domingo, 23 de novembro de 2014

Sobrevida

O gol de Fred, nos acréscimos, manteve a esperança, remotíssima, de que o Fluminense ainda almeje uma vaga na Libertadores 2015. O empate em dois gols foi até justo, mas o Tricolor poderia ter saído vencedor do embate não fossem o imprestável zagueiro Fabrício, cujo erro – infantil – deu causa ao primeiro gol da equipe pernambucana e a omissão no combate ao jogador adversário – o cartão amarelo não era impeditivo para que, no mínimo, combatesse – permitiu o cruzamento certeiro para o segundo gol; e o arremedo de treinador chamado Cristóvão.

Parece-me que, quando não foram as questões salariais, contratuais e outras de cunho financeiro, foi o treinador tricolor o principal responsável pelas piores apresentações do tricolor no campeonato. Omisso, passivo, incapaz, não implantou qualquer estratégia eficiente para vencer fortes marcações, insistiu numa única jogada ofensiva – bolas alçadas ao Fred – engessando a equipe, improvisou demais, treinou de menos. Cristóvão, já havia dito isso antes, é um treinador de terceira linha e não está à altura do Fluminense. Surpreendeu em alguns momentos, mas a sua previsibilidade e a ausência de alternativas deu aos treinadores adversários munição suficiente para impedir que o Tricolor pudesse ser regular no campeonato.

Conca, no seu esquema, é sacrificado. Diversas vezes é visto marcando nas laterais e na defesa em detrimento de sua função principal, que é a criação no meio de campo. Sóbis, idem. Hoje, por exemplo, até de volante jogou, como fizera contra a Chapecoense após a entrada de Walter em campo. Fred, isolado, não produz como deveria. Fez um golaço, mas quantas jogadas ofensivas foram desperdiçadas na sua busca incessante durante o jogo?

O tricolor respira com a ajuda de aparelhos, quando poderia, há algum tempo, ter deixado o Hospital. Padece em virtude de seus próprios erros, de um planejamento equivocado e escolhas mal feitas.

Se a torcida espera um 2015 melhor, é crucial que a diretoria já esteja se planejando quanto aos reforços, as dispensas - que devem ser muitas - e, principalmente, treinador. Cristóvão e a sua passividade, definitivamente, não combinam com um Fluminense vencedor.

Avante, Fluminense! ST


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