sábado, 9 de agosto de 2014

Arbitragem Ruim, Adversário Difícil e Empate Tricolor


Celso Roth é um treinador conhecido pelas fortes retrancas que arma nas equipes que dirige. E não é bobo. Estudou o Flu e montou seu time para não deixar o Tricolor jogar: forte pressão na saída de bola e marcação forte em Conca e Cícero. A estratégia deu certo no primeiro tempo, pois imprensou o Flu na defesa, dificultando a saída de bola e, principalmente, o que vinha fazendo de melhor, a rápida troca de passes na saída da defesa para o ataque.
 
Para furar o ferrolho paranaense, o Tricolor tinha poucas alternativas; ou jogadas individuais, numa delas Carlinhos abriu espaço e fez a melhor jogada do primeiro tempo ou a bola parada. Num escanteio Elivelton subiu mais que todos e fuzilou de cabeça para as redes adversárias. O gol, numa partida difícil e amarrada como a que vinha se desenhando, foi um achado.

A saída de Gum, machucado, deu intranquilidade à defesa, pois Fabrício começou inseguro.

No segundo tempo, a forte marcação persistiu e o Fluminense continuou não sabendo sair dela. Tinha menos posse de bola, algo incomun para um time que vinha sobrando nesse quesito, e perdia o meio de campo. Cristóvão, então, resolveu sacar Cícero, provavelmente cansado, e Bruno, pondo em seus lugares Chiquinho e Edson. Ali ficou claro que o treinador tricolor, diante de um jogo dificílimo, pretendia segurar o resultado.

Não foi o que aconteceu. O Flu sofreu o gol, após uma má rebatida de Chiquinho e depois de outra rebatida para o meio da área que acabou encontrando o jogador coxa branca livre para finalizar, num belo e indefensável chute.

O Fluminense foi a antítese do que costumava ser. Ao invés de Fred ou Walter, fomos de Edson e Chiquinho. Assim, com o gol sofrido, não havia forças nem atacantes para atacar e tentar o gol da vitória. Nos minutos finais, no abafa, o Flu ainda foi mais perigoso do que foi a partida inteira, mas o goleiro paranaene fechou o gol com duas belas defesas.

Justo o resultado pelo que o Flu não apresentou em campo. Não por não querer, pois foi guerreiro o tempo inteiro, mas pela incapacidade, mais uma vez, de esquivar-se de um esquema de marcação pesado como o que o Coritiba apresentou esta noite.

Diante do que se viu em campo, o empate não pode ser tido como um resultado tão ruim. Ruim foi, mas poderia ter sido até pior, pois o Coritiba foi o dono do meio de campo a maior parte do jogo, e só não teve melhor sorte porque foi pouco corajoso. Além disso, venceram o Grêmio e empataram com o Corinthians fora de seus domínios, o que demonstra que, apesar de estarem na zona de rebaixamento, vivem um momento de superação no campeonato.

Se os jogadores, de ambos os times, foram guerreiros em campo, quem destoou foi a arbitragem. Aprendi que um árbitro, para prejudicar uma equipe, não precisa inventar  ou deixar de marcar pênaltis escandalosos, marcar gols ilegais ou anular os legais, ou seja, não precisa dizer para todo mundo que está ali para arranjar um resultado. Ele sairá ileso das críticas da imprensa se fizer o que o apitador, cujo nome nem fiz questão de lembrar, fez: inverter faltas, marcar para uma equipe qualquer esbarrão e para outra nem a mais violenta, segurar o jogo, enfim, ser parcial dissimuladamente. A não ser a torcida, que enxerga o jogo com os olhos paixão, ninguém mais, com raras exceções, dirá que a arbitragem foi tendenciosa. Assim, provavelmente, a crítica especializada dirá que terá sido um exagero dos jogadores e torcedores tricolores.

Quem viu a atuação desse senhor sabe que não houve exagero algum. O apitador controlou o jogo à sua feição e impediu que o Flu desenvolvesse seu melhor futebol truncando a partida. Não que tenha sido fundamental para o resultado, mas que contribuiu para ele, isso contribuiu.

Feliz dia dos pais a todos!

Avante, Fluminense! ST
 
 

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