domingo, 30 de novembro de 2014

Tudo diferente em 2015

Hoje não farei a costumeira resenha após os jogos do Fluminense. Não que não mereça a minha atenção, ou a minha torcida. Merecerá sempre.

Penso, porém, que não há motivos para que eu dê a minha opinião sobre o que verei da partida. Prefiro fazer minhas considerações agora. Nenhuma análise tática ou descrição do panorama do jogo seria útil a partir daqui, uma vez que desde ontem o Tricolor se despediu de qualquer chance de almejar algum objetivo na competição. Além disso, espero, sinceramente, que dois terços dessa equipe seja reciclada para 2015 e não precisarei dizer quem deve melhorar ou quem deve jogar em tal e qual posição, ou mesmo criticar eventuais equívocos do treinador, porque torço para ver um elenco reformulado para a próxima temporada.

Portanto, desejo um ano novo, apesar da manutenção da mesma gestão administrativa – cujo mandato estará vigente em 2015 -, em que, pelo menos, as atitudes sejam diametralmente opostas às que nortearam esse último biênio.

A começar, como disse, pela reciclagem do elenco. Um bom critério para saber quem partirá e quem ficará pode ser o sempre eficiente custo-benefício; outro, o comprometimento. Internamente, não tenho dúvida, sabe-se quem é quem. O que não se pode é manter no elenco aqueles mesmos que privilegiaram seus interesses pessoais em detrimento do interesse maior do Fluminense, aqueles que retaliaram o clube de forma covarde e sujeitaram a instituição e a torcida a vexames, um após o outro, e, dentre eles, um dos maiores da história do clube dentro de um campo de futebol.

Outro passo importante será a formação de um departamento de futebol forte, disciplinador, presente, que não permita que funcionários se arvorem maiores do que o próprio Fluminense. Para lidar com futebol é preciso pulso; é preciso ser diferente daquilo que se viu nos dois últimos anos.

A base não trouxe revelações. À exceção do jovem Marlon, deve-se pensar seriamente a possibilidade de emprestar jogadores para que adquiram cancha. É uma medida que pode ser boa para o atleta, para o Fluminense e para o clube recebedor.

E o treinador é prioridade. Se não há muito o que investir, que se priorize um bom nome, pois Cristóvão, em que pese ser um homem de bem, não está à altura da grandeza do Fluminense. É a partir dele que um trabalho se inicia, e é importante que participe da pré-temporada e da escolha dos nomes que integrarão o novo elenco.

Eu imagino que, minimamente, essas devam ser as primeiras medidas adotadas para que tenhamos um ano de 2015 proveitoso, e digo proveitoso para que se entenda que proveitoso para o torcedor é o time disputando títulos em todos os campeonatos que disputar. Ninguém deseja menos que isso.

Parece, porém, que a diretoria pensa diferente. Para os gestores em Álvaro Chaves a temporada transcorrou sob constante céu de brigadeiro; a melancólica participação no campeonato brasileiro, a eliminação vexaminosa na Copa do Brasil e as  eliminações na Sul-Americana e no campeonato carioca foram absolutamente normais para um elenco milionário como o que temos hoje no Flu.

Ainda não percebi qualquer sinalização de mudanças. Novos nomes ventilados menos ainda. Segundo consta, o treinador agrada e deve ser mantido. A barca ainda está vazia e nem se sabe se levará alguém.

Em vez disso, nossos gestores preocupam-se com uma temerária terceirização do projeto de sócio-futebol e com um torneio nos Estados Unidos que, segundo os mais entendidos, pode ser fatal para as pretensões do Flu durante todo o ano, uma vez que ocorrerá durante a pré-temporada da equipe.

Talvez isso seja mais importante, porque para quem administra o Clube o futebol parece estar em segundo plano. Para o torcedor, contudo, o futebol é prioridade. O tricolor quer um time competitivo, quer respeito ao Fluminense e, sobretudo, nunca mais ser humilhado como foi em 2014.

E em 2015 o torcedor não será tão tolerante como foi este ano. Ou a diretoria age, ou viveremos um ano de caos dentro e fora do campo de jogo. Ninguém quer isso, queremos apenas um Fluminense forte novamente.

Avante, Fluminense! ST




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