O Fluminense vive um momento de acirrada
disputa política que antecede o pleito de 26 de novembro, data em que será
escolhido o seu próximo presidente pelos próximos três anos.
O colégio eleitoral tricolor, ampliado desde
que foi garantido ao sócio-torcedor o direito de voto, sem exagero, supera o de
muitas cidades no interior do Brasil, o que garante uma participação mais
democrática do torcedor na escolha da nova gestão do clube.
As quatro candidaturas – Cacá Cardoso, Celso
Barros, Mário Bittencourt e Pedro Abad – também conferem um ar de eleições que
se comparam aos pleitos a que estamos acostumados quando escolhemos nossos
representantes no Executivo ou no Legislativo.
Infelizmente, contudo, toda essa grandiosidade
conferida ao pleito tricolor também o aproxima das principais mazelas das
eleições políticas do país: hostilidades entre candidatos e correligionários,
bravatas, rancor, pouco debate de ideias e o baixo nível das campanhas.
Guardadas as devidas proporções, é claro, esse
ambiente pouco saudável tem contaminado torcedores adeptos das candidaturas,
cabos eleitorais e outros interessados e gerado um clima conflituoso que não
combina com a disputa que deveria ser exclusivamente fulcrada no debate de
ideias e argumentos.
Diferentemente dos pleitos eleitorais para
cargos executivos e legislativos, onde o antagonismo exacerba-se, por vezes,
ante as profundas diferenças de pensamento político e doutrinário dos
candidatos, provocando raivosas contendas entre seus seguidores, a disputa
eleitoral para a presidência de um clube de futebol deveria pautar-se apenas
pela divergência de ideias, uma vez que todos, invariavelmente, seguem a mesma
doutrina: a doutrina tricolor.
O objetivo comum dos candidatos à presidência
do Fluminense Football Club é, presume-se, engrandecer o clube. Todos são
torcedores apaixonados pelo Tricolor, portanto, todas as plataformas almejam o
mesmo fim, mas por caminhos diferentes.
É nesse sentido que o respeito mútuo deveria
nortear os debates entre os adeptos de uma ou outra chapa e as próprias
manifestações dos candidatos. Não apenas o respeito entre si, mas sobretudo o
respeito ao torcedor, destinatário de suas mensagens. Promessas vãs, bravatas,
não devem ser lançadas irresponsavelmente somente com o objetivo de angariar votos,
afinal de contas, o maior prejudicado por essas condutas será o próprio
Fluminense, que não será aquele prometido na campanha eleitoral.
Todos os torcedores, e também os candidatos,
desejamos um Fluminense maior, vitorioso, autossuficiente, o que naturalmente ensejaria
o nascimento de uma candidatura única que reunisse os melhores quadros para
compor a próximas administração.
Não foi assim, porém. Os melhores quadros estão
divididos entre os quatro candidatos que pretendem, por suas próprias
convicções, chegar à presidência do clube. Essa diversidade, por outro lado,
pode ter um ponto positivo: dar ao torcedor a oportunidade de escolher a melhor
proposta para a gerência do Flu nos próximos três anos.
De uma forma ou de outra, a campanha está aí,
efervescente, com quatro candidatos que, do seu jeito, pretendem o melhor para o
Fluminense.
Diante disso, aceitei todos os convites que
recebi para curtir páginas de candidatos. Fui às explanações que me foram
possíveis, assisti às suas entrevistas e curti, quando me agradaram, postagens de todos,
indistintamente. Fiz o que achei que deveria fazer para conhecer melhor as
propostas de cada um, sem rancor, sem preconceitos.
Evidentemente, já tenho o meu escolhido que, se
vitorioso, seja aquele que conduzirá o Tricolor aos mais elevados patamares do futebol nacional e internacional.
Deixo aqui, então, minha sugestão para esta
reta final de campanha: que os indecisos escolham com consciência, que os que
já se decidiram respeitem as decisões alheias e que no dia 26 de
novembro a vitória de um candidato não signifique a derrota dos demais, porque
estaremos todos, sempre, do mesmo lado da arquibancada.
E, por fim, que a retidão moral e a grandeza de
espírito do presidente Sylvio Kelly, cuja perda nos faz doer o coração
tricolor, norteie os passos de quem assumir a gloriosa missão de conduzir os
destinos do Fluminense Football Club pelos próximos três anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário