu para aplicar a melhor estratégia, circunstância que lhe deu a vitória, Renato Gaúcho pareceu não ter tirado qualquer lição dos embates pretéritos.

Renato ainda não aprendeu, por exemplo, que um time recheado de atacantes não significa time ofensivo, e a maior prova disso foi a inoperância do tricolor na segunda etapa, mesmo com Wagner, Fred, Biro-Biro e Sóbis em campo. Renato também não aprendeu que, quem entra para empatar, em regra, perde; principalmente quando a equipe não inspira a necessária segurança defensiva e não tem poder de marcação na frente.

Renato não entendeu que Walter, mesmo cansado, é imprescindível ao time atualmente. Quase tudo o que ocorre de bom, quando Conca está severamente marcado, como hoje, nasce dos pés dele. Ao lado de Conca, é Walter, e não Wagner, a referência em qualidade na equipe, mesmo que atuem em posições diferentes. E, além disso, causa preocupação redobrada à zaga adversária, impedindo que saia para o ataque com mais homens.

Renato também não percebeu que a torcida tricolor está cansada de ser enganada. A torcida quer um time de verdade e um técnico de verdade. Se passou uma imagem de homem amadurecido e renovado, e eu, inadvertidamente, cheguei a acreditar nisso, essa imagem apagou-se hoje.

Mesmo com os vexames protagonizados contra os reservas do Botafogo e o desconhecido Horizonte, a eliminação para outra equipe de menor investimento, num campeonato que precisávamos vencer, e tendo a vantagem do empate, foi a gota d’água para que um basta seja dado a toda esta farsa que tentam nos impor.

Não temos time, não temos treinador e não temos diretoria.

O Flu, que somente não foi rebaixado ano passado por erros de terceiros, ainda teve um ano de 2013 em que a torcida, enebriada pelo título nacional de 2012, demorou a “cair na real”, acreditando que o time campeão poderia ressurgir a qualquer instante.

Não ressurgiu e ainda está de volta em 2014, com as crônicas deficiências de 2013.

Este ano, contudo, não haverá surpresas, as cartas estão dadas desde o início, a limitação de elenco não foi suprida, o mecenas, que dita as ordens no Flu, impôs um treinador por pura vaidade, sem levar em conta critérios técnicos que, por conta de sua profissão, nem mesmo poderia conhecer; e, para piorar, os desmandos da administração tricolor tornam-se públicos e revelam que, ao menos em relação ao futebol, o Fluminense está acéfalo.

O quadro é sombrio e a reviravolta precisa ocorrer já. Uma eliminação na Copa do Brasil, contra o Horizonte, será catastrófica, não somente quanto às pretensões do Fluminense no ano, o que implica perda de dinheiro e a possibilidade de conquista de um título nacional, mas também em relação à torcida, cujo sofrimento será ainda mais agravado, se não bastassem todas as agressões que já sofreu da mídia e das torcidas adversárias neste início de temporada.

Basta de inoperância, silêncio e incompetência. O presidente precisa atuar como presidente, seja para romper com a patrocinadora e bancar o que sobrar com outra empresa que invista menos, seja para conciliar e trabalhar juntamente com Celso Barros, sem vaidades, com vistas à renovação do elenco e à escolha de um treinador que, pelo menos, conheça futebol.

Peter precisa agir. Não dá mais para aturar a sua inércia, mesmo para quem, como eu, sempre o apoiou.

A torcida não suporta mais desonras e o Fluminense não merece que vilipendiem a sua história mais uma vez.

Estamos mergulhados no caos; é preciso sabedoria, conciliação e vontade para sair dele.

E o papel da torcida, agora, não é outro que não o da cobrança, incondicional e efetiva, porque “cabeças precisam rolar”.

Avante, Fluminense! ST

 

sexta-feira, 28 de março de 2014

Juani


Canelones é um Departamento localizado na região sul do Uruguai. Foi lá que nasceu o pequeno Juan Ignácio, carinhosamente chamado por seus familiares de Juani.

Nada de extraordinário até então, não fosse pelo fato de Juani, com apenas quatro anos de idade, completos no último dia 22 de março, ter o Fluminense por seu time do coração e Fred como seu maior ídolo no futebol.

Um dos mais jovens integrantes da torcida Fluruguay, Juan Ignácio, por ocasião de sua festa de aniversário, pediu que o tema fosse o Fluminense.

Diante da dificuldade em se conseguir arranjos festivos, como balões e outros enfeites com o tema, seus familiares divulgaram pela internet um pedido de “ajuda” à torcida tricolor para que contribuíssem com pequenos petrechos que pudessem ser usados para a decoração do evento.

Este era o sonho de Juani, uma festa de aniversário do Flu.

E Juani teve uma linda festa, toda decorada com bandeiras, balões e outros enfeites tricolores, ganhou presentes e teve um dia muito especial.

Seu sonho foi realizado graças à mobilização de alguns torcedores que, solidários como é da natureza de um tricolor, ajudaram a proporcionar esse momento de felicidade ao pequeno fã uruguaio.

O mais intrigante na história de Juani é que ele, diferentemente, de milhões de jovens Mundo afora, escolheu o Fluminense para se apaixonar.

Numa época globalizada, em que os canais esportivos transmitem os jogos das maiores ligas europeias, como o inglês, italiano, espanhol, alemão e francês, e que jogadores como Messi, Cristiano Ronaldo, Neymar e Ibrahimovic, por exemplo, são ídolos de 9 entre dez crianças, Juani escolheu o Flu de Fred para se apaixonar.

Para os seus coleguinhas, não torcer para o Real Madri de Cristiano Ronaldo, ou o Barcelona de Messi e Neymar, provavelmente é uma heresia.

Santa heresia a de Juani, a heresia da escolha na contramão da unanimidade, daquela feita simplesmente com o coração.

Juan Ignácio é tricolor; lá em Canelones cultivará essa paixão por toda a sua vida e, muito provavelmente, a transmitirá a seus amigos e, futuramente, a seus herdeiros.

E é por isso que o Fluminense é gigante, porque a sua torcida é solidária, é generosa, abraçou o pequenino como a um filho amado e estará por toda a vida ao seu lado.

Este é o verdadeiro Tricolor em Toda a Terra e esta é a imagem que a nossa maravilhosa torcida deixou lá fora, um reconhecimento que não tem preço:

"Feliz con el regalo que desde Rio De Janeiro le envío F... y T.... Mil gracias! La verdad esta hinchada me sorprende mucho. Son unos grandes!"

Laura Lema Legnani

Seja feliz, Juani! Guarde essa paixão no seu coração por todo o sempre!

De seus amigos brasileiros.

Avante, Fluminense! ST

quinta-feira, 27 de março de 2014

Fluminense x Vasco: Ainda Não foi Desta Vez; Será da Próxima?


Parece que Renato Gaúcho ainda não encontrou a fórmula para vencer o Vasco, enquanto o Vasco já encontrou a maneira de parar o Fluminense.

A superioridade técnica da equipe tricolor não foi suficiente para a tão esperada vitória sobre o time da colina, isso porque o adversário se iguala em vontade.

Desde o início da partida foi assim. Viu-se um time pressionando a saída de bola e marcando forte, enquanto outro, o Flu, submetendo-se de forma displicente à pressão vascaína.

Moroso e sem criatividade, o Flu era facilmente dominado.

Conca, o cérebro da equipe, muito bem marcado, teve que recuar para conseguir articular jogadas. Diguinho, um dos volantes, era o homem responsável pela saída de bola da defesa para o ataque. Daí se explicam a morosidade e a a falta de criatividade.

Apesar do domínio adversário, o tempo foi parecido em oportunidades perdidas, uma vez que perdemos três ótimas oportunidades com Walter, Jean e Carlinhos, enquanto o Vasco atingiu nossa trave por duas vezes.

O Flu voltou melhor para a segunda etapa, parecendo querer jogo. Pelo menos, adiantou a marcação e forçou os erros do Vasco. Por isso, passou a dominar as ações e fez seu gol, com Fred, após excelente jogada de Jean. Jean, aliás, que, quando funciona como meia mais avançado, parece ser bem mais útil à equipe.

Logo após o tempo técnico, porém, em seguida a um mau rebote de Valência, o Vasco encontrou o Tricolor desarrumado, alguém foi à linha de fundo e cruzou, Elivelton dormiu e o jogador vascaíno empurrou para as redes para empatar.

Depois disso o Flu pareceu perdido, talvez cansado (não sei de quê), e não teve forças para buscar a vitória.

Não foi um resultado injusto, mas já é a segunda partida contra o Vasco em que o Flu perde em determinação. Pareceu-me um adversário sempre mais disposto dentro de campo, até porque ciente de suas limitações, busca superá-las com muita força de vontade.

E essa vontade traduziu-se em excessos não coibidos pelo fraquíssimo árbitro. Aplicou cartões amarelos imerecidos a jogadores do Flu e deixou de aplicar outros a jogadores vascaínos, inclusive dois vermelhos; um numa entrada criminosa sobre Diguinho e outro quando Bruno foi intencionalmente pisado, apesar de a crônica televisiva sempre procurar não enxergar o lance como deveria, principalmente quando é a favor do Flu; neste último lance, aliás, Bruno foi obrigado a deixar o campo de jogo.

O Fluminense tem sido previsível e facilmente anulado, e isso não se torna difícil quando a marcação recai sobre Conca e sobre os avanços dos laterais. O Flu para aí.

Renato não cria opções, não surpreeende, apesar de ter time para isso.

Walter, por exemplo, é o jogador que não deveria ser substituído, exceto por lesão. Ao lado de Conca, pode ser o responsável por desequilibrar uma partida seja com belos gols, seja com boas assistências. E, além disso, prende a atenção da defesa adversária. Com a sua saída, invariavelmente, o inimigo vem para cima, como aconteceu hoje.

Ainda não foi dessa vez e, para ser da próxima, o Flu deverá jogar mais do que jogou nas duas últimas partidas contra o cruzmaltino, principalmente inovar, surpreender. Será capaz disso? Com a palavra, Renato Gaúcho.
 
Avante, Fluminense! ST



 

segunda-feira, 24 de março de 2014

Bruno: Fale Menos e Jogue Mais


Bruno é um jogador medíocre. Assumiu a titularidade do Fluminense por falta de opções à altura.

Aliás, a lateral direita é uma posição cuja carência é crônica no futebol brasileiro.

Talvez por isso, por se sentir inatingível, inabalável, intocável, Bruno tenha se sentido no direito de expor suas “mágoas” após o término da partida contra o Volta Redonda.

Alguém lhe disse que jogou bem.

Bruno, então, imaginou-se o grande jogador injustiçado, perseguido pela torcida e desabafou perante os microfones afirmando que não devia respostas a ninguém.

Está enganado.

Do alto da sua empáfia, talvez não tenha percebido que veste uma camisa que representa um passado de glórias, que já foi envergada por Preguinho, Castilho, Telê Santana, Pinheiro, Valdo, Samaroni, Rivelino, Romerito, Tiago Silva e tantos outros heróis da história tricolor.

Todos esses respeitaram o clube Fluminense e a sua torcida, e todos eles sempre responderam dentro de campo forjando a vitoriosa história Tricolor.

Por isso Bruno veste, não enverga. Não tem cacife para isso.

Ninguém quer ouvir a sua voz. A sua única resposta, Bruno, deve ser dentro de campo. Deve jogar o futebol que todos esperamos desde a sua contratação, respeitar a torcida e a instituição que lhe paga régio salário.

Honre a sua camisa e essa será a sua melhor resposta, uma resposta que está nos devendo, sim, e há muito tempo.

Respeito, Bruno. Exigimos respeito.

Siga o exemplo de seu companheiro do outro lado do campo, aquele que perdeu um filho recentemente e, apesar da dor, está lá cumprindo seu dever profissional, fazendo o máximo que pode, mesmo em condições psicológicas ainda precárias.

Seu futebol é mínimo e você não é nada perto do que representa a gloriosa história tricolor.

Fale menos e jogue mais; você é pago para isso, somente para isso.
 
Avante, Fluminense! ST
 
 

domingo, 23 de março de 2014

Fluminense vs Volta Redonda: Vitória para Curar a Ressaca

Após a vergonhosa derrota para a modesta equipe do Horizonte, na noite de quinta-feira, a vitória de hoje sobre o também modesto Volta Redonda, teve um sabor especial.
 
Serviu, ao menos, para afastar a ressaca moral que se abateu sobre o time e a torcida depois aquela pífia apresentação.
 
Valeu, ainda, pela garantia da vantagem nas semifinais contra o Vasco. Jogar por dois empates, com um time limitado e contra um adversário que se mostrará duríssimo, não é algo que se despreze.
 
Mas o jogo não foi bom, principalmente no primeiro tempo. Lento na transição do meio de campo para o ataque, o Flu era previsível e pouco ameaçou o time da região Sul Fluminense. Sem a criatividade de Conca e com as jogadas ofensivas, invariavelmente, visando Fred, nada ia muito além de bolas mal cruzadas e lances desperdiçados, como um em que o próprio Fred deu o passe para Wagner bater de primeira e para fora do gol.
 
Numa dessas tentativas de achar Fred, porém, foi Walter quem recebeu cruzamento de Bruno para, de primeira, como costuma chutar, marcar o primeiro gol do Flu.
 
No segundo tempo a equipe melhorou sua movimentação e sofreu menos o assédio do Volta Redonda. Dessa vez foi Fred, após jogada iniciada por Carlinhos que foi mais esperto que o zagueiro e tomou-lhe a bola dentro da pequena área, quem marcou empurrando para as redes, quase sob a baliza.
 
O terceiro, já sem Fred e Walter em campo, poupados para os jogos mais importantes e decisivos, iniciou-se após outra bola roubada, dessa vez por Marcos Junio, que tocou para Wagner que chutou de canhota para marcar o gol tricolor.
 
Depois disso o time passou a administrar o resultado até sofrer o tento de honra num lance de bola parada em que o jogador adversário antecipou-se à zaga e concluiu de cabeça.
 
As carências são crônicas, a torcida as conhece na ponta da língua, mas este é o time que temos para tentar a conquista do carioca e a classificação para a próxima fase da Copa do Brasil.
 
O Fluminense terá que se superar para vencer mais esta barreira. Ninguém precisava passar por isto, é certo, pois depois da campanha de 2013, o mínimo que se esperava da direção tricolor era uma reciclagem do elenco, com a contratação de jogadores para posições carentes e a dispensa de outros que não têm condições de vestir a camisa tricolor.
 
Nada disso foi feito. Vamos para a guerra com o que temos, com a força da camisa e com o apoio da torcida (sim, neste momento, fundamental será o apoio da torcida), pois estes serão nossos únicos combustíveis.
 
Quem sabe, apesar de tudo por que passamos, alguém lá em cima nos dá aquele empurrãozinho que será suficiente para, revertendo toda a adversidade, fazer o Flu enveredar-se, novamente, pelos caminhos das vitórias e das glórias.
 
Avante, Fluminense! ST
 
Foto: Globoesporte.com
 
 

sábado, 22 de março de 2014

O Dízimo Tricolor ou Por que Ser Sócio-Torcedor?


Antes de mais nada, um esclarecimento se faz necessário. Este pequeno texto não tem o condão de condenar a religião protestante, nem as práticas dos evangélicos relacionadas ao pagamento dos dízimos. As críticas aqui realizadas decorrem de fatos notórios, divulgados pela imprensa, que não se relacionam com dogmas ou credos, mas com a natureza do ser humano e que podem ocorrer em qualquer atividade religiosa em que contribuições em dinheiro sejam comuns.

Minha mãe é viúva, aposentada pela Previdência Social e evangélica.

Sua pensão não ultrapassa o valor de um salário mínimo nacional, quantia insuficiente para se manter dignamente, não fosse o auxílio financeiro prestado por mim e por meus irmãos.

Apesar disso, contribui mensalmente com dez por cento de sua minguada pensão para a sua Igreja.

Eu nunca havia entendido essa devoção, principalmente por conhecer diversos casos de estelionatos religiosos, de contribuições de fiéis desviadas para fins pessoais por inescrupulosos que não se cansam de abusar da boa-fé dos crentes.

Certa vez, então, intrigado, preocupado e indignado com o fato de ela estar sendo lesada, perguntei-lhe o motivo pelo qual ela dispensava parte de seu dinheiro para dar a homens que, conforme as notícias revelavam, invariavelmente não utilizavam sua contribuição da forma que ela imaginava, ou seja, em benefício de sua Igreja.

Foi aí que, numa demonstração inequívoca de fé, ela respondeu e, ao mesmo tempo, ensinou:

- Meu filho, tudo o que eu tenho, tudo o que você tem nos foi dado por Deus. Eu apenas retribuo; a minha contribuição é tão pequena perto de tudo que recebi nesta vida, como o amor de seu pai, a oportunidade de ter três filhos maravilhosos, a saúde que me permitiu estar aqui hoje, que eu ainda me sinto devedora dessas e de todas as demais graças sobre a minha vida, sobre a sua vida.

E completou, serena como foi durante toda a sua existência:

- E o dinheiro eu não entrego ao homem, eu o entrego a Deus. É a minha contribuição para a sua obra.

Naquele momento, minha mãe me deu uma das maiores lições de fé que eu já tive. No seu coração, ela tinha a verdadeira convicção de que retribuía a Deus por tudo que recebeu, em que pese o seu dízimo ser administrado por seres humanos, os quais, nem sempre, lhe dessem a destinação devida.

Nada demoveria minha mãe de que ela poderia estar sendo enganada.

E, na verdade, não estava. A sua fé, o seu coração, lhe diziam que era a coisa certa a se fazer e, para ela, isso bastava.

Foi a partir desta lição que eu entendi o propósito da contribuição mensal que faço ao clube do meu coração.

Sou sócio-torcedor há mais de um ano e, como ela, entrego o meu dinheiro ao Fluminense mensalmente. Esta é a minha fé, a minha religião. Contribuo para um dia poder ter a satisfação de vê-lo autossuficiente.

Utopia? Pouco importa. O que vale é acreditar e não esperar nada em troca. É assim que se age com quem se ama.

Não pago por descontos em ingressos ou produtos, ou por ter a oportunidade de votar ou de frequentar o clube e ver de perto os jogadores. Tudo isso é secundário. A minha contribuição é apenas para o Fluminense, pelo Fluminense, e não espero, nunca, nada em troca.

Assim como vitórias não me estimulam a permanecer sócio, nenhuma derrota, nenhuma fase ruim afasta o meu ideal. O meu amor não está sujeito a oscilações de humor, ele é sólido, é mais forte que tudo.

Este é o meu dízimo, esta é a minha retribuição a tudo o que o Fluminense representa em minha vida.

Para muitos, este texto pode parecer uma comparação despropositada, um exagero de quem é um fã incondicional de seu clube; mas esta pequena estória não é destinada a esses, ela serve àqueles que, como eu, têm o Fluminense como sua paixão incondicional, como um sentimento que não se explica em palavras, como um amor que só se mede em atitudes.

Obrigado, minha mãe, por ter me mostrado a fé. Obrigado, meu pai, por ter me feito tricolor.

Seja sócio-torcedor você também: http://sociofutebol.fluminense.com.br/

Avante, Fluminense! ST
 
 
 

sexta-feira, 21 de março de 2014

Peter na Corda Bamba

O presidente Peter está para perder o apoio do grupo político que o elegeu.
 
Em breve estará só.

Ou age agora e preside o Fluminense, utilizando das prerrogativas de seu cargo, ou abrirá caminho para toda sorte de aventureiros e interesseiros que desejam se locupletar do Fluminense.

É nessas horas que todas as alternativas a uma má administração parecem as soluções ideais.
 
É nos momentos de crise que se forjam os oportunistas.

Peter tem caráter, falta-lhe pulso.
 
Isolado politicamente, pode vir até a deixar o cargo, o que seria, neste momento, catastrófico para o Fluminense.
 
Se realmente ama o clube, que cumpra o seu mandato e honre sua palavra, mas que, definitivamente, aja com rigor na defesa dos interesses do Fluminense.
 
É disto que o Tricolor precisa, de comando.
 
Avante, Fluminense! ST

Obs: (Do estatuto do clube)

Seção IV

Da Vacância

Art. 55 – Ficando vago o cargo de Presidente do FLUMINENSE, por qualquer motivo que não o Impedimento, o Vice-Presidente Geral assumirá a Presidência do Clube (Ricardo Martins, inserção minha) e cumprirá o mandato até o final da legislatura.
§ 1º – Na sua falta, ausência ou recusa assumirá, interinamente, o Presidente do Conselho Deliberativo, procedendo-se da mesma forma como o previsto no art. 51.
§ 2º – Se, na data da sua posse, restar da legislatura menos da metade, o Presidente assim empossado poderá candidatar-se na eleição seguinte e, posteriormente, à reeleição.
 


Desabafo!

Eu sempre fui um defensor do Peter e de sua administração, e não sou daqueles que atiram pedras aos primeiros sinais de que as coisas estão erradas.

Prefiro aguardar a fazer um julgamento leviano e antecipado. Peter, enquanto administrador, tem tirado o Flu do buraco, equacionando dívidas e buscado o caminho da autossustentabilidade.

Nisto, ele tem sido um dos melhores presidentes do Fluminense em todos os tempos.

Porém, sinais demais já foram dados de que o barco está à deriva no Futebol. Ninguém quer que 2013 se repita e, portanto, é hora de a diretoria agir e de a torcida cobrar.

Este time é praticamente todo aquele que foi rebaixado em 2013, e que já deveria ter sido reciclado no início daquele ano.

O custo-benefício de alguns jogadores deveria ter sido reavaliado. Jean, Wagner, Bruno e Fred, por exemplo, ganham salários astronômicos e a resposta dentro de campo tem sido insuficiente.

Fred, que começou o ano se recuperando de uma grave lesão, ainda teria motivos para justificar seu fraco desempenho, mas esse tempo está terminando. A lesão parece que não o aflige mais, a copa é um incentivo, mas seu futebol tem sido um arremedo daquilo que se viu de Fred em outros tempos.

Jean e Wagner nunca justificaram plenamente suas contratações. Bruno, só é titular porque não há substituto à altura. Mariano deixou saudades.

A zaga é um problema crônico. Elivelton é um garoto. Gum e Euzébio são marmanjos que deram certo enquanto tivemos um meio de campo forte que dava proteção à defesa. Sem essa proteção, os dois podem ser considerados entre os piores zagueiros do futebol brasileiro.

Renato Gaúcho tem cometido os mesmos erros de suas passagens anteriores pelo Fluminense. A imagem de um treinador amadurecido com os equívocos cometidos é somente uma ilusão. Em partidas como Botafogo e Horizonte, isso ficou bem claro.

Se a Unimed quer rostos bonitos, que vá ao cast da Globo, se quer bons jogadores de futebol, que procure um especialista. Celso Barros é tricolor, mas entende tanto quanto Peter do assunto.

Se não há dinheiro para contratar, que isso fique bem claro para que ninguém se iluda mais. Se há, é o momento da contrapartida. A Unimed ganha demais com o Flu, é preciso ganhar com ela também.

Este silêncio angustiante sobre eventuais contratações martiriza demais a torcida, já vilipendiada por todos os últimos acontecimentos envolvendo rebaixamento e depredação midiática.

E é necessário repensar um patrocínio que investe muito, mas sem critério. Quem sabe um investidor de menor porte, mas cujos recursos fossem canalizados para contratações criteriosas e que produzissem um excelente custo-benefício.

A torcida exige respeito, exige reforços e capacidade na administração do futebol do clube, sem interferências que, longe de ajudar, apenas têm contribuído para chafurdar o clube no mar de lama da desorganização e da incompetência.

A hora de cobrar é agora, antes que o pior se repita.

Avante, Fluminense! ST


Um Tapa na Cara da Torcida Tricolor.

Uma derrota acachapante, vergonhosa e humilhante.
 
A vergonha só não foi maior, porque o Fluminense, milagrosamente, livrou-se de sofrer o quarto gol do modesto Horizonte.
 
Se o sofresse, estaria, agora, praticamente eliminado de uma importantíssima competição nacional por pura falta de vergonha na cara.
 
Lembrei-me do jogo contra o Botafogo. Enfrentaram um grupo de reservas com a mesma soberba que se viu hoje.
 
Reparei que, antes da partida, a preocupação era vencer e, por dois gols de diferença, para impedir a realização do jogo da volta. Só esqueceram de combinar isso com o fraco, mas aguerrido time cearense.
 
Uma equipe que sofreu três goleadas seguidas, mais de dez gols em três jogos e fez contra o Fluminense o jogo da sua vida.
 
Só o Fluminense não sabia disso. Diante do Horizonte, por certo, imaginavam uma goleada. Tanto é que entraram dormindo e sofreram o primeiro gol logo nos primeiros minutos de jogo, numa falha da zaga.
 
A partir daí a equipe esboçou acordar, o jogo ficou franco e, diga-se de passagem, um jogo franco contra o Horizonte é sinal de algo está errado, chances desperdiçadas na frente e sustos atrás. Empatou, perdeu um sem número de gols e foi para o intervalo com o empate que, até então, era um placar injusto para o Tricolor.
 
Mas a desgraça veio no segundo tempo. Sem Conca e Diguinho o Flu perdeu duplamente, na criação e na marcação.
 
Ficou ainda mais vulnerável que no primeiro tempo, com o seu lado esquerdo totalmente desguarnecido pelas subidas de Chiquinho.
 
Biro-Biro foi impodutivo e parece não se cansar de perder gols feitos. Wagner não chega aos pés de Conca e Jean, o mais fraco do meio de campo tricolor, foram alguns dos destaques negativos. Chiquinho, voluntarioso na frente e displicente atrás, Fred, que perdeu dois gols imperdíveis e Bruno, letárgico, foram outros.
 
Walter cansado, obeso ou com uma só perna, é melhor do que Biro-Biro e Kennedy juntos. Não entendi a sua substituição, nem a de Conca e Diguinho, supostamente, estes últimos, com dores musculares.
 
A maior prova de que um time cheio de homens de frente não significa uma equipe ofensiva, se não há um meio de campo que crie, foi dada hoje.
 
Uma partida para esquecer, que manchou a história do Fluminense.
 
Um time desonrado, foi o que eu vi hoje.
 
Se eu fosse presidente do Fluminense, ninguém receberia salário este mês, e uns dois ou três eu mandaria embora por justa causa.
 
E agora? É possível reverter no Rio, mas o estrago já foi feito. O Fluminense mostrou para todos que, fora do mundinho do campeonato carioca, as coisas são muito mais complicadas do que parecem ser, principalmente quando falta respeito, time e vontade.
 
Avante, Fluminense! ST

quarta-feira, 19 de março de 2014

Copa do Brasil: Prioridade para o Fluminense.


Inicia-se para o Fluminense, nessa quinta-feira, a Copa Sadia do Brasil de 2014. O Tricolor estreará contra o Horizonte/CE e luta pelo bicampeonato da competição.
 
Trata-se da 26ª edição dessa competição organizada pela Confederação Brasileira de Futebol, cuja estreia foi em 12 de março, com seu término previsto para o dia 26 de novembro.

Os 80 times classificados para a competição foram divididos em oito grupos (A a H) com dez clubes cada, de acordo com Ranking da CBF. A partir daí, os cruzamentos entre os grupos foram os seguintes: A x E; B x F; C x G e D x H. Na fase de oitavas-de-final, haverá um novo sorteio, já com a inclusão das seis equipes que disputam a Copa Libertadores da América de 2014.
 
Como se nota do quadro abaixo (clique para ampliar), cuida-se da mais democrática das disputas futebolísticas nacionais, onde clubes de todos os estados da federação, classificados a partir das melhores posições em seus campeonatos regionais, têm o direito de enfrentar os times da primeira grandeza do futebol nacional.

Exatamente por isso, por exemplo, Santo André e Paulista de Jundiaí, já foram campeões da competição.

O Fluminense foi o campeão da Copa do Brasil em 2007, sob o comando de Renato Gaúcho que, agora, tem a oportunidade de conduzir a equipe ao bicampeonato da competição.

Em 1992, o Tricolor foi vice-campeão, tendo perdido o título num jogo polêmico contra o Internacional/RS em que, precisando apenas do empate por ter vencido o primeiro jogo em casa por dois a um, foi derrotado pelo clube gaúcho com um pênalti escandalosamente inventado pelo árbitro José Aparecido de Oliveira no jogo de volta no Rio Grande do Sul.

Além do título, é claro, a maior recompensa seria o retorno à disputa da Taça Libertadores da América de 2015, competição a que o Fluminense passou frequentar com assiduidade nos últimos anos, tendo sido vice-campeão em 2008 e disputado em sequência os torneios de 2011, 2012 e 2013.

Portanto, trata-se de disputa fundamental para as pretensões do Fluminense na temporada. Seu estilo mata-mata não envolve a necessidade de um elenco apurado em qualidade e quantidade, como se exigiria, por exemplo, para o campeonato brasileiro e os adversários, ao menos nas primeiras fases, não deverão estar entre as principais equipes do futebol nacional.

Oportunidade ímpar para um time que, ao que parece, não será mais qualificado por reforços de “peso” e que, na “conta do chá”, com disposição e um pouco de sorte, pode surpreender e trazer para as Laranjeiras uma taça que seria muitíssimo bem-vinda.

Avante, Fluminense! ST.
 
 

terça-feira, 18 de março de 2014

"Torcida Unida, Jamais Será Vencida."


Conforme se tem divulgado nas redes sociais, as torcidas organizadas do Fluminense planejam para o próximo sábado, dia 22 de março, uma reunião entre seus presidentes e principais integrantes, visando à sua união nas arquibancadas, em prol de apoio uníssono ao Tricolor nas arquibancadas.

Realmente, trata-se de ideia louvável, que já deveria ter sido implementada há mais tempo.

Quem vai ao Maracanã, com não rara frequência, percebe nos ouvidos a discrepância de cânticos e sons que ecoam pela arquibancada. Essa balbúrdia sonora não produz nos jogadores, seus principais destinatários, o efeito a que se destina: o incentivo.

É, sem dúvida, mais empolgante e mais emocionante, sentir a vibração da torcida a uma só voz e ter a certeza de que os jogadores, dentro de campo, também estarão recebendo toda essa enrgia positiva.

Para que essa medida seja eficaz, porém, é preciso que não somente as torcidas organizadas façam parte dessa iniciativa.

Os movimentos autônomos de torcedores do Fluminense, como a Bravo 52 e a Legião Tricolor, esta última uma das pioneiras na reformulação do modo de torcer nos estádios, incentivando incessantemente durante a partida, podem e devem integrar essa iniciativa, em que pese não serem consideradas, tecnicamente, torcidas organizadas.   

Sem a participação integral da torcida, a tendência é a de que o movimento se desgaste com o tempo e não atinja a sua finalidade.

Estamos às vésperas do início das competições mais importantes do ano e, portanto, chegou o momento de torcidas organizadas e outros movimentos de apoio ao Fluminense nas arquibancadas apararem suas arestas, amadurecerem e trabalharem unicamente em prol do clube que amamos.

Se não houver a completa união nas arquibancadas, a iniciativa, longe de unir as torcidas, será, na verdade, um movimento de cunho separatista entre organizadas, de um lado, e Bravo e Legião de outro.

Somente o Fluminense perderá com isso.

Unir, sim, mas que a união seja absoluta, democrática e priorize, sempre, o Fluminense Football Club.

Avante, Fluminense! ST
 

domingo, 16 de março de 2014

Fluminense x Vasco: Um Empate que foi Melhor para o Flu


O empate em um gol foi melhor para o Flu do que para o Vasco.

Apesar de ter sido um jogo em que as equipes entraram de forma cautelosa, ao Tricolor couberam as melhores oportunidades da partida, pelo menos seis, com Chiquinho, Fred, Valência, Leandro Euzébio, Bruno e Walter

E o Fluminense ainda foi ligeiramente melhor, na média, do que o time da colina, tendo sofrido o gol justamente quando era superior ao adversário.

Com Walter e Biro-Biro em campo, já na segunda etapa, o Tricolor foi mais ofensivo, pois a derrota poderia ser bastante prejudicial para as suas pretensões no campeonato.

As principais jogadas ofensivas do Vasco, no segundo tempo, foram pelo seu lado direito, nosso esquerdo, com Éverton que, invariavelmente, levava vantagem sobre Chiquinho, principalmente porque a ausência de Sóbis deu um fim ao precioso auxílio que recebia na marcação.

Com a entrada de Biro-Biro, que atraiu a marcação, e com a substituição do jogador cruzmaltino, o Flu portou-se melhor defensivamente por aquele setor.

Fred fez o gol de empate tricolor, ligeiramente impedido (menos de meio corpo), o que não evitou que o narrador e o comentarista da partida dessem ênfase ao lance como se tivesse sido uma irregularidade absurda. Praticamente a equipararam ao gol do Vasco contra o flamengo invalidado porque a bola não tocou as redes; aquele, sim, um absurdo gritante.

De qualquer forma, após o gol de empate, o Flu continuou levemente superior, mas tirou, visivelmente, o pé do acelarador, ainda que já não pisasse fundo.

Parecia que o empate estava de bom tamanho para o Fluminense, o que se constatou com a entrevista de Fred após o jogo, ainda à beira do gramado.

A impressão que tive foi a de que o time jogou com inteligência, tendo o controle da partida, mesmo com os desfalques de Carlinhos e Elivélton, não desejando mostrar ao adversário todo o seu potencial.

Jogou o suficiente para garantir um empate que, na visão do Renato Gaúcho, serviu para o bom encaminhamento da segunda colocação e a vantagem, provavelmente contra o próprio Vasco, nas semifinais.

Não foi dessa vez, ainda, que retornamos os áureos tempos de glórias do Flu sobre o clube cruzmaltino, mas eu tive a nítida impressão de que eles deram o máximo e nós ainda podemos render mais, principalmente porque Conca e Walter não jogaram tudo o que sabem.

Vamos para as semis com a esperança de um Flu mais encorpado, preparado e pronto para superar nosso antigo freguês.

Avante, Fluminense! ST

 

sábado, 15 de março de 2014

Fluminense x Vasco: É Preciso Escrever um Novo Capítulo


A primeira recordação que tenho de um jogo do Fluminense no Maracanã é vaga. Lembro-me, apenas que estava ao lado de meu pai, como sempre, e de um amigo dele, todos na arquibancada.

Sei, também, que a partida era contra Portuguesa de Desportos, na década de 1970, porque gravou-se na minha memória a faixa da torcida da lusa, onde se lia Leôes da Fabulosa e que meu pai, após discutir com seu amigo sobre o Cafuringa, apontou para o campo e me motrou quem era aquele jogador alvo de discórdia.

Estas foram as impressões iniciais sobre a minha história de frequentador do Maracanã, minha recordação mais vaga e distante.
 

Nunca esqueci, também, do corredor de acesso do anel às arquibancadas, que me dava toda a impressão de seu gigantismo; à medida que o atravessava  percebia, extasiado, os lances de arquibancada preenchidos pela torcida que já se posicionava para o espetáculo. Ao vencê-lo por completo, parava, absorto, e contemplava o Maior do Mundo, ali, vivo, pulsando um turbilhão de emoções...

São lembranças eternas de quem conheceu o outrora Maior Estádio do Mundo e que nele assistiu a memoráveis partidas do Fluminense Footbal Club.
 

Reporto-me ao início do texto para lembrar que, dentre essas memoráveis recordações, também estão jogos inesquecíveis contra outro clube da colônia lusitana carioca, o Vasco da Gama.

Eu vivi uma época em que vascaíno temia enfrentar tricolor. Mesmo nos seus melhores dias, o Vasco sofria nas mãos do Fluminense. Eram nossos fregueses de carteirinha e sempre havia uma desculpa para suas derrotas.

Recordo-me de quando ainda estudava no Pedro II do Humaitá, no começo da década de 1980 e, ao tripudiar de um colega de turma vascaíno chamado Custódio, seu argumento a justificar a derrota de seu time, foi de que o Fluminense jogara com 12 em campo, sugerindo que o tricolor tivesse sido auxiliado pela arbitragem.
 

Isso era típico naquela época. Sempre havia uma desculpa para os malogros frente ao tricolor, desculpas criadas para não se reconhecer a nossa flagrante superioridade naquela época áurea dos anos 1970/1980.
 

Eu vi, ninguém me contou, o gol do Doval, uma “orelhada”, já nos acréscimos do segundo tempo da prorrogação, que nos deu o bicampeonato carioca 1975/1976; presenciei o gol de falta de Edinho em 1980, e o título carioca do mesmo ano; Assisti, também, ao Romerito marcar na primeira partida da final do campeonato brasileiro de 1984, tento que acabou sendo fundamental para a conquista do bicampeonato brasileiro do Tricolor e vi o gol de placa de Washington, que driblou Donato, Moroni, duas vezes o Acácio e fez um gol antológico em outra vitória tricolor no ano de 1987.
 

Todas essas lembranças, exemplificativas, é claro, porque houve muitas outras vitórias, têm em comum os protagonistas dessas partidas. Em todas elas enfrentamos e derrotamos o Vasco, numa absoluta demonstração da nossa força à época, uma superioridade que impunha ao rival, nas gozações costumeiras dos torcedores, a condição de nosso freguês. Logo eles, os Vascaínos, nossos clientes de carteirinha.
 

A partir dos anos 1990, porém, em decorrência de um processo autodestrutivo fomentado, inclusive, por gestores do próprio clube, o Fluminense enfrentou os momentos mais tristes de sua história. Rebaixamentos e times medíocres, formados com a xepa da feira, foram a deixa para que pouco a pouco a situação se invertesse.
 

Passamos a perder demais para o time da colina, mesmo, ocasionalmente, com times melhores; parecia que o vento passou a soprar somente a favor do time vascaíno.
 

E o drama continua, mesmo após a retomada de nosso caminho glorioso, a partir da metade da década de 2000, o Vasco continua sendo um estorvo. Derrotá-los sempre é uma tarefa difícil e, quando ocorre, nunca se transforma numa sequência de vitórias impostas ao rival.

Nossas vitórias têm sido esporádicas, ocasionais. Parece que pagamos com juro tudo aquilo que lhes impusemos nossos anos dourados.
 

Mas isso precisa ter um fim, precisamos voltar a ser temidos dentro de campo, mostrar nossa força e impor a supremacia do melhor elenco tricolor. E mesmo que o elenco não seja o melhor, temos que voltar a vencer sequencialmente o Vasco.

É preciso virar a página e criar um novo capítulo na história, senão como aqueles em que éramos francamente superiores, pelo menos que sirva para equilibrar as estatísticas do confronto.

Não temos mais Doval, Washington, Edinho e Romerito, jogadores que citei acima, em nossas fileiras, mas que os jogadores de hoje enverguem a camisa tricolor com dignidade e mostrem que do outro lado está o Fluminense, aquele mesmo que, outrora, foi um de seus maiores algozes.
 

Avante, Fluminense! ST

Assista ao Washington humilhando o Vasco de Acácio:



Assista ao gol de Edinho, que deu ao Flu o título carioca de 1980:


Assista ao gol de Romerito na vitória de 1 a 0 sobre o Vasco na primeira partida da final do campeonato brasileiro de 1984:


Veja o gol de Doval, gol que deu ao Flu o bicampeonato carioca, 1975/1976:




sexta-feira, 14 de março de 2014

Dor que Não se Mede


O pequeno Noah tornou-se, desde a tarde da última terça-feira, mais uma estrelinha na constelação de anjos que habitam o céu.
A vida terrena lhe foi breve, mas não o impediu de receber muito amor de seu papai e de sua mamãe. Amor que levou consigo, como combustível para a sua jornada em sua nova morada.
Estará nos corações de seus pais eternamente, à distância de um átimo de lembrança e de um suspiro de saudade. Dolorosa saudade de quem fica, quebrantado por tão grave perda.
Não importa no que se acredite; vida após a morte, vida sem morte, ou em simplesmente nada, não há consolo para alma tão desolada. A dor pela perda de um filho é incomensurável, uma provação cruel demais, que deixa sequelas permanentes, sempre revividas a cada recordação do ente que partiu. 
Nada cura isso, nem mesmo o tempo. O tempo enfraquece as lembranças, mas não apaga o amor.
Noah deixou seu irmão, e que seja o filho que abençoe o lar de Carlinhos e de sua esposa, que seja, para a família, um pouquinho do anjinho que se foi.
Que Carlinhos seja respeitado em seu doloroso luto. Que o clube e a torcida o amparem com carinho e amor, e não esperem dele nada além do que a reação de um pai que, mesmo em vida, morreu um pouco também.
 #ForçaCarlinhos
 
Avante, Fluminense! ST

quinta-feira, 13 de março de 2014

A Necessidade de Novas Ações de Marketing.


O Fluminense é uma marca de primeira grandeza que, devidamente explorada pelo seu departamento de marketing, poderá trazer ótimo retorno financeiro ao clube, através de uma ampla visibilidade nacional e internacional, fator que alavancará a venda de produtos licenciados, com parte desses valores revertendo aos seus cofres.

Mas a divulgação positiva da sua imagem, além do retorno financeiro propriamente dito, atrai, também, novos torcedores, o que não deixa de ser uma potencial fonte de novos recursos. (projeto sócio-torcedor, aquisição de produtos licenciados, público pagante em estádios, loterias etc).

Não vejo, porém, atualmente, uma ação positiva de marketing que explore de forma efetiva todo o potencial da marca Fluminense.

E não falta oportunidade para tanto. Jogadores como Fred, Conca e, até mesmo, Walter, deveriam ser utilizados como protagonistas de campanhas publicitárias para o clube, a fim de atrair mais torcedores e mais receita.

Recentemente, também, o departamento de marketing Tricolor criou o Projeto "Tricolor em Toda a Terra", cujo objetivo seria levar o nome Fluminense aos locais por onde o time jogasse, seja no Brasil ou fora dele (por ocasião das disputas na Taça Libertadores da América), visando à sua divulgação interna e externa, oportunidade em que se pretendia a internacionalização da marca.

Trata-se de uma excelente iniciativa que, porém, para trazer resultados efetivos, deveria ser, também, manejada por outro viés, funcionando não apenas nas oportunidades em que o time viaja para outros estados ou mesmo para o exterior, mas aproveitando o inesgotável potencial turístico de nossa cidade.

Todos que frequentamos o Maracanã em dias de jogos, sabemos da enorme quantidade de turistas estrangeiros que vão conhecer o estádio, um dos maiores pontos turísticos do Rio de Janeiro.

Não seria dispendioso, nem trabalhoso, criar-se um "kit" contendo, por exemplo, uma revista que contasse a história do clube traduzida para o inglês, uma flâmula, um botton ou um adesivo, que fosse distribuído aos turistas na chegada ao estádio.

Imagine-se o efeito dessa singela ação para a internacionalização da marca tricolor.

Milhares de pessoas, todos os anos, levando os "Kits Tricolores" para seus países de origem, tornando-se, por afeição, novos torcedores do Flu nos mais diversos rincões do planeta e o melhor, repercutindo a nossa história e a nossa imagem num processo de verdadeira internacionalização da marca.

O Fluminense é um diamante bruto que precisa ser lapidado e mostrado ao Mundo; e a iniciativa está logo ali, ao alcance dos seus administradores.

Não é difícil, não é caro, basta querer.

Avante, Fluminense! ST

domingo, 9 de março de 2014

Fluminense x Duque de Caxias: Um Empate para Constatar o Óbvio.

Renato Gaúcho, cuja proposta era obeservar o que temos de elenco, poupou cinco jogadores titulares (Carlinhos, machucado, e Gum, suspenso, já estariam fora de qualquer forma).
 
O mistão do tricolor mostrou que, se temos, com todos os titulares em campo, um time na conta do chá, ainda não possuímos elenco para disputar as principais competições nacionais.
 
Mostrou, ainda, para todos nós (apesar de muitos já saberem), e, principalmente para Renato, que Wiliam e Aílton são jogadores ainda em formação, e que, até agora, não demonstraram qualidade técnica para serem titulares, que Jean já mereceria a reserva há algum tempo, que Leandro Euzébio nem no banco mereceria ficar e que Diguinho, nessa equipe, é titular absoluto.
 
Das constatações positivas, Walter, como sempre, inteligente e participativo e Wagner, que parece estar lutando com afinco pela titularidade; fez um belo gol e incomodou a defesa adversária com jogadas de perigo, principalmente na primeira etapa.
 
O primeiro tempo tricolor foi abaixo da crítica. Jean e Wiliam não protegiam a zaga e não municiavam o ataque, deixando a equipe totalmente exposta atrás e inoperante na frente. Além de lentos, faltou-lhes qualidade técnica para desempenhar, minimamente, suas funções dentro de campo.
 
Pelos lados,do mesmo modo, as coisas não foram bem. Aílton é uma aposta que não tem dado certo e Bruno só é titular porque não há ninguém melhor para substituí-lo. Na zaga, Leandro Euzébio foi o inseguro de sempre e,  para complicar, transmitiu essa insegurança a Elivelton, que, ao lado de Gum, já se portou melhor.
 
Marcos Junio e Biro-Biro ficaram isolados na frente, tendo que voltar para buscar jogadas e Walter, também esquecido, fez o que pode para articular as principais jogadas ofensivas do Flu.
 
O Flu teve sorte de não sair com  uma derrota ainda mais larga na  primeira etapa.
 
No segundo tempo, Renato viu o óbvio e trocou Aílton por Chiquinho, Wiliam por Higor e, depois, Marco Junio por Michael.
 
Facilitado, também, pela expulsão do jogador do adversário, a equipe passou a ter mais a posse da bola, teve menos sustos atrás, mas continuou incomodando pouco o adversário.
 
Após ótima jogada de Higor, porém, Walter fez seu merecido gol e de cabeça, mostrando o quão importante será para o Flu durante a temporada.
 
Biro-Biro, que já deveria estar treinando finalizações, perdeu dois, Jean deu um bom chute, Wagner caiu de produção, o time sucumbiu à marcação da equipe da Baixada e ficou por isso mesmo, um empate com sabor de derrota contra um dos mais fracos times do campeonato.
 
Se o resultado foi ruim, torçamos, pelo menos, para que Renato tenha podido constatar o que toda a torcida já sabe, ou seja, que, desse grupo que se apresentou hoje, alguns jogadores não merecem ser titulares e, que outros, nem mesmo merecem vestir a camisa tricolor.
 
Avante, Fluminense! ST