É sempre temerário traçar um panorama do que
pode render uma equipe a partir de uma única partida, sobretudo quando esta é a
primeira de um torneio que não pode servir de parâmetro para o restante da
temporada. Afora os grandes clubes, e neles incluo o Botafogo em respeito ao
seu passado, nenhum dos demais representa um grande desafio para as equipes de
maior investimento.
De toda a sorte, sempre é muito bom começar o
ano oficial com vitória. Foi magra, mas foi importante, porque tirou dos
novatos que estrearam hoje o peso da primeira vez diante da torcida com o manto
tricolor. E ela foi construída no primeiro tempo, quando o time foi melhor, em
que pese um ou outro erro de posicionamento da defesa.
Dos quatro (depois cinco, com a entrada de
Marlone) novatos tricolores, gostei mais do Lucas Gomes, que saiu no intervalo
de jogo. Apesar do nervosismo da estreia, contudo, nenhum deles me decepciono.
O já citado Lucas foi muito bem pela direita em parceria com Renato. Vinícius
fez um belo gol, demonstrando frieza e categoria. Victor Oliveira não
comprometeu na zaga e, me pareceu mais seguro que Mattis e Giovani, apesar de
mais discreto – percebeu-se durante a transmissão a preocupação de Cristóvão
com os seus avanços – também fez algumas boas jogadas. Por último, Marlone
mostrou que tem boa técnica, mas, ansioso, desperdiçou algumas oportunidades.
Imagino que, com o tempo, os jogadores que se
foram não deixarão saudades. Se não temos tanta qualidade como antes, o time
sobressai-se em disposição.
O Flu venceu bem, oscilou alguma coisa na
defesa, o que se justifica pela falta de entrosamento e deu espaços ao
adversário a partir do primeiro quarto do segundo tempo. A saída de Vinícius,
trocado por Walter, talvez explique essa foruxidão no meio. Alguns sustos, mas,
no todo, o Tricolor controlou bem o jogo, marcou com consciência e foi
disciplinado na maior parte do jogo.
Como eu disse, nenhum panorama pode se traçar
tão precocemente, mas a minha primeira impressão foi bem melhor do aquela que o
time me passou nos dois jogos da Florida Cup. E foi bem melhor do que eu
imaginava para o Flu depois de perder quase meio time.
Se perdemos o rótulo da qualidade técnica,
penso que ganhamos outro, o de uma equipe preponderantemente raçuda.
Rejuvenescido dentro de campo, esse “novo” Fluminense, mais ágil, pode dar um
bom caldo.
Avante, Fluminense! ST!
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