segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Emoção, Alegria e Esperança.


O torcedor teve muitos motivos para ir ao Maracanã hoje: homenagem aos Casal 20, retorno da equipe ao Maraca após longo recesso, a volta de Fred, preços acessíveis, time afinado na competição etc. 

O tricolor que foi ao Maracanã, além de se emocionar com a bela homenagem a Assis e Washington, matar a saudade do estádio, rever Dom Fredom por trinta minutos em campo, deliciou-se, principalmente, com o Fluminense que viu em ação. A primeira parte do espetáculo foi, sem tirar nem por, uma espécie de sequência da última partida contra o Atlético Paranaense, trasladada ao Rio de Janeiro para que pudesse ser apreciada in loco por mais de quarenta mil privilegiados.

Sem dar chance ao azar, escaldado pela derrota para o Vitória, o Flu foi envolvente, insinuante e eficaz desde o início, sendo premiado com um merecido gol logo nos primeiros minutos. Gol de Cícero, após jogada de Conca, dois personagens que têm sido decisivos a favor do Fluminense.
 
Não tardou muito para que o volume de jogo, a rápida troca de passes, as inversões conscientes de posicionamento, a consciência defensiva e a efetividadde ofensiva, determinassem o segundo gol tricolor, este, em sua maior parte, devido à raça de outro imprescindível personagem: Sóbis.

Foi uma primeira etapa de encher os olhos, menos pelas chances de gol, que nem foram tantas, e mais pelo futebol cuja qualidade nos deixava a todos saudosos. A ausência do jogo ofensivo em detrimento do resultado a qualquer custo funciona às vezes, mas não funciona sempre. Jogar bem, com equilíbrio, tendo o gol como principal objetivo, é sempre mais agradável aos olhos do torcedor, e a todos que apreciam futebol e, se esse futebol põe a sua equipe como uma das candidatas ao título, há muito mais motivos para comemorar.

Mesmo sem repetir a apresentação do primeiro tempo (Cícero cansou, outros também dimuíram o ritmo), o Tricolor foi soberano e correu o risco calculado de administrar o resultado dando mais espaços ao adversário para buscar o contra-ataque. Por duas vezes, primeiro com Wagner e, já nos acréscimos, com Conca (o que seria um gol de placa), o Flu perdeu ótimas oportunidades de acrescentar mais um tento ao placar. E se há algo que falte ao Flu de hoje é justamente o velocista que dê rapidez às saídas ao ataque, posição que W. Nem ocuparia com absoluta tranquilidade.

A equipe esmeraldina teve algumas boas chances, todas elas eficazmente bloqueadas pelo melhor goleiro do Brasil. E não teve mais porque a zaga postou-se bem e Henrique foi, peço licença a Tiago Silva, um “monstro” na noite de hoje. Antecipou, cobriu companheiros, espanou pelo alto, enfim, foi tudo o que um bom zagueiro deve ser.

A receita da humildade implantada pelo Cristóvão dá ao Fluminense o que lhe carecia: espírito coletivo, solidariedade, gana de vencer. Alie-se isso à qualidade de seus jogadores e à visão de seu treinador e temos uma equipe pronta para os mais difíceis embates e apta a galgar os degraus mais elevados neste difícil campeonato.

Foi uma noite feliz para quarenta mil tricolores; uma noite que começou com a emoção e o saudosismo de reviver a saudosa dupla de atacantes, Assis e Washington, passou pela alegria de comemorar dois gols e uma bela atuação do Fluminense e terminou com a esperança de que o pentacampeonato não é apenas um sonho distante.

Avante, Fluminense! ST
 
 

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