segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Copa São Paulo, fábrica de sonhos

A Copa São Paulo é a maior fábrica de sonhos do futebol nacional, e também a mais democrática, porque dela participam clubes de quase todos os estados brasileiros. Quando a bola rola naqueles campos, sob o Sol a pino ou sob chuvas torrenciais de verão, nas noites enluaradas ou tempestuosas, na cabeça de cada garoto está a esperança de um futuro melhor.

Poucos, pouquíssimos, talvez, terão a oportunidade de experimentar o sucesso na carreira, mas a todos é dado o direito de sonhar. De todos os rincões do Brasil, dos cantos mais remotos, assomam obstinados jovens, em sua imensa maioria das camadas mais sofridas da população brasileira, prontos a mostrarem seu talento para o mundo do futebol. Nem todos, contudo, estarão aptos, mas estarão ali, até o último minuto, incorporando seus ídolos numa tentativa de drible, num passe, no gol.

Grandes ou pequenos, estruturados ou não, ricos ou pobres os clubes a que pertençam, serão todos meninos em busca da glória, muitas vezes efêmera, de se destacar na maior competição nacional de juniores.

Aos laureados, a oportunidade de galgar os degraus da profissão em seus clubes, ou mesmo, serem escolhidos pelos gigantes do futebol; aos preteridos, tornar à casa na esperança de, havendo nova oportunidade, sonhar novamente no ano seguinte.

Do outro lado estarão os olheiros dos grandes clubes em busca de promissores talentos e os torcedores, atentos aos atletas que poderão, um dia, envergar as camisas dos seus times.

Numa época em que a tendência para o futebol é o controle de despesas, a formação de um alicerce sólido, com bons valores nas divisões de base, significa um passo gigantesco para o sucesso dentro de campo e o equilíbrio financeiro fora dele. Boas revelações podem significar bons negócios e o reforço que não será preciso buscar fora de casa, mormente quando a FIFA já determinou o fim dos grupos de investimento e empresários como terceiros participantes dos direitos econômicos dos jogadores de futebol.

E é nesse contexto que o Fluminense estreia sua equipe contra a Luverdense, hoje, às 19h. Mais do que a busca do hexacampeonato – o último título tricolor foi em 1989 – o que valerá é a descoberta de bons valores que permitam ao Tricolor encontrar, dentro da sua própria casa, a solução para a futura composição de seu elenco ou boas oportunidades de negócios que tragam o retorno financeiro esperado ao clube.

Boa sorte, molecada. Apesar da arbitragem, muitas vezes tendenciosa, e da torcida dos times do estado, que também ajudam a fazer a diferença, sou mais a força de Xerém!


Avante, Fluminense! ST


Nenhum comentário:

Postar um comentário