O Fluminense soltou uma nota oficial exigindo
melhorias no acesso de torcedores ao Maracanã em virtude de probemas ocorridos
nos jogos contra Horizonte, Figueirense e Vitória.
Particularmente, nesta última partida, quando o
público foi superior a cinquenta mil presentes, a problemática da entrada de
torcedores foi mais acentuada; eu obeservei uma multidão de torcedores chegando
às arquibancadas durante todo o primeiro tempo do jogo e até o seu intervalo, o
que é um absurdo, uma vez que o ingresso dá direito à partida inteira.
Duas horas antes as filas já eram imensas no
derredor do estádio, em total desrespeito ao torcedor que, tentando ser
prevenido e a fim de evitar transtornos na entrada, adquiriu antecipadamente o
seu ingresso pela internet.
De que adianta, assim, a aquisição antecipada
de ingressos pela via on line se,
para se ter acesso ao estádio, impõe-se verdadeira burocracia que não se
coaduna com a presteza que se deve dar ao acesso dos torcedores ao local do
espetáculo.
E não é de hoje. Quem frequenta o estádio sabe
que em jogos de maior apelo a questão mostra-se recorrente.
O Consórcio, talvez para maquiar a sua inépcia
em administrar, enche o estádio de “informantes” que só sabem dar boa noite,
porque pouco sabem informar, e não cuida do principal, que é a simplificação do
acesso do público.
Não é difícil, basta vontade e, talvez, um
pouco de dinheiro que não desejam gastar, mas que entra fácil em seus cofres.
Aliás, a própria concessão já foi um “negócio da China”.
Quando os jogos ainda eram no Engenhão, entrei diversas
vezes com o meu próprio cartão de crédito, onde o ingresso era carregado. Era
simples e, deve ser tão simples quanto, adaptar as catracas para que leiam as
tarjas eletrônicas nos cartões de crédito.
Isso já ocorre com os sócios-torcedores, cujas
carteiras são carregadas com os ingressos após a realização do opt-in no portal
do clube na internet.
Por que, então, a dificuldade?
E os pontos de venda de ingresos físicos também
são escassos. Quanto custa credenciar outros pontos e, de preferência, em todas
as regiões da cidade, na região metropolitana e cidades próximas?
Ao que parece, o Consórcio não planeja investir
nem em tecnologia, nem em credenciamento de novos pontos de venda de ingressos,
nem mesmo em pessoal, uma vez que costuma autorizar a venda de lugares no setor
norte e outros setores do estádio apenas quando o público já encheu o setor sul
(no caso da torcida do Fluminense). Trata-se de medida que, claramente,
tenciona impedir despesas e limita o direito do torcedor de escolher o local
que melhor lhe aprouver para assistir à partida.
Até onde vai a sanha por lucros dessas empresas
(que formam o Consórcio)?
O Flu reclamou oficialmente, mas se bem conheço
esse tipo de prática, apenas a intervenção judicial será suficiente para dar ao
torcedor o direito que lhe é devido, seja pela revisão do contrato, seja pelo
seu cumprimento e, até mesmo, para que se obriguem os desidiosos a corrigir os
defeitos verificados mediante pesadas multas.
Avante, Fluminense! ST
Foto: Lancenet.com
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