domingo, 6 de julho de 2014

Assis: Fica a Saudade, Nasce o Mito


Eu já era tricolor antes mesmo de nascer. Meu destino foi traçado por meu saudoso pai, cuja paixão pelo Fluminense fez questão de transmitir ao seu primogênito como um legado tão relevante como honra e integridade. 

Em razão dessa herança quase que genética, não foi a dupla mágica que aportou nas Laranjeiras em 1983 que me fez Fluminense. Imagino, contudo, que se não fosse pela sensibilidade e paixão de meu pai, e eu estivesse à mercê de uma escolha própria, teria me encantado a tal ponto com Assis e Washington que o meu destino não seria outro que não o do clube de Álvaro Chaves.

Se não me tornaram tricolor, recrudesceram o meu amor pelo Fluminense por seus gols sobrenaturais, pelas suas jogadas mágicas, pelo temor que impunham aos adversários, pela alegria e pelo orgulho com que envergaram a nossa gloriosa camisa.

Hoje, dia 6 de julho de 2014, um mês após a partida de Washington, seguiu-lhe Assis; afinal de contas a parceria continua, a eterna sintonia se dará num novo plano, as jogadas geniais serão nos páramos celestiais e da plateia de vivos e mortos ecoarão seus nomes, como um agradecimento perpétuo ao que foram e ao que são.

Indissociáveis, Assis e Washington são a história do Fluminense, um pedaço bem definido de glórias e vitórias que engrandeceu nosso clube e forjou uma multidão de tricolores. Sem o “Casal 20”, o Fluminense, em sua enormidade, seria menor e a sua trajetória estaria desfalcada da mais afinada dupla de atacantes do futebol brasileiro de todos os tempos.

Descanse em paz, Assis. A esta altura, seu companheiro inseparável de domingos gloriosos já o acolheu de braços abertos, comemorando consigo gols lendários e inesquecíveis que tantas alegrias proporcionaram a uma legião de fãs saudosos e agradecidos por este Brasil afora.

Fica a saudade, nasce o mito.
 
Avante, Fluminense! ST
 
 

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