domingo, 1 de fevereiro de 2015

Uma boa impressão

É sempre temerário traçar um panorama do que pode render uma equipe a partir de uma única partida, sobretudo quando esta é a primeira de um torneio que não pode servir de parâmetro para o restante da temporada. Afora os grandes clubes, e neles incluo o Botafogo em respeito ao seu passado, nenhum dos demais representa um grande desafio para as equipes de maior investimento.

De toda a sorte, sempre é muito bom começar o ano oficial com vitória. Foi magra, mas foi importante, porque tirou dos novatos que estrearam hoje o peso da primeira vez diante da torcida com o manto tricolor. E ela foi construída no primeiro tempo, quando o time foi melhor, em que pese um ou outro erro de posicionamento da defesa.

Dos quatro (depois cinco, com a entrada de Marlone) novatos tricolores, gostei mais do Lucas Gomes, que saiu no intervalo de jogo. Apesar do nervosismo da estreia, contudo, nenhum deles me decepciono. O já citado Lucas foi muito bem pela direita em parceria com Renato. Vinícius fez um belo gol, demonstrando frieza e categoria. Victor Oliveira não comprometeu na zaga e, me pareceu mais seguro que Mattis e Giovani, apesar de mais discreto – percebeu-se durante a transmissão a preocupação de Cristóvão com os seus avanços – também fez algumas boas jogadas. Por último, Marlone mostrou que tem boa técnica, mas, ansioso, desperdiçou algumas oportunidades.

Imagino que, com o tempo, os jogadores que se foram não deixarão saudades. Se não temos tanta qualidade como antes, o time sobressai-se em disposição.

O Flu venceu bem, oscilou alguma coisa na defesa, o que se justifica pela falta de entrosamento e deu espaços ao adversário a partir do primeiro quarto do segundo tempo. A saída de Vinícius, trocado por Walter, talvez explique essa foruxidão no meio. Alguns sustos, mas, no todo, o Tricolor controlou bem o jogo, marcou com consciência e foi disciplinado na maior parte do jogo.

Como eu disse, nenhum panorama pode se traçar tão precocemente, mas a minha primeira impressão foi bem melhor do aquela que o time me passou nos dois jogos da Florida Cup. E foi bem melhor do que eu imaginava para o Flu depois de perder quase meio time.


Se perdemos o rótulo da qualidade técnica, penso que ganhamos outro, o de uma equipe preponderantemente raçuda. Rejuvenescido dentro de campo, esse “novo” Fluminense, mais ágil, pode dar um bom caldo.

Avante, Fluminense! ST!

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