Celso Roth é um treinador conhecido pelas
fortes retrancas que arma nas equipes que dirige. E não é bobo. Estudou o Flu e
montou seu time para não deixar o Tricolor jogar: forte pressão na saída de
bola e marcação forte em Conca e Cícero. A estratégia deu certo no primeiro
tempo, pois imprensou o Flu na defesa, dificultando a saída de bola e,
principalmente, o que vinha fazendo de melhor, a rápida troca de passes na
saída da defesa para o ataque.
Para furar o ferrolho paranaense, o Tricolor
tinha poucas alternativas; ou jogadas individuais, numa delas Carlinhos abriu
espaço e fez a melhor jogada do primeiro tempo ou a bola parada. Num escanteio
Elivelton subiu mais que todos e fuzilou de cabeça para as redes adversárias. O
gol, numa partida difícil e amarrada como a que vinha se desenhando, foi um
achado.
A saída de Gum, machucado, deu intranquilidade
à defesa, pois Fabrício começou inseguro.
No segundo tempo, a forte marcação persistiu e
o Fluminense continuou não sabendo sair dela. Tinha menos posse de bola, algo
incomun para um time que vinha sobrando nesse quesito, e perdia o meio de
campo. Cristóvão, então, resolveu sacar Cícero, provavelmente cansado, e Bruno,
pondo em seus lugares Chiquinho e Edson. Ali ficou claro que o treinador
tricolor, diante de um jogo dificílimo, pretendia segurar o resultado.
Não foi o que aconteceu. O Flu sofreu o gol,
após uma má rebatida de Chiquinho e depois de outra rebatida para o meio da
área que acabou encontrando o jogador coxa branca livre para finalizar, num
belo e indefensável chute.
O Fluminense foi a antítese do que costumava
ser. Ao invés de Fred ou Walter, fomos de Edson e Chiquinho. Assim, com o gol
sofrido, não havia forças nem atacantes para atacar e tentar o gol da vitória.
Nos minutos finais, no abafa, o Flu ainda foi mais perigoso do que foi a
partida inteira, mas o goleiro paranaene fechou o gol com duas belas defesas.
Justo o resultado pelo que o Flu não apresentou
em campo. Não por não querer, pois foi guerreiro o tempo inteiro, mas pela
incapacidade, mais uma vez, de esquivar-se de um esquema de marcação pesado
como o que o Coritiba apresentou esta noite.
Diante do que se viu em campo, o empate não
pode ser tido como um resultado tão ruim. Ruim foi, mas poderia ter sido até
pior, pois o Coritiba foi o dono do meio de campo a maior parte do jogo, e só não
teve melhor sorte porque foi pouco corajoso. Além disso, venceram o Grêmio e
empataram com o Corinthians fora de seus domínios, o que demonstra que, apesar
de estarem na zona de rebaixamento, vivem um momento de superação no
campeonato.
Se os jogadores, de ambos os times, foram
guerreiros em campo, quem destoou foi a arbitragem. Aprendi que um árbitro,
para prejudicar uma equipe, não precisa inventar ou deixar de marcar pênaltis escandalosos,
marcar gols ilegais ou anular os legais, ou seja, não precisa dizer para todo
mundo que está ali para arranjar um resultado. Ele sairá ileso das críticas da
imprensa se fizer o que o apitador, cujo nome nem fiz questão de lembrar, fez:
inverter faltas, marcar para uma equipe qualquer esbarrão e para outra nem a
mais violenta, segurar o jogo, enfim, ser parcial dissimuladamente. A não ser a
torcida, que enxerga o jogo com os olhos paixão, ninguém mais, com raras exceções,
dirá que a arbitragem foi tendenciosa. Assim, provavelmente, a crítica
especializada dirá que terá sido um exagero dos jogadores e torcedores
tricolores.
Quem viu a atuação desse senhor sabe que não
houve exagero algum. O apitador controlou o jogo à sua feição e impediu que o
Flu desenvolvesse seu melhor futebol truncando a partida. Não que tenha sido
fundamental para o resultado, mas que contribuiu para ele, isso contribuiu.
Feliz dia dos pais a todos!
Avante, Fluminense! ST
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