terça-feira, 6 de maio de 2014

O Consórcio Maracanã e o Desrespeito ao Torcedor


O Fluminense soltou uma nota oficial exigindo melhorias no acesso de torcedores ao Maracanã em virtude de probemas ocorridos nos jogos contra Horizonte, Figueirense e Vitória.
 
Particularmente, nesta última partida, quando o público foi superior a cinquenta mil presentes, a problemática da entrada de torcedores foi mais acentuada; eu obeservei uma multidão de torcedores chegando às arquibancadas durante todo o primeiro tempo do jogo e até o seu intervalo, o que é um absurdo, uma vez que o ingresso dá direito à partida inteira.

Duas horas antes as filas já eram imensas no derredor do estádio, em total desrespeito ao torcedor que, tentando ser prevenido e a fim de evitar transtornos na entrada, adquiriu antecipadamente o seu ingresso pela internet.

De que adianta, assim, a aquisição antecipada de ingressos pela via on line se, para se ter acesso ao estádio, impõe-se verdadeira burocracia que não se coaduna com a presteza que se deve dar ao acesso dos torcedores ao local do espetáculo.

E não é de hoje. Quem frequenta o estádio sabe que em jogos de maior apelo a questão mostra-se recorrente.

O Consórcio, talvez para maquiar a sua inépcia em administrar, enche o estádio de “informantes” que só sabem dar boa noite, porque pouco sabem informar, e não cuida do principal, que é a simplificação do acesso do público.

Não é difícil, basta vontade e, talvez, um pouco de dinheiro que não desejam gastar, mas que entra fácil em seus cofres. Aliás, a própria concessão já foi um “negócio da China”.

Quando os jogos ainda eram no Engenhão, entrei diversas vezes com o meu próprio cartão de crédito, onde o ingresso era carregado. Era simples e, deve ser tão simples quanto, adaptar as catracas para que leiam as tarjas eletrônicas nos cartões de crédito.

Isso já ocorre com os sócios-torcedores, cujas carteiras são carregadas com os ingressos após a realização do opt-in no portal do clube na internet.

Por que, então, a dificuldade?

E os pontos de venda de ingresos físicos também são escassos. Quanto custa credenciar outros pontos e, de preferência, em todas as regiões da cidade, na região metropolitana e cidades próximas?

Ao que parece, o Consórcio não planeja investir nem em tecnologia, nem em credenciamento de novos pontos de venda de ingressos, nem mesmo em pessoal, uma vez que costuma autorizar a venda de lugares no setor norte e outros setores do estádio apenas quando o público já encheu o setor sul (no caso da torcida do Fluminense). Trata-se de medida que, claramente, tenciona impedir despesas e limita o direito do torcedor de escolher o local que melhor lhe aprouver para assistir à partida.

Até onde vai a sanha por lucros dessas empresas (que formam o Consórcio)?

O Flu reclamou oficialmente, mas se bem conheço esse tipo de prática, apenas a intervenção judicial será suficiente para dar ao torcedor o direito que lhe é devido, seja pela revisão do contrato, seja pelo seu cumprimento e, até mesmo, para que se obriguem os desidiosos a corrigir os defeitos verificados mediante pesadas multas.

Avante, Fluminense! ST

Foto: Lancenet.com
 
 

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