sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

O Fim da participação de terceiros nos direitos econômicos dos atletas

Desde ontem estão em vigor as as novas medidas da Fifa contra a chamada "terceira parte" nos contratos de jogadores de futebol. A entidade máxima do futebol espera acabar com a participação de empresários e fundos de investimento nos direitos econômicos de atletas.
Os contratos assinados até 31 de dezembro não serão afetados. No entanto, os acordos fechados desde ontem até abril de 2015 (com a participação de terceiros) só poderão ter um ano de duração. A partir de 1º de maio, será totalmente proibida a presença de investidores.
Alguns já sinalizam para o caos no futebol brasileiro, uma vez que a maioria das contratações envolve, em virtude da carência de recursos dos clubes, uma parceria com grupos de investimento e empresários. Não vejo dessa forma. A presença desses terceiros, na verdade, é que contribui para "inflacionar" os preços dos direitos dos atletas. Sem essa participação os clubes poderão tratar diretamente com seus pretendidos e procuradores sem o "fatiamento" dos direitos econômicos dos jogadores. Assim, de duas uma: ou se adequam à nova realidade e se enquadram na realidade financeira dos clubes de futebol brasileiros reduzindo o valor de seus direitos, ou ficam desempregados. Ainda haveria uma terceira opção, que seria a saída para o exterior, mas nem todos têm cacife para tanto. E quando o jogador tem mercado no exterior, nem mesmo a parceria, com raríssimas exceções, o segura no Brasil.

Acaba-se, assim, a farra dos empresários que atribuíam salários de craques a jogadores medíocres.
Portanto, a medida é bem-vinda. Desinflacionará o custo de atletas e impedirá a intromissão, nem sempre saudável, do empresário na vida do jogador, direcionando seu destino, às vezes contra a sua própria vontade, a fim de lucrar com as comissões decorrentes das transferências realizadas.


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