Se o novo Fluminense precisava de uma prova de
fogo, teve uma hoje. Reticente, parte da torcida ainda queria ver o Tricolor
contra um dos grandes do futebol nacional para formar uma opinião otimista
quanto ao desempenho da equipe sob o comando de Cristóvão.
E toda a torcida pôde apreciar um Fluminense
que, mesmo fora de casa, e contra o Palmeiras, manteve a mesma pegada, a mesma
eficiência tática dos últimos jogos contra Horizonte, Figueirense e Tupi.
Mesmo visivelmente mais preocupado
defensivamente (Walter não entrou e Valência substituiu Sóbis), o Flu foi
soberano na partida, com amplo domínio sobre o adversário. O padrão de jogo foi
o mesmo, com forte marcação desde a saída de bola, passes rápidos e compactação,
durante todo o jogo, valendo dizer que o único "susto" sofrido foi já nos acréscimos,
quando o jogador palmeirense chutou uma bola na arquibancada.
Sóbis foi fundamental, e aí está uma das mais
importantes contribuições de Cristóvão: interceder pela permanência do jogador
foi uma grande vitória. Hoje foi o homem mais perigoso do ataque, perdeu dois
gols antes de fazer o seu, já nos acréscimos do primeiro tempo e após excelente
passe de Fred.
Dá gosto, também, de ver a dedicação de Jean,
Wagner, Bruno e Gum, jogadores antes criticados e que agora, como num passe de
mágica, estão jogando como leões. E nem há como se escolher o destaque numa
equipe que tem, no espírito coletivo e, na aplicação tática, suas maiores
virtudes.
E o placar de um a zero não retratou a
supremacia tricolor em campo, uma vez que, não fosse por Fernando Prass, o
Fluminense teria, no mínimo, imposto mais um três a zero no adversário.
É claro que diante de um adversário perigoso
e, jogando em seus domínios, o Flu, mesmo sendo ofensivo, não deixou de ser, também,
cauteloso, principalmente na parte final da partida. Isso explica a ausência de
Walter e a troca de Sóbis por Valência, o que não afetou o espírito do grupo e
nem alterou, sensivelmente, a sua forma de jogar. O recuo consciente para a saída
em contra-ataque foi um risco calculado, e que deu resultado, ao menos quanto à
manutenção da retaguarda em segurança.
Vitória mais do que merecida de um time que dá à
torcida a alegria de vê-lo jogar ofensivamente. Mesmo o campeão de 2010 e 2012 não apresentou
futebol tão vistoso, apesar de eficiente, sinal de que, se o ritmo for mantido e, não houver
intercorrências, o Tricolor poderá sonhar com o seu quinto campeonato nacional.
Afinal de contas, não é qualquer um que faz 12
e não sofre qualquer gol, mesmo tendo, conforme avaliação da própria torcida,
uma das zagas mais fracas do Brasil.
O Fluminense precisava de um treinador e,
sobretudo, de humildade; Cristóvão, de uma só vez, resolveu ambos os problemas.
Contra o Vitória o Maracanã será pequeno.
Avante, Fluminense! ST
Foto: Lancenet
Fleury boa noite,
ResponderExcluirDisse tudo e mais um pouco. Eu sou um dos que não acreditava mais nesse grupo, porém... acho que estava errado!
Abraços e vamos em busca de mais um caneco.
Eu também não acreditava, achava que esse grupo já deveria ter sido reciclado, mas aí vem o Cristõvão e muda meus conceitos. Nada como um treinador que sabe tirar de cada jogador o que tem de melhor. ST
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