quinta-feira, 17 de julho de 2014

Péssimo Retorno


Enfrentar equipes bem postadas defensivamente e que saem rapidamente em contra-ataques tem sido um problema para o Fluminense. O Criciúma jogou, mesmo em casa, como o Criciúma, sem se expor, marcando forte e à espera de um erro adversário.
 
A primeira parte do jogo foi mais ou menos um vídeo-tape das últimas partidas do Flu antes do recesso da Copa: maior posse de bola, domínio aparente e algumas boas chances perdidas. O Tricolor dá ao seu torcedor a nítida impressão de que pode resolver a qualquer momento, mas apesar do falso controle, é inefetivo no ataque.
 
Imaginei que Cícero fosse ser a companhia que Conca precisava para a criatividade no meio, mas Cristóvão o escalou recuado demais, como um verdadeiro cabeça de área, longe de onde seria melhor aproveitado, mais próximo à área, onde costuma acertar bons chutes e dar boas cabeçadas.
 
Diante de um Flu inofensivo, o Criciúma, ajudado por um erro da arbitragem marcou seu gol de pênalti. Logo em seguida, Carlinhos perdeu gol claríssimo.
 
Na segunda etapa, Cristóvão, a meu ver, cometeu novo erro. Walter, mal, é melhor do que Matheus Carvalho, já deu provas de que tem futebol e poderia resolver o jogo numa ou noutra jogada. Sinceramente, Sóbis não jogava melhor do que ele e colocar M. Carvalho centralizado entre os zagueiros catarinenses não foi a melhor opção, apesar de seu gol já no fim da partida.
 
Tanto é que o Flu perdeu ainda mais sua já inócua força ofensiva e, sem ser ameaçado, o Criciúma foi à frente para marcar seu segundo gol, o segundo do veterano Paulo Baier, que só não fez o terceiro em seguida por milagre. Mas a bagunça era tão grande, uma vez que Cristõvão tumultuou de vez o coreto com a substituição de Cícero por Kennedy, que o terceiro não tardou.
 
A zaga sentiu a nova formação e a falta de entrosamento, mas parece que é questão de tempo e treino para que dê frutos.
 
No fim, no abafa, e porque os catarinenses recuaram demais, o Fluminense marcou dois gols, o que não evitou mais uma derrota no campeonato e para uma equipe sem maiores pretensões na competição.

Perdido em campo, o Tricolor foi um arremedo daquele Flu dos primórdios de Cristóvão, incisivo e forte na marcação, e onde todos, sem exceção, jogaram abaixo da crítica. Nosso treinador precisa reinventar o Flu e aproveitar melhor as peças que têm à disposição.

Não dá mais para esconder o sol com a peneira e argumentar que o time foi melhor, que perdeu chances, que a arbitragem errou. Há problemas que precisam ser resolvidos e eles passam por um melhor posicionamento da equipe dentro de campo e, eventualmente, por  evitar-se substituições equivocadas, o que tem acontecido com alguma frequência.
 
Ofensividade faz bem, mas com equilíbrio. Quatro derrotas em dez jogos é um sinal de que algo precisa mudar, e prá já. 
 
Avante, Fluminense! ST
 

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