domingo, 31 de maio de 2015

Na raça!

O Flamengo recebeu a ajuda de praxe -  a expulsão de Giovani foi absurda, de tão injustificável – mas por noventa minutos, pelo menos por noventa minutos, o time de guerreiros, ressuscitado, esteve em campo.

O time com Vinícius e Gerson ganha em qualidade no meio de campo. Ambos foram os responsáveis pelas melhores jogadas do Flu enquanto estiveram na partida. Por azar, Gerson sentiu uma lesão e Vinícius foi sacrificado por substituição decorrente da expulsão de Giovani.

O time tricolor, com o primeiro gol marcado no início do jogo – após pênalti bem assinalado pela arbitragem – deu campo ao Flamengo, que teve a soberania na posse de bola, mas era muito pouco eficiente na frente. O Flu, apesar da posse diminuta, criava as melhores chances. O segundo e merecido gol originou-se de outro lance iniciado por Gerson, que serviu Renato para cruzar bola que chegaria aos pés de Fred para marcar, mas o lateral rubro-negro se antecipou e fez contra.

O Flu foi mais organizado, mais eficiente e errou menos no primeiro tempo, porém, numa falha de marcação, numa verdadeira desatenção defensiva, o Flamengo chegou ao seu gol. Gol que renovou os ânimos rubro-negros para a segunda etapa.

Mas o Fluminense jogava com qualidade e, logo no início do segundo tempo, Vinícius fez ótimo lançamento para Gerson que, não sendo egoísta, fez belo lance, poderia concluir, mas serviu Fred em melhores condições para fazer o terceiro gol.

Senhor do jogo, o tricolor administrava e poderia impor ao rival uma goleada histórica. Nesse momento, porém, a arbitragem resolveu dar a injeção de ânimo que o Flamengo queria e precisava. Uma expulsão sem pé nem cabeça do jogador tricolor Giovanni. A partir daí – Gerson já havia saído lesionado e Vinícius foi sacado – passou a ser um jogo de ataque contra defesa.

Mesmo sem qualquer saída de jogo, absolutamente recuado e sujeito a intensa pressão do adversário, poucas bolas foram chutadas em direção ao gol tricolor. Com Wagner morto em campo e Fred isolado na frente, Enderson poderia ter substituído o primeiro por um jogador mais inteiro e que puxasse contra-ataques, como Lucas Gomes, por exemplo. Preferiu a entrada de Wellington Silva que, realmente, deu alguma opção de saída pelo lado esquerdo.

Ainda assim, sob forte pressão do Fla, o tricolor mantinha-se firme em suas fileiras defensivas até que num lance de lateral cobrado rapidamente, o Flamengo chegou ao segundo gol.

Foi um lance fortuito, tanto é que o Fluminense, bravamente, continuava se defendendo bem e o fez até o final da partida, garantindo um resultado importantíssimo para as suas pretensões e pela moral que ganha para as partidas vindouras.


A vitória que deveria ter vindo contra o Corinthians apareceu hoje. Merecidíssima, por sinal. Prova de que, mais importante do que um treinador conhecer uma equipe recém-treinada, é essa mesma equipe conhecer bem o treinador adversário. Cristóvão foi apenas Cristóvão, o Flamengo continuou sendo Flamengo e o Fluminense renasceu para ser um novo Fluminense. Que assim seja!


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