O promotor Roberto Senise, do Ministério Público de São Paulo, responsável pela ação civil pública cujo objetivo é adequar a decisão do STJD ao Estatuto do Torcedor, o que, na prática, significaria devolver os pontos à Portuguesa e flamengo e rebaixar o Fluminense, parece que conseguiu o que queria.
Não foi, contudo, o sucesso da sobredita ação civil o seu êxito, pois esta foi construída sobre argumentos débeis e, nem mesmo o pedido que fez para que o Judiciário acolhesse de forma antecipada a sua pretensão, teve êxito na casa da Justiça.
A antecipação de tutela ("liminar") foi prontamente indeferida, o que indica a tendência de que, ao final, no mérito, também deverá ser rejeitado o pedido. (Quanto à fragilidade dos argumentos que sustentam essa ação pública, melhor explicou-se em http://avanteflu.blogspot.com.br/2014/02/o-fluminense-e-serie-e-ponto-final.html).
O promotor paulista conseguiu, isso sim, todas as luzes dos holofotes. Esta foi a sua grande vitória, sua promoção pessoal. Enquanto sua estorinha foi conveniente à mídia hipócrita, obteve espaço relevante em todos os veículos de informação esportiva.
A questão é que, quando seus argumentos e a sua própria ação civil pública naufragaram, Senise gradativamente passou a ser abandonado pela grande mídia.
Afinal de contas, se o rebaixamento do Fluminense é uma situação cada vez mais improvável, a pauta não mais interessa como notícia jornalística.
Nem mesmo o fato de o próprio Senise ter afirmado que dirigentes da Portuguesa teriam recebido dinheiro para escalar irregularmente seu jogador parece ser um assunto que mereça repercussão.
Nem a suposta prática de crime, de uma fraude jamais vista no Futebol brasileiro, instiga os nossos jornalistas a investigarem o fato.
Se o próprio Senise, uma autoridade pública, revelou a notícia em primeira mão, então, por que tanto desinteresse? Por que o silêncio?
A mídia marrom, todos aqueles jornalistas que injustamente prejulgaram o Fluminense, estão criminosamente calados.
Parece que a verdade, neste caso, poderia acarretar consequências drásticas a poderosíssimos interesses que circundam o Futebol nacional e que, a pretexto de não desvendá-la, silenciam todos para que os fatos chafurdem na noite escura do esquecimento.
É nosso dever, tricolores, porém, impedir o acobertamento dessa fraude. É imperioso perseguir a verdade custe o que custar, a fim de lavar a honra de nosso clube e de nossa torcida.
Se o silêncio é conveniente a quem nos achincalhou, o brado por Justiça deve ser a bandeira de nossa luta. Uma luta pela apuração das responsabilidades civis e criminais dos verdadeiros culpados e pela punição de todos os envolvidos nessa farsa histórica.
É isso, senhor Senise, o que todos os cidadãos de bem esperam, que o mesmo Ministério Público que o senhor impulsionou por nada, cumpra seu papel constitucional e apure as responsabilidades dos envolvidos nessa estória espúria.
Avante, Fluminense! ST
Felipe parabéns pelo texto, concordo com você, não podemos nos calar e deixar que o silêncio predomine, a torcida tricolor tem que levantar a voz, se fazer ouvida, não somente dentro dos estádios e agora mais do que nunca temos a obrigação de exigir das autoridades responsáveis a solução do caso, queremos a apuração dos fatos e que no final a verdade prevaleça. ST
ResponderExcluirObrigado, Lory. Suas considerações são sempre pertinentes. Parece que, em ano de copa de mundo, ninguém deseja um escâncalo nas proporções daquele que ocorreria se a verdade fosse revelada. Há muitos interesses por trás de tudo isso e, cabe a nós, impedir que o silêncio "fale mais alto" que a Justiça. ST
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