sábado, 27 de setembro de 2014

A Torcida quer Bis!


Sinceramente, eu esperava menos do Flu. E tinha motivos para isso, uma vez que os últimos retrospectos não indicavam que o Tricolor tivesse mais energia para almejar algo no campeonato que não fosse a tranquilidade de uma zona intermediária, equidistante da zona do rebaixamento e do grupo daqueles que se classificam para a Libertadores.

Mas o Fluminense surpreende, para o bem ou para o mal; e hoje, depois de uma longa entressafra de boas apresentações, surpreendeu para o bem.

Depois de um primeiro tempo equilibrado e seguro, sem ser, contudo, perigoso ofensivamente, mas também sem permitir grandes oportunidades ao adversário – a mais perigosa decorreu de uma saída de bola equivocada que engrenou rápido contra-ataque são paulino contido por duas excelentes intervenções de Cavalieri – o Flu retornou para o segundo tempo disposto a ser diferente do que vinha sendo, no jogo e no campeonato.

A lesão de Bruno forçou a entrada de Edson que deu maior consistência ao meio de campo, evitando as perigosas trocas de passes do quarteto mágico paulista. Chiquinho, também lesionado, deixou o campo para a entrada de Carlinhos que, parece, entendeu que é empregado do Fluminense e deve cumprir sua obrigação dentro de campo da melhor forma possível. E esta é a melhor maneira de continuar no Flu, se esse for realmente o seu desejo.

E o Tricolor melhorou sensivelmente. A força no meio de campo, com Edson, tornou a chegada ao ataque mais efetiva e a defesa mais segura, tanto é que nem se percebeu o atabalhoado Elivélton protagonizar lances temerários. E não houve, porque com a defesa bem protegida, Elivélton e o bom Marlon puderam ter tranquilidade para bem defender.

Numa chegada rápida pelo lado direito de ataque, a bola foi cruzada na área e Dom Fredon esticou-se todo para tocar para o fundo das redes e marcar o primeiro gol do Fluminense. Placar merecido pelo bom segundo tempo tricolor. Logo em seguida, porém, o São Paulo avança pelo lado direito de seu ataque e Kardec, impedido, cruza para o centro da área para o seu atacante, livre, marcar o gol de empate.

Nesse momento, o mais importante foi que o Flu não se abateu. Manteve o futebol sério e solidário que vinha jogando até então, solidariedade explicitada pelo lance em que Fred saiu da área para fazer excelente passe para Wagner limpar o marcador e chutar sem chances para Ceni. Mesmo após o segundo gol, o Tricolor continuou mantendo a posse de bola e, de forma inteligente, segurando-a no ataque, sem sofrer grandes sustos.

Já no fim, a cereja no bolo; o gol da tranquilidade. Cícero, cercado por quatro adversários, fez jogada inteligente e sofreu falta na entrada da área. Conca, aquele que se entrega em campo do primeiro ao último minuto, cobrou com perfeição e finalizou o marcador.

Em pleno Morumbi, o único quarteto mágico que se viu foi o do Fluminense: Fred, Wagner, Conca e Cícero ofuscaram o similar paulista.

Três a um Fluminense, ou oito a três no agregado do ano. Placar que não deixa qualquer margem de dúvida sobre quem foi o melhor nos dois embates no campeonato. E vencer duas vezes o São Paulo é tão bom, quanto, ruim, é perder duas vezes para o Vitória. E é essa inconstância que, se for transformada em equilíbiro, pode reconduzir o Fluminense de volta a um caminho seguro rumo à classificação para a Libertadores de 2015, sua meta real.
 
A torcida, agora, quer bis!

Avante, Fluminense! ST
 

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