Assistir ao Fluminense é como um dever cívico,
mais ou menos como prestar continência durante uma hora e meia ao pavilhão
nacional, sem que isso importe qualquer dissabor, qualquer obrigatoriedade, apenas a honra de reverenciar
o clube que amo.
Esse momento solene não abre brechas à
concorrência dos convites inoportunos, dos programas tediosos ou dos
compromissos que perdem a importância, por mais importantes que sejam. Nele,
tudo o que ocorre ao derredor é irrelevante, indiferente. Ali somente existimos
o Fluminense e eu, coexistindo num universo próprio e hermeticamente lacrado.
Digo isso, porque no dia 8 de junho o Tricolor
se apresentará pela última vez no semestre, contra a seleção italiana de
futebol. Logo após, a parada obrigatória para a Copa do Mundo. Abstinência forçada
para todos os que entendem que futebol é sinônimo de Fluminense.
Por isso, nessas férias forçadas, estarei livre
para todos os convites, desde o batizado da filho da amiga da esposa, passando
pelo casamento do primo de 3º. grau ao baile de debutantes da filha do colega do
trabalho. Convidem-se para tudo, chás de bebês, bodas, aniversários, até o dia
15 de julho, porque no dia 16 tem Fluzão e eu terei que cumprir novamente o meu
dever cívico, dever do qual jamais me desincumbirei.
Avante, Fluminense! ST
Montagem: Tarcísio Burigo.
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