O Fluminense inicia a disputa do campeonato
brasileiro de 2014, neste sábado, às 18:30h, no Maracanã, contra o Figueirense.
Provavelmente não teremos mais surpresas quanto ao primeiro adversário, uma vez
que a liminar conseguida pelo clube cearense junto à 4ª. Vara Cível do Rio de
Janeiro, foi cassada pelo plantão judiciário do Tribunal de Justiça nesta
madrugada.
Independentemente, contudo, de quem seja o
adversário, pela primeira vez em alguns anos, o Flu não entra como um dos
favoritos ao título da disputa.
Esse prévio favoritismo apregoado pela imprensa
nem sempre se confirma, mas revela uma tendência daqueles clubes que melhor se
prepararam para a maior competição nacional, contratando com inteligência e
montando um elenco forte, capaz de suportar uma longa disputa em que lesões e
suspensões também são importantes adversários.
E o Fluminense, por tudo o que não faz desde
2013, não pode ser apontado mesmo como um dos favoritos.
Manteve um elenco rebaixado em campo, não repôs
perdas importantes ocorridas na temporada passada, não supriu, até agora, já às
vésperas do campeonato, carências crônicas da equipe, conviveu com disputas
internas entre seu Presidente e o Presidente da patrocinadora que emperram
novos investimentos, foi vítima de uma campanha sórdida da imprensa nacional,
teve verbas de negociações penhoradas, cabendo aqui, até um etc, tantos foram
os problemas por que o Flu passou nesses últimos meses.
A falta de aporte financeiro, principalmente em
decorrência das penhoras e do litígio com Celso Barros, indicam que o ano não
será fácil. As contratações de um treinador mais “barato”, Cristóvão, e do
volante Edson, do São Bernardo, revelam que será preciso acostumar-se a uma
nova política de contratações no clube, onde os salários serão mais baixos,
porém pagos integralmente pelo Fluminense, sem participação da Unimed.
São indícios de que a temporada será de
arrocho, poucos investimentos, e confiança no que se tem. Contratações terão
que ser pontuais, certeiras e, principalmente, adequadas à nova realidade
financeira do Flu.
Do caríssimo elenco, dez jogadores terão seus
contratos encerrado até o fim do ano. Se não houver acordo com a Unimed para
que seus contratos sejam renovados, poderão deixar o clube sem que este receba
qualquer compensação financeira. E não havendo acordo, tenho minhas dúvidas de
que renovariam seus contratos por valores bem abaixo do que recebem atualmente.
De todos que podem sair, Carlinhos e Cavalieri
devem ser as prioridades do Flu para que tenham seus contratos renovados. Se
não houver aporte da Unimed, que se procure logo outro patrocinador master a
fim de se encaminhar as negociações.
Mas, voltando ao campeonato brasileiro, diante
desse quadro de pessimismo político e financeiro, as perspectivas, realmente,
não são das melhores; pelo menos em relação à conquista do quinto título
brasileiro.
Prefiro acreditar que o Flu será o azarão. Quem
sabe, mesmo com um elenco limitado, bafejados pela sorte, poucas lesões e
suspensões, e, principalmente, paz interna, o Tricolor consiga mostrar em campo
um pouco do futebol que o tornou duas vezes campeão nacional em três anos.
Com Walter e Conca, Carlinhos, Cavalieri,
Sóbis, Wagner, Jean e Fred, ainda temos um time de respeito que, reforçada a
zaga, poderá dar frutos.
Se os jogadores mostrarem o empenho que se
espera de quem enverga a camisa verde, branca e grená, teremos pelo menos uma certeza, a de
que o Tricolor não lutará na parte de baixo da tabela e, com o apoio
incondicional da torcida, quem sabe não lutará na parte de cima?
O retorno à Libertadores já seria um grande
trunfo para um clube que, desde 2013, não tem o que comemorar.
Avante, Fluminense! ST
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