O gol de Fred, nos acréscimos, manteve a
esperança, remotíssima, de que o Fluminense ainda almeje uma vaga na
Libertadores 2015. O empate em dois gols foi até justo, mas o Tricolor poderia
ter saído vencedor do embate não fossem o imprestável zagueiro Fabrício, cujo
erro – infantil – deu causa ao primeiro gol da equipe pernambucana e a omissão
no combate ao jogador adversário – o cartão amarelo não era impeditivo para que,
no mínimo, combatesse – permitiu o cruzamento certeiro para o segundo gol; e o
arremedo de treinador chamado Cristóvão.
Parece-me que, quando não foram as questões
salariais, contratuais e outras de cunho financeiro, foi o treinador tricolor o
principal responsável pelas piores apresentações do tricolor no campeonato. Omisso,
passivo, incapaz, não implantou qualquer estratégia eficiente para vencer
fortes marcações, insistiu numa única jogada ofensiva – bolas alçadas ao Fred –
engessando a equipe, improvisou demais, treinou de menos. Cristóvão, já havia
dito isso antes, é um treinador de terceira linha e não está à altura do
Fluminense. Surpreendeu em alguns momentos, mas a sua previsibilidade e a ausência
de alternativas deu aos treinadores adversários munição suficiente para impedir
que o Tricolor pudesse ser regular no campeonato.
Conca, no seu esquema, é sacrificado. Diversas vezes é visto marcando nas laterais e na defesa em detrimento de sua função principal, que é a criação no meio de campo. Sóbis, idem. Hoje, por exemplo, até de volante jogou, como fizera contra a Chapecoense após a entrada de Walter em campo. Fred, isolado, não produz como deveria. Fez um golaço, mas quantas jogadas ofensivas foram desperdiçadas na sua busca incessante durante o jogo?
O tricolor respira com a ajuda de aparelhos, quando poderia, há algum tempo, ter deixado o Hospital. Padece em virtude de seus próprios erros, de um planejamento equivocado e escolhas mal feitas.
Se a torcida espera um 2015 melhor, é crucial
que a diretoria já esteja se planejando quanto aos reforços, as dispensas - que devem ser muitas - e, principalmente,
treinador. Cristóvão e a sua passividade, definitivamente, não combinam com um
Fluminense vencedor.
Avante, Fluminense! ST
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