Pela segunda vez consecutiva o Fluminense é
superior ao adversário, perde boas oportunidades, mas não consegue sair com a
vitória. Uma atenuante: o adversário foi a Chapecoense – equipe havia,
até então, vencido o Tricolor em todos os confrontos nos campeonatos brasileiros – que é sempre
difícil de ser batida em seus domínios e que está invicta na competição.
Mas atenuante não perdoa, diminui a
culpa. Assim como foi contra o Galo, o Flu perdeu outros dois pontos
importantes em virtude de sua superioridade não ter sido transformada em gols.
No primeiro tempo o jogo foi igual. Grama
baixa, bola veloz, o Flu tratou de se adequar ao estilo da Arena Condá e fez um
jogo de bastante aplicação e pouca imaginação, dando chutões quando necessário
e baseando a disputa no meio de campo.
Somente aos 34 minutos o Tricolor chegou com
perigo – e foram os lances mais agudos da partida – quando Cícero fez boa
jogada pela direita e Jonathan, Richarlisson e, por fim, Scarpa, respectivamente, perderam ótimas
oportunidades. Demérito de Richarlisson, que tinha o gol
livre à sua frente e conseguiu chutar nas pernas do zagueiro.
Talvez esse lance tenha motivado Levir a
trocá-lo por Magno Alves. Dessa vez, ao contrário do último jogo quando trocou
Richarlisson por Osvaldo, Levir acertou. Magnata deu mais movimentação à equipe
postando-se pelo meio e abrindo espaços para os laterais subirem com mais
frequência.
Com essa nova postura, o Fluminense foi o dono
da segunda etapa, finalizou mais vezes, teve um gol de Cícero anulado em
virtude de um impedimento milimetricamente assinalado e só não saiu vitorioso
porque os erros da última partida tornaram a ocorrer: o último passe deficiente
e más finalizações.
Não fosse por isso estaríamos comemorando 6
pontos contra Galo e Chape.
Agil como é a competição, será necessário um
intervalo maior para que Levir foque nessas falhas e tente corrigi-las.
Dois pontos em seis fora de casa não é péssimo,
mas não é o ideal. Um vitória nos daria uma condição melhor. Com esses
resultados, vencer em casa o próximo confronto torna-se praticamente obrigação.
A deficiências do Flu são bem visíveis. Levir,
com um pouco de tempo, as corrigirá e isso é um alento para o torcedor, porque
se o Tricolor tem sido um adversário difícil de ser batido, precisa também
vencer com mais frequência para manter-se nas primeiras colocações da competição.
Tenho esperança de que ainda haverá uma boa
evolução dessa equipe, suficiente para, oxalá, pelo menos lutarmos para voltar à
Libertadores em 2017.
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