sábado, 26 de abril de 2014

Fluminense Incontestável



Se o novo Fluminense precisava de uma prova de fogo, teve uma hoje. Reticente, parte da torcida ainda queria ver o Tricolor contra um dos grandes do futebol nacional para formar uma opinião otimista quanto ao desempenho da equipe sob o comando de Cristóvão.

E toda a torcida pôde apreciar um Fluminense que, mesmo fora de casa, e contra o Palmeiras, manteve a mesma pegada, a mesma eficiência tática dos últimos jogos contra Horizonte, Figueirense e Tupi.

Mesmo visivelmente mais preocupado defensivamente (Walter não entrou e Valência substituiu Sóbis), o Flu foi soberano na partida, com amplo domínio sobre o adversário. O padrão de jogo foi o mesmo, com forte marcação desde a saída de bola, passes rápidos e compactação, durante todo o jogo, valendo dizer que o único "susto" sofrido foi já nos acréscimos, quando o jogador palmeirense chutou uma bola na arquibancada.

Sóbis foi fundamental, e aí está uma das mais importantes contribuições de Cristóvão: interceder pela permanência do jogador foi uma grande vitória. Hoje foi o homem mais perigoso do ataque, perdeu dois gols antes de fazer o seu, já nos acréscimos do primeiro tempo e após excelente passe de Fred.

Dá gosto, também, de ver a dedicação de Jean, Wagner, Bruno e Gum, jogadores antes criticados e que agora, como num passe de mágica, estão jogando como leões. E nem há como se escolher o destaque numa equipe que tem, no espírito coletivo e, na aplicação tática, suas maiores virtudes.

E o placar de um a zero não retratou a supremacia tricolor em campo, uma vez que, não fosse por Fernando Prass, o Fluminense teria, no mínimo, imposto mais um três a zero no adversário.

É claro que diante de um adversário perigoso e, jogando em seus domínios, o Flu, mesmo sendo ofensivo, não deixou de ser, também, cauteloso, principalmente na parte final da partida. Isso explica a ausência de Walter e a troca de Sóbis por Valência, o que não afetou o espírito do grupo e nem alterou, sensivelmente, a sua forma de jogar. O recuo consciente para a saída em contra-ataque foi um risco calculado, e que deu resultado, ao menos quanto à manutenção da retaguarda em segurança.

Vitória mais do que merecida de um time que dá à torcida a alegria de vê-lo jogar ofensivamente. Mesmo o campeão de 2010 e 2012 não apresentou futebol tão vistoso, apesar de eficiente, sinal de que, se o ritmo for mantido e, não houver intercorrências, o Tricolor poderá sonhar com o seu quinto campeonato nacional.

Afinal de contas, não é qualquer um que faz 12 e não sofre qualquer gol, mesmo tendo, conforme avaliação da própria torcida, uma das zagas mais fracas do Brasil.

O Fluminense precisava de um treinador e, sobretudo, de humildade; Cristóvão, de uma só vez, resolveu ambos os problemas.

Contra o Vitória o Maracanã será pequeno.

Avante, Fluminense! ST

Foto: Lancenet

2 comentários:

  1. Fleury boa noite,

    Disse tudo e mais um pouco. Eu sou um dos que não acreditava mais nesse grupo, porém... acho que estava errado!
    Abraços e vamos em busca de mais um caneco.

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  2. Eu também não acreditava, achava que esse grupo já deveria ter sido reciclado, mas aí vem o Cristõvão e muda meus conceitos. Nada como um treinador que sabe tirar de cada jogador o que tem de melhor. ST

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