quinta-feira, 6 de março de 2014

Fluminense x Friburguense: Um Flu à Vontade em Campo.


Contra o Friburguense, eu vi um Fluminense bem diferente daquele que se apresentou contra Botafogo e Cabofriense. Apesar de, contra o time da Região dos Lagos,  já ter sido uma equipe bem diferente daquela que “não entrou em campo” contra o Botafogo, hoje fez os gols que perdeu em profusão na última partida.

 
O Flu começou o jogo atrevido e decidido a resolver a partida, tanto é que fez três gols com Walter, Conca e Bruno. Jogava para cima, envolvendo o adversário e sem dar chances de contra-ataques.


A equipe jogava solta, variando as jogadas ofensivas, ora com Bruno, que fez um golaço, ora com Ailton que, apesar de ainda sentir a pressão por substituir Carlinhos, já foi melhor do que na sua última participação, tendo feito ótima jogada para o segundo gol de Conca.

 
Waltinho, o xodó da torcida, fez o primeiro, mostrando que transforma a bola que chega quadrada em redonda. Sabe bater em gol, faz bem o pivô e articula as jogadas com bons passes.


Depois dos três, o Flu fez o previsível. Recuou para dar espaço ao adversário e partir nos contra-ataques. Não deu certo, muito porque Biro-Biro, apesar de esforçado, não estava nos melhores dias e porque nosso meio de campo dava muitos espaços para o Friburguense criar.


Rômulo, cabeceou uma na trave, quase fez um gol em excelente jogada individual e acabou por marcar um belo e merecido tento já no último minuto do primeiro tempo.


Na segunda etapa o Flu pouco mudou. Sem velocidade nos contra-ataques, trazia, perigosamente, a equipe serrana para cima e, à exceção de um belo chute no travessão, tomou certo sufoco. Nossa zaga perdeu a maioria das disputas pelo alto e o Flu correu sério risco de sofrer um ou dois gols.

 
Renato, porém, estava atento e substituiu Waltinho, que já aparentava cansaço, por Michael e, juntamente com Wagner e Marcos Junio, que já haviam substituído Jean e Sóbis, respectivamente, tornaram o time mais rápido na frente e o jogo franco. O Friburguense não se omitia e o Flu passou a levar mais perigo à defesa adversária. Foram esses dois, justamente, os que, com belos gols, deram números finais à partida.


O Flu jogou livre, leve e solto. Sem Fred, à serviço da seleção, a equipe jogou despreocupada, sem ter a necessidade de servir ao artilheiro em má-fase. Não que esteja atrapalhando a equipe, mas é nítido que, com ele em campo, o Flu tem apenas uma jogada ofensiva e ela se chama Fred.


Instintivamente, a equipe joga para ele, e os seus companheiros, no afã de presenteá-lo com os gols que lhe faltam, muitas vezes desconsideram outras opções ofensivas e optam por procurar o artilheiro.
 

Nem sempre funciona.


Hoje, sem a pressão de sua presença, a equipe jogou mais leve.


Fred, mesmo em má-fase, é titular absoluto de Renato Gaúcho; portanto, é preciso que seus companheiros não o enxerguem como a única solução no ataque. Jogar em função dele, nem sempre será bom para o Flu.


A descentralização ofensiva parte da premissa de que todos são opções viáveis para marcar gols e, o melhor exemplo disso, foi o Fluminense ter vencido, mesmo sem Frederico, e com gols de cinco jogadores diferentes.

Parece que o Flu aprendeu a jogar sem Fred, mas precisa, agora, reaprender a jogar com ele.


Avante, Fluminense! ST

 

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