sexta-feira, 21 de março de 2014

Desabafo!

Eu sempre fui um defensor do Peter e de sua administração, e não sou daqueles que atiram pedras aos primeiros sinais de que as coisas estão erradas.

Prefiro aguardar a fazer um julgamento leviano e antecipado. Peter, enquanto administrador, tem tirado o Flu do buraco, equacionando dívidas e buscado o caminho da autossustentabilidade.

Nisto, ele tem sido um dos melhores presidentes do Fluminense em todos os tempos.

Porém, sinais demais já foram dados de que o barco está à deriva no Futebol. Ninguém quer que 2013 se repita e, portanto, é hora de a diretoria agir e de a torcida cobrar.

Este time é praticamente todo aquele que foi rebaixado em 2013, e que já deveria ter sido reciclado no início daquele ano.

O custo-benefício de alguns jogadores deveria ter sido reavaliado. Jean, Wagner, Bruno e Fred, por exemplo, ganham salários astronômicos e a resposta dentro de campo tem sido insuficiente.

Fred, que começou o ano se recuperando de uma grave lesão, ainda teria motivos para justificar seu fraco desempenho, mas esse tempo está terminando. A lesão parece que não o aflige mais, a copa é um incentivo, mas seu futebol tem sido um arremedo daquilo que se viu de Fred em outros tempos.

Jean e Wagner nunca justificaram plenamente suas contratações. Bruno, só é titular porque não há substituto à altura. Mariano deixou saudades.

A zaga é um problema crônico. Elivelton é um garoto. Gum e Euzébio são marmanjos que deram certo enquanto tivemos um meio de campo forte que dava proteção à defesa. Sem essa proteção, os dois podem ser considerados entre os piores zagueiros do futebol brasileiro.

Renato Gaúcho tem cometido os mesmos erros de suas passagens anteriores pelo Fluminense. A imagem de um treinador amadurecido com os equívocos cometidos é somente uma ilusão. Em partidas como Botafogo e Horizonte, isso ficou bem claro.

Se a Unimed quer rostos bonitos, que vá ao cast da Globo, se quer bons jogadores de futebol, que procure um especialista. Celso Barros é tricolor, mas entende tanto quanto Peter do assunto.

Se não há dinheiro para contratar, que isso fique bem claro para que ninguém se iluda mais. Se há, é o momento da contrapartida. A Unimed ganha demais com o Flu, é preciso ganhar com ela também.

Este silêncio angustiante sobre eventuais contratações martiriza demais a torcida, já vilipendiada por todos os últimos acontecimentos envolvendo rebaixamento e depredação midiática.

E é necessário repensar um patrocínio que investe muito, mas sem critério. Quem sabe um investidor de menor porte, mas cujos recursos fossem canalizados para contratações criteriosas e que produzissem um excelente custo-benefício.

A torcida exige respeito, exige reforços e capacidade na administração do futebol do clube, sem interferências que, longe de ajudar, apenas têm contribuído para chafurdar o clube no mar de lama da desorganização e da incompetência.

A hora de cobrar é agora, antes que o pior se repita.

Avante, Fluminense! ST


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