Na quarta-feira chuvosa de Volta Redonda, as
cinzas foram todas tricolores.
Mal no primeiro tempo, quando o time
centralizou o jogo e abdicou da sua principal arma, a jogada pelas laterais, o
Fluminense foi menos do que uma sombra do que vinha sendo no campeonato até
então. Marlone e Robert eram os piores em campo, e o tricolor só foi um pouco
mais perigoso quando utilizou, principalmente, a lateral direita, com
Wellington Silva e Lucas Gomes. Dois chutes deste último e uma cabeçada
perigosa de Fred e mais nada.
Cristóvão detectou os problemas tricolores e
sacou Robert logo no intervalo. Demorou mais quinze minutos para tirar Marlone. O Flu era melhor em campo quando Wellington Silva, tão eficiente na frente, foi
suplantado na marcação pelo rápido jogador adversário, que, sem uma cobertura
eficiente, chegou livre para marcar o gol da equipe do Volta Redonda.
O Tricolor novamente foi para cima e Vinícius,
que substituíra Robert, deu excelente passe para Wellington Silva – herói e
vilão – deixar Jean livre para marcar o gol de empate do Fluminense. Com o
ânimo renovado, o Flu passou a pressionar em busca do gol da vitória, quando
Jean – também herói e vilão – deu um passe açucarado para o adversário
encontrar seu companheiro livre e a nossa defesa desguarnecida e marcar o tento
da vitória.
O Fluminense ainda foi à frente, mesmo correndo
o risco de sofrer o terceiro gol – o que quase ocorreu – e por pouco não
empatou a partida, o que, nas circunstâncias – Edson saiu contundido e deixou o
time com menos um em campo – não seria tão ruim.
Fred chegou com perigo três vezes de cabeça.
Por pouco não fez o seu gol. Mas não era noite para o Tricolor. Foi uma noite
de heróis e vilões, Jean e Wellington Silva, e de um vilão, o árbitro, que
segurou o time do Flu com faltas inventadas, outras invertidas e deixou de
assinalar um pênalti claríssimo no segundo tempo. Convertido, muito
provavelmente estaríamos agora comemorando outra vitória.
Que sirva de alerta a derrota para que todos
saibam que temos um time em formação, que precisa de tempo e jogos para se
firmar e que, se não temos uma equipe muito pior do que as outras, também não
temos uma muito melhor. A diferença deste Fluminense de 2015 para os dois
últimos que vimos no biênio 2013/2014, será a dedicação dentro de campo, o
espírito coletivo e muita fé para que soframos poucas baixas durante a
temporada.
Que venha o Vasco!
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