Eu poderia repetir aqui o escrevi após a
partida contra o Vitória. A única diferença, e fundamental, foi a de que o time
baiano enfrentou o Fluminense no Maracanã, bem longe de sua casa e o, Grêmio,
diante de sua torcida.
O esquema de ambos, contudo, foi bem parecido.
Forte marcação, a gremista mais adiantada, e paciência para encontrar a bola do
jogo. O Vitória encontrou duas, o time gaúcho, uma.
Apesar de mais cauteloso no início, o que
tornou o jogo truncado e sem muitas atividades ofensivas, exceto por um chute
de Barcos, o Fluminense, após vinte e poucos minutos da primeira etapa, passou
a comandar as ações e perdeu dois gols seguidos, após excelentes intervenções
do goleiro gremista; o primeiro, após excelente cabeçada de Fred, que foi
milagrosamente espalmada pelo arqueiro e a segunda, minutos depois, com belo
arremate de Sóbis para outra belíssima defesa de Marcelo Grohe.
Foi exatamente quando era melhor, que a equipe
do Sul “encontrou” seu gol após desatenção de Jean, que deixou Rodriguinho na
cara do gol de Cavalieri.
No segundo tempo o panorama se repetia. Forte
marcação gaúcha e um Flu que não soube superá-la, principalmente porque faltou
alternativa às jogadas de Conca, execeto por um belo chute de Sóbis, mais uma
vez espetacularmente defendido pelo arqueiro adversário. A centralização do
jogo em Fred também torna o jogo previsível e facilmente anulável, tendo
faltado opções que aparecessem do meio, como Jean e Wagner.
E se a partida parecia equilibrada, Fred, após
lance infantil – mais um – perdeu a cabeça – novamente – e foi expulso de
campo. Ao meu ver, Walter, que entrou momentos antes no lugar de Sóbis, bem que
poderia ter sido o substituto do artilheiro bigodudo. Fazer esse exercício de
suposição agora, porém, não adianta muita coisa.
O fato é que, apesar de todos esperarmos uma
pressão incessante do Grêmio, a equipe sulista acuou-se ainda mais em seu
campo, procurando por um contra-ataque que foi desperdiçado nos pés de Barcos
por duas vezes. Afora esses dois lances, o Flu continuou mais perigoso e
sufocando o Grêmio em seu campo defensivo, principalmente porque Walter é
sempre perigoso, tanto por seus chutes em gol quanto por suas articulações
ofensivas. Num desses lances, o tricolor, com um a menos, obrigou o santo
milagreiro gaúcho a outra defesa sensacional.
Derrota do Flu, mais uma vez quando foi melhor
em todos os quesitos do que o seu oponente, menos num: eficiência. Dessa vez,
entretando, a ineficiência do Flu teve um aliado intransponível: Marcelo Grohe.
O goleiro gaúcho foi o principal culpado pela
derrota tricolor, até mais do que a tola expulsão de Fred e concorrendo cabeça
a cabeça com a desatenção de Jean no lance em que deixou Rodriguinho livre para
marcar o gol do Grêmio.
Mas não adianta, apesar do que a equipe vem
jogando, acreditar-se que tudo está bem. Duas derrotas em cinco partidas é
sinal de algo está errado. Não adiante ser guerreiro, brioso, ousado, se o Flu
ainda não aprendeu a superar sólidos sistemas defensivos. Não acho que seja
tarefa difícil resolver esse problema; hoje mesmo nossa sorte poderia ter sido
melhor não fosse o já citado guarda metas gaúcho, mas é preciso encontrar uma
solução para dar mais qualidade ao meio, principalmente quando Conca está
severamente marcado, e evitar a centralização exacerbada do jogo sobre Fred.
O Fluminense continua no caminho certo, pois
não fosse a equipe gaúcha acovardar-se (se acharem exagerado, pode-se usar o
termo acautelar-se) dentro de campo, inclusive quando tinha um jogador a mais,
teríamos melhor sorte.
Avante, Fluminense! St
Foto: Lancenet
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