quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Previsível, Inepto, Sonolento...


Se Cristóvão é um estudioso do futebol, deve estar até agora estudando uma forma de o Fluminense vencer o Atlético. Somente tamanha lerdeza de pensamento e atitude, e alguma dose de incompetência, podem justificar o fato de o nosso treinador, via de regra, não apresentar soluções para os dilemas que os adversários oferecem dentro de campo.
 
Daí, talvez, a inconstância da equipe, inclusive dentro da partida. Quando começa mal o jogo, dificilmente Cristóvão encontra uma forma de alterar o panorama da partida. Quando começa bem, como hoje, em que fez um primeiro tempo melhor do que o do galo, parece “travar” quando o treinador adversário acerta a sua equipe.  

Foi o que eu vi no empate contra o Atlético. 

Depois de um primeiro tempo que não foi espetacular, mas foi promissor na medida em que duas boas testadas, uma de Fred, outra de Cícero na trave, fizeram o torcedor acreditar que na segunda etapa o Flu voltaria avassalador, a frustração foi absoluta com o desenrolar do segundo tempo de jogo. 

A proposta atleticana sempre foi clara: marcar forte, jogar recuado e sair rapidamente nos contra-ataques e no erro Tricolor. Critóvão sabia disso, mas não conseguiu dar ao Flu opções ofensivas quando o Atlético acertou a marcação e bloqueou nossos ataques. Sem alternativas, o que se viu foi um festival de bolas laterais e a velha jogada “letal” de atirá-la de qualquer forma em direção ao Fred. Nada mais inócuo. 

Atônito à beira do campo, Cristóvão deveria estar pensando: “O que eu faço agora? Tiro o Conca de novo? E o Fred? Não, se eu fizer isso a torcida me crucifica...”. Primeiro fez o óbvio ao tirar Fernando, mal em campo, e por Chiquinho, nada que significasse uma alternativa ofensiva ou uma surpresa ao adversário. E, por mais de trinta minutos, Cristóvão elucubrou sobre como modificar aquela situação adversa. Aí, sacou Edson e pôs Kennedy que, na primeira boa jogada de que participou recebeu livre, poderia ter concluído em gol, mas preferiu servir Fred. Kennedy é um garoto que, à sombra de Fred, dificilmente terá ousadia para tentar algo diferente do que servi-lo. Se já é assim com a maioria dos jogadores, com o garoto da base tricolor isso é muito mais visível. 

De qualquer forma, Kennedy foi uma opção, a destempo, mas uma opção. 

Cristõvão, mesmo diante de uma equipe que jogava integralmente recuada, manteve seu esquema inepto por mais de setenta e cinco minutos e, quando, enfim se decidiu, já era tarde demais.  

Durante a semana, e até antes dela, nosso treinador repetia o fato de que o Fluminense vinha empatando demais e era preciso engrenar uma sequência de vitórias. Seu desejo, porém, não encontra qualquer respaldo nas suas atitudes dentro de campo: ora peca por omissão, ora peca por ação, mas tem pecado sempre. 

Cristóvão, o ex-São Cristóvão, tem se tornado um pecador contumaz. 

Até quando? Parece que hoje a paciência da torcida chegou ao limite. Na verdade, esse limite já foi atingido anteriormente, mas a torcida, ainda fiel à esperança de dias melhores, tem sido tolerante com o treinador tricolor. Hoje, no entanto, diante de um adversário direto, numa partida que valia “6” pontos, a cota de equívocos transbordou, e Cristóvão ouviu poucas e boas. E com razão.

O Fluminense patina há várias rodadas, faz que vai e não vai, e a sonhada vaga na Libertadores, prêmio de consolação para uma equipe que, vergonhosamente, foi eliminada da Copa do Brasil e da Sulamericana, está a cada dia está mais distante.
 
E se ela não for alcançada – e parece que não será – parte dessa culpa será de Cristóvão. A outra parte, já disse amiúde, se deve ao mau planejamento, a uma administração pusilânime e ao descompromisso de alguns jogadores que, durante a temporada, estiveram mais preocupados com questões financeiras do que com o exercício de suas funções dentro do gramado. 

Mas hoje, e também contra o Bahia, e em algumas outras oportunidades, foi a vez de Cristóvão demonstrar toda a sua fragilidade, fragilidade que não combina com a grandeza do Fluminense.
 
Avante, Fluminense! ST
 
 

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