sábado, 18 de outubro de 2014

Missão Cumprida

Hoje o Fluminense afastou, ao menos provisoriamente, a pecha de que é o time que perde pontos para aqueles das últimas posições da tabela. Perdeu pontos, por exemplo, para Vitória, Bahia, Botafogo, Coritiba e para o próprio Criciúma no turno inicial.

Apesar de um primeiro tempo claudicante e da nítida impressão de que a sina continuaria - o Criciúma teve um gol mal anulado e fez outro já na parte derradeira da etapa - o Tricolor teve forças para marcar um importante gol de empate logo em seguida, nos acréscimos, e voltar do intervalo renovado em busca da vitória.

Um parêntese: no gol do Criciúma havia três jogadores catarinenses livres de marcação. O zagueiro deles subiu e marcou o tento. Logo em seguida, Walter cruzou, o goleiro adversário ainda resvalou na bola que sobrou livre para Wagner empurrar para o fundo das redes. Esse gol foi importantíssimo para a virada tricolor no segundo tempo.

E o Fluminense voltou mais disposto, encurralando o Criciúma, com Walter e Wagner bastante participativos. E foi Walter, mesmo um peso pesado dentro de campo, que pôs toda a sua qualidade e visão de jogo a serviço do Flu para participar de mais dois gols do Tricolor. No segundo gol, recebeu ótimo passe de Guilherme Mattis, escorou com perfeição para Fred, que deixou para Wagner fuzilar a rede adversária. No terceiro, bateu com a habitual categoria, o goleiro não segurou e Conca completou para meta catarinense.

Com três a um no placar, eu, que assistia ao jogo pela TV, ouvi, de forma bastante nítida, Cristóvão se esgoelando para o time “segurar” e “tocar a bola”. A estratégia de Cristóvão deu certo – para o Criciúma. A equipe sulista foi para cima e conseguiu diminuir o marcador. Assustado, Cristóvão mexeu na equipe pela segunda vez (antes havia tirado Wagner e colocado Carlinhos), substituindo Chiquinho, que havia sido deslocado para o meio, por Rafinha.

O Flu saiu do sufoco e marcou o gol derradeiro, através de pênalti sofrido e muito bem cobrado por Fred.

Foi uma apresentação pela metade. Um bom segundo tempo que saneou os erros cometidos no primeiro.

O zagueiro estreante me pareceu desentrosado, ainda sem ritmo de jogo, preocupado em não errar. E não comprometeu. E ainda deu belo passe para Walter na jogada do segundo gol tricolor.

E Walter deve ter lugar na equipe. Sua qualidade compensa sua falta de velocidade, e, nesse quesito, sobra dentro do grupo.

Wagner fez dois gols, Conca fez um e Walter participou dos três, o que valeu a sua escalação e mostrou que Cristóvão, querendo ou não, acertou ao optar pelo “gorducho”.

O mais importante, agora, é buscar a tão almejada sequência de vitórias, o que não seria uma tarefa complicada - os próximos compromissos são contra o Santos, fora e Atlético PR, em casa – se não fosse a imprevisibilidade que insiste em acompanhar os passos do Fluminense neste campeonato. A dificuldade, assim, decorre menos da qualidade dos adversários do que da própria inconstância tricolor.

De qualquer forma só resta ao torcedor torcer. Torcer e sonhar.

Avante, Fluminense! St

Foto: Lancenet

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