A derrota por cinco a três para a seleção da
Itália pode ser avaliada sob dois pontos de vista totalmente antagônicos entre
si.
Sob o segundo aspecto, o do torcedor que
encarou a partida como uma disputa amigável contra uma seleção europeia
buscando padrão de jogo às vésperas da Copa do Mundo, os oito gols, as
presenças de Balotelli, Pirlo e a oportunidade de ter sido o clube escolhido,
dentre tantos, para auxiliar na preparação dos italianos para a mais importante
competição futebolística mundial, foram o que houve de mais importante.
Não dá para se fazer uma análise tática ou técnica de uma equipe, o Fluminense, que incorporou o termo “amistoso” desde o minuto inicial da partida, fato que se comprova pelo reduzidíssimo número de faltas no primeiro tempo. Foi um jogo de toques sem muita objetividade e que deu à Itália a oportunidade de buscar sempre as enfiadas em profundidade, quase todas anuladas por impedimentos de seus atacantes. Numa delas, porém, a linha defensiva tricolor falhou e os italianos maracaram o primeiro. Somente após o tento sofrido, o Flu entendeu por bem correr um pouquinho. E conseguiu o empate.
Logo depois, bola alçada na área brasileira,
numa disputa desigual de estaturas, e novo gol da Azurra. Mais uma vez, o Flu
resolve ir à frente e marca com Carlinhos, depois de falha do goleiro
adversário.
O segundo tempo foi uma catástrofe em seus dez primeiros minutos. Blackout total e três gols sofridos. Falhas clamorosas que não se admitiriam num jogo “sério”. O Flu ainda descontou para não ficar mais feio e foi só.
Pela reação da torcida ao final da partida, ficou claro que a maior parte estava ali para ver Balotelli (ovacionado quando se aquecia, quando entrou em campo e após o apito final), deixando a derrota para segundo plano. Foi bem isso, um jogo em que o Flu aquiesceu à forma italiana de jogar, permitindo plena liberdade de ação aos visitantes.
Apesar de o jogo ter sido organizado pela Federação Italiana de Futebol, o Flu foi o anfitrião perfeito. Não duvido de que recomendações foram dadas para que o Tricolor “afrouxasse” dentro de campo.
O único problema foi que afrouxou demais. Um empate seria mais conveniente a todos e até poderia ter ocorrido se não fosse, mais uma vez, a intervenção negativa de Marcelo de Lima Henrique, que deixou de marcar pênalti em Walter.
Algo, porém, desagradou a todos: esse goleiro
do Flu é fraco demais. De tudo o que se viu, a única análise fria que se pôde
fazer foi essa, todo o resto foi fruto de uma partida amistosa, sem pretensões do lado de cá e de uma festa
bonita que a torcida tricolor mostrou para o mundo. Pena que não mostrou para o
mundo, também, um pouco mais do nosso futebol.
Avante, Fluminense! ST
Foto: Lancenet
Com esse goleirinho vai ficar difícil, Felipe. O apagão começou com uma grosseira falha dele. ainda bem que com o Wagner voltando e o Cícero o Chiquinho (responsável direto pelo 3ª gol) vai ficar como terceiro reserva.
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