domingo, 1 de junho de 2014

Cadê o Flu de Cristóvão?


O time que encantou a torcida nas primeiras partidas sob o comando de Cristóvão não esteve hoje em Macaé.
 
 
O Fluminense empatou com o Inter e mostrou ao seu torcedor por que ainda está em busca de reforços para a disputa do campeonato. Se o time completo, impulsionado pelas inovações trazidas por Cristóvão, não tem deixado a desejar, a falta de uma peça fundamental que substitua eventual desfalque ou atleta que precise ser sacado no decorrer da partida, tem sido sentida. Hoje foi um desses dias. Wagner fez falta.
 

Apesar de o empate, considerando o adversário e a situação na tabela, não possa ser considerado um resultado ruim, a vitória deixaria o tricolor a apenas um ponto do líder Cruzeiro e desgarrado do pelotão de trás.
 

E por que o Flu não venceu?
 

O primeiro tempo foi o jogo da permissão. Flu e Inter, reciprocamente, permitiram um jogo franco. O Tricolor não marcou como costumeiramente fazia, sufocando o adversário em seu campo e aproveitando os erros para sair rápido em direção ao gol. Ao contrário, apesar de ter sido ofensivo, também deu bastante campo à equipe de Abelão, o que tornou o jogo aberto e com oportunidade para os dois times, com preponderância para os comandados de Cristóvão.
 

O gol do time gaúcho surgiu de um erro na saída de bola do Flu que pegou a defesa desprotegida e permitiu que Jorge Henrique entrasse livre, burlando a linha de impedimento tricolor, para tocar na saída de Cavalieri. O do tricolor nasceu de um belo chute de Jean, após Sóbis, ligeiramente, se muito, impedido, ajeitar com a cabeça para o arremate certeiro.
 

Se no primeiro tempo o Flu foi ofensivo, no segundo, praticamente, só deu Inter. Abelão, conhecedor que é das coisas das Laranjeiras, acertou a marcação de seu time e bloqueou as jogadas pelas laterais e a saída de bola com Conca, imprensando o Fluminense em seu campo.

 
E aí entra a necessidade dos reforços. Cícero, como substituto do Wagner, daria a alternativa para a saída de bola com qualidade do Fluminense. Quando estiver à disposição do grupo, o Tricolor contará com uma bela opção no banco, isso se não se optar por sua titularidade desde o início, o que, de antemão, acho plausível.

 
Carlinhos, muito mal hoje, normalmente cederia lugar ao Chiquinho, mas este cumpriu função no meio de campo – outra consequência para a ausência, por ora, de substituto natural para o Wagner -, não sendo útil na criação porque lhe falta qualidade para tanto.

 
Fabrício, pareceu firme, não comprometeu em sua partida de estreia e, também, é mais um a compor um elenco que, fortalecido, disputará as primeiras posições até o final do campeonato.

 
Walter, sem um companheiro com quem trabalhasse no ataque, isolado na frente, uma vez que Conca, também abaixo do que pode render normalmente, não foi efetivo na criação, voltou para buscar jogo, e completou a terceira partida sem marcar. Nada que preocupe, pois o talento do Waltinho é indiscutível, mas Cristóvão precisa corrigir essa falta de apoio ao atacante.

 
O Flu, porque lhe faltou criatividade no meio e porque foi frouxo na marcação, saiu de Macaé com um empate. Pela primeira vez na competição não perdeu ou venceu e, pela primeira vez, não se pode falar em injustiça no resultado, porque se o Tricolor foi ligeiramente melhor no primeiro tempo, foi totalmente dominado no segundo.
 
 
Depois da partida cheguei a duas conclusões: com Cavalieri não teríamos perdido para o galo e, apesar da má apresentação, com os reforços que chegam e ainda chegarão, o Flu vai brigar lá em cima até o fim.
 

Avante, Fluminense! ST
 
Foto: Lancenet
 

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