A Copa São Paulo é a maior fábrica de sonhos do
futebol nacional, e também a mais democrática, porque dela participam clubes de quase todos os estados brasileiros. Quando a bola rola naqueles
campos, sob o Sol a pino ou sob chuvas torrenciais de verão, nas noites enluaradas ou
tempestuosas, na cabeça de cada garoto está a esperança de um futuro melhor.
Poucos, pouquíssimos, talvez, terão a
oportunidade de experimentar o sucesso na carreira, mas a todos é dado o
direito de sonhar. De todos os rincões do Brasil, dos cantos mais remotos,
assomam obstinados jovens, em sua imensa maioria das camadas mais sofridas da
população brasileira, prontos a mostrarem seu talento para o mundo do futebol.
Nem todos, contudo, estarão aptos, mas estarão ali, até o último minuto,
incorporando seus ídolos numa tentativa de drible, num passe, no gol.
Grandes ou pequenos, estruturados ou não, ricos
ou pobres os clubes a que pertençam, serão todos meninos em busca da glória,
muitas vezes efêmera, de se destacar na maior competição nacional de juniores.
Aos laureados, a oportunidade de galgar os
degraus da profissão em seus clubes, ou mesmo, serem escolhidos pelos gigantes
do futebol; aos preteridos, tornar à casa na esperança de, havendo nova
oportunidade, sonhar novamente no ano seguinte.
Do outro lado estarão os olheiros dos grandes
clubes em busca de promissores talentos e os torcedores, atentos aos atletas
que poderão, um dia, envergar as camisas dos seus times.
Numa época em que a tendência para o futebol é
o controle de despesas, a formação de um alicerce sólido, com bons valores nas
divisões de base, significa um passo gigantesco para o sucesso dentro de campo
e o equilíbrio financeiro fora dele. Boas revelações podem significar bons
negócios e o reforço que não será preciso buscar fora de casa, mormente quando
a FIFA já determinou o fim dos grupos de investimento e empresários como
terceiros participantes dos direitos econômicos dos jogadores de futebol.
E é nesse contexto que o Fluminense estreia sua
equipe contra a Luverdense, hoje, às 19h. Mais do que a busca do hexacampeonato
– o último título tricolor foi em 1989 – o que valerá é a descoberta de bons
valores que permitam ao Tricolor encontrar, dentro da sua própria casa, a
solução para a futura composição de seu elenco ou boas oportunidades de negócios
que tragam o retorno financeiro esperado ao clube.
Boa sorte, molecada. Apesar da arbitragem, muitas vezes tendenciosa, e da torcida dos times do estado, que também ajudam a fazer a diferença, sou mais a força de Xerém!
Avante, Fluminense! ST
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