São seis clássicos no ano e nenhuma vitória:
quatro derrotas e dois empates. No Brasileiro, depois de uma bom começo contra
o América MG, dois maus resultados, contra Santa Cruz e Palmeiras.
Pelo histórico do ano nos clássicos e pelos últimos
maus resultados, o Fluminense enfrentará o Botafogo sob pressão. E quem conhece
bem o Tricolor sabe que para vencer o alvinegro é sempre preciso dar algo a mais.
O Botafogo contra o Flu parece que disputa uma verdadeira final de campeonato. Normalmente é assim, muita aplicação e marcação, sem prejuízo
da violência. Time temos mais, porém é preciso igualar na disposição se
pretendemos alcançar um bom resultado.
Levir que parecia ter encontrado uma fórmula
para o Flu, dando-lhe agilidade, velocidade e poder de marcação, desandou. Coincidência
ou não, a presença de Fred parece que embaralhou a estratégia do nosso
treinador. Não que o artilheiro seja inútil ou atrapalhe a equipe - é líder, se dedica em campo e
ainda é nossa principal referência no ataque – mas Levir incorre no mesmo erro
de seus antecessores quando dá a Fred a prerrogativa de ser o único ponto de
referência no ataque.
Contra o Palmeiras, ficou perdido no meio da
marcação adversária. E quando isso acontece, torna-se absolutamente improdutivo para
a equipe.
Prefiro-o movimentando-se pela frente da área,
abrindo espaços para companheiros se aproximarem do gol e até voltando ao meio,
onde tem qualidade bastante para organizar jogadas ofensivas com bons passes.
Fred tem lugar no time, mas é preciso que tenha
pulmão para ir e vir, ser o atacante fixo, o meia armador e até o marcador
quando isso for necessário.
Quando isso não acontece, o Flu torna-se presa
fácil. Contra o Botafogo, repito, cada um terá que se doar um pouco mais,
inclusive e principalmente Fred.
Igualar na força e superar na técnica é a
receita.
Levir terá a chance de vencer o primeiro clássico
no ano, afastar a pressão por bons resultados e dar ao Flu a oportunidade de
ascender às primeiras posições na tabela; contudo, o mais importante será dar à
equipe um padrão que ela ainda não teve sob seu comando. Esboçou-se em algumas
oportunidades, mas ainda não se conseguiu mantê-lo por mais de dois jogos
consecutivos.
O retorno de Edson e a presença de Richarlisson
no lugar de Osvaldo indica que Levir não está satisfeito e isso é bom sinal. A
solicitação de reforços também é um bom indicativo de que o nosso treinador
pretende tirar mais do Fluminense.
Vencer o Botafogo será, portanto, o primeiro
grande passo para mostrar que pode dar ao time um padrão de jogo e, mais do que
isso, ter uma equipe que se possa chamar de titular doravante.
A vitória hoje, por tudo o que o adversário
representa, também pode ser um sinal de que poderemos sonhar com um ano melhor.
Uma derrota, ao contrário, aumentará a pressão e os riscos de uma insatisfação
da torcida, além de significar mais uma imensa frustração no torcedor pela
incapacidade do Tricolor de sobrepujar seus rivais regionais.
Portanto, é vencer ou vencer e, de preferência,
com uma vitória daquelas de lavar a alma.
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