Hoje o Fluminense afastou, ao menos
provisoriamente, a pecha de que é o time que perde pontos para aqueles das
últimas posições da tabela. Perdeu pontos, por exemplo, para Vitória, Bahia,
Botafogo, Coritiba e para o próprio Criciúma no turno inicial.
Apesar de um primeiro tempo claudicante e da
nítida impressão de que a sina continuaria - o Criciúma teve um gol mal anulado
e fez outro já na parte derradeira da etapa - o Tricolor teve forças para
marcar um importante gol de empate logo em seguida, nos acréscimos, e voltar do
intervalo renovado em busca da vitória.
Um parêntese: no gol do Criciúma havia três
jogadores catarinenses livres de marcação. O zagueiro deles subiu e marcou o
tento. Logo em seguida, Walter cruzou, o goleiro adversário ainda resvalou na
bola que sobrou livre para Wagner empurrar para o fundo das redes. Esse gol foi
importantíssimo para a virada tricolor no segundo tempo.
E o Fluminense voltou mais disposto,
encurralando o Criciúma, com Walter e Wagner bastante participativos. E foi Walter,
mesmo um peso pesado dentro de campo, que pôs toda a sua qualidade e visão de
jogo a serviço do Flu para participar de mais dois gols do Tricolor. No segundo
gol, recebeu ótimo passe de Guilherme Mattis, escorou com perfeição para Fred,
que deixou para Wagner fuzilar a rede adversária. No terceiro, bateu com a
habitual categoria, o goleiro não segurou e Conca completou para meta
catarinense.
Com três a um no placar, eu, que assistia ao
jogo pela TV, ouvi, de forma bastante nítida, Cristóvão se esgoelando para o
time “segurar” e “tocar a bola”. A estratégia de Cristóvão deu certo – para o
Criciúma. A equipe sulista foi para cima e conseguiu diminuir o marcador.
Assustado, Cristóvão mexeu na equipe pela segunda vez (antes havia tirado
Wagner e colocado Carlinhos), substituindo Chiquinho, que havia sido deslocado
para o meio, por Rafinha.
O Flu saiu do sufoco e marcou o gol derradeiro,
através de pênalti sofrido e muito bem cobrado por Fred.
Foi uma apresentação pela metade. Um bom
segundo tempo que saneou os erros cometidos no primeiro.
O zagueiro estreante me pareceu desentrosado,
ainda sem ritmo de jogo, preocupado em não errar. E não comprometeu. E ainda
deu belo passe para Walter na jogada do segundo gol tricolor.
E Walter deve ter lugar na equipe. Sua
qualidade compensa sua falta de velocidade, e, nesse quesito, sobra dentro do
grupo.
Wagner fez dois gols, Conca fez um e Walter
participou dos três, o que valeu a sua escalação e mostrou que Cristóvão,
querendo ou não, acertou ao optar pelo “gorducho”.
O mais importante, agora, é buscar a tão
almejada sequência de vitórias, o que não seria uma tarefa complicada - os
próximos compromissos são contra o Santos, fora e Atlético PR, em casa – se não
fosse a imprevisibilidade que insiste em acompanhar os passos do Fluminense
neste campeonato. A dificuldade, assim, decorre menos da qualidade dos
adversários do que da própria inconstância tricolor.
De qualquer forma só resta ao torcedor torcer.
Torcer e sonhar.
Foto: Lancenet
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