domingo, 18 de maio de 2014

Quando a Covardia é Recompensada


Eu poderia repetir aqui o escrevi após a partida contra o Vitória. A única diferença, e fundamental, foi a de que o time baiano enfrentou o Fluminense no Maracanã, bem longe de sua casa e o, Grêmio, diante de sua torcida.
 
O esquema de ambos, contudo, foi bem parecido. Forte marcação, a gremista mais adiantada, e paciência para encontrar a bola do jogo. O Vitória encontrou duas, o time gaúcho, uma.
 
Apesar de mais cauteloso no início, o que tornou o jogo truncado e sem muitas atividades ofensivas, exceto por um chute de Barcos, o Fluminense, após vinte e poucos minutos da primeira etapa, passou a comandar as ações e perdeu dois gols seguidos, após excelentes intervenções do goleiro gremista; o primeiro, após excelente cabeçada de Fred, que foi milagrosamente espalmada pelo arqueiro e a segunda, minutos depois, com belo arremate de Sóbis para outra belíssima defesa de Marcelo Grohe.
 
Foi exatamente quando era melhor, que a equipe do Sul “encontrou” seu gol após desatenção de Jean, que deixou Rodriguinho na cara do gol de Cavalieri.
 
No segundo tempo o panorama se repetia. Forte marcação gaúcha e um Flu que não soube superá-la, principalmente porque faltou alternativa às jogadas de Conca, execeto por um belo chute de Sóbis, mais uma vez espetacularmente defendido pelo arqueiro adversário. A centralização do jogo em Fred também torna o jogo previsível e facilmente anulável, tendo faltado opções que aparecessem do meio, como Jean e Wagner.
 
E se a partida parecia equilibrada, Fred, após lance infantil – mais um – perdeu a cabeça – novamente – e foi expulso de campo. Ao meu ver, Walter, que entrou momentos antes no lugar de Sóbis, bem que poderia ter sido o substituto do artilheiro bigodudo. Fazer esse exercício de suposição agora, porém, não adianta muita coisa.
 
O fato é que, apesar de todos esperarmos uma pressão incessante do Grêmio, a equipe sulista acuou-se ainda mais em seu campo, procurando por um contra-ataque que foi desperdiçado nos pés de Barcos por duas vezes. Afora esses dois lances, o Flu continuou mais perigoso e sufocando o Grêmio em seu campo defensivo, principalmente porque Walter é sempre perigoso, tanto por seus chutes em gol quanto por suas articulações ofensivas. Num desses lances, o tricolor, com um a menos, obrigou o santo milagreiro gaúcho a outra defesa sensacional.
 
Derrota do Flu, mais uma vez quando foi melhor em todos os quesitos do que o seu oponente, menos num: eficiência. Dessa vez, entretando, a ineficiência do Flu teve um aliado intransponível: Marcelo Grohe.
 
O goleiro gaúcho foi o principal culpado pela derrota tricolor, até mais do que a tola expulsão de Fred e concorrendo cabeça a cabeça com a desatenção de Jean no lance em que deixou Rodriguinho livre para marcar o gol do Grêmio.
 
Mas não adianta, apesar do que a equipe vem jogando, acreditar-se que tudo está bem. Duas derrotas em cinco partidas é sinal de algo está errado. Não adiante ser guerreiro, brioso, ousado, se o Flu ainda não aprendeu a superar sólidos sistemas defensivos. Não acho que seja tarefa difícil resolver esse problema; hoje mesmo nossa sorte poderia ter sido melhor não fosse o já citado guarda metas gaúcho, mas é preciso encontrar uma solução para dar mais qualidade ao meio, principalmente quando Conca está severamente marcado, e evitar a centralização exacerbada do jogo sobre Fred.
 
O Fluminense continua no caminho certo, pois não fosse a equipe gaúcha acovardar-se (se acharem exagerado, pode-se usar o termo acautelar-se) dentro de campo, inclusive quando tinha um jogador a mais, teríamos melhor sorte.
 
Avante, Fluminense! St
 
Foto: Lancenet
 

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