domingo, 29 de maio de 2016

Vencer ou vencer

São seis clássicos no ano e nenhuma vitória: quatro derrotas e dois empates. No Brasileiro, depois de uma bom começo contra o América MG, dois maus resultados, contra Santa Cruz e Palmeiras.

Pelo histórico do ano nos clássicos e pelos últimos maus resultados, o Fluminense enfrentará o Botafogo sob pressão. E quem conhece bem o Tricolor sabe que para vencer o alvinegro é sempre preciso dar algo a mais.

O Botafogo contra o Flu parece que disputa uma verdadeira final de campeonato. Normalmente é assim, muita aplicação e marcação, sem prejuízo da violência. Time temos mais, porém é preciso igualar na disposição se pretendemos alcançar um bom resultado.

Levir que parecia ter encontrado uma fórmula para o Flu, dando-lhe agilidade, velocidade e poder de marcação, desandou. Coincidência ou não, a presença de Fred parece que embaralhou a estratégia do nosso treinador. Não que o artilheiro seja inútil ou atrapalhe a equipe - é líder, se dedica em campo e ainda é nossa principal referência no ataque – mas Levir incorre no mesmo erro de seus antecessores quando dá a Fred a prerrogativa de ser o único ponto de referência no ataque.

Contra o Palmeiras, ficou perdido no meio da marcação adversária. E quando isso acontece, torna-se absolutamente improdutivo para a equipe.

Prefiro-o movimentando-se pela frente da área, abrindo espaços para companheiros se aproximarem do gol e até voltando ao meio, onde tem qualidade bastante para organizar jogadas ofensivas com bons passes.

Fred tem lugar no time, mas é preciso que tenha pulmão para ir e vir, ser o atacante fixo, o meia armador e até o marcador quando isso for necessário.

Quando isso não acontece, o Flu torna-se presa fácil. Contra o Botafogo, repito, cada um terá que se doar um pouco mais, inclusive e principalmente Fred.

Igualar na força e superar na técnica é a receita.

Levir terá a chance de vencer o primeiro clássico no ano, afastar a pressão por bons resultados e dar ao Flu a oportunidade de ascender às primeiras posições na tabela; contudo, o mais importante será dar à equipe um padrão que ela ainda não teve sob seu comando. Esboçou-se em algumas oportunidades, mas ainda não se conseguiu mantê-lo por mais de dois jogos consecutivos.

O retorno de Edson e a presença de Richarlisson no lugar de Osvaldo indica que Levir não está satisfeito e isso é bom sinal. A solicitação de reforços também é um bom indicativo de que o nosso treinador pretende tirar mais do Fluminense.

Vencer o Botafogo será, portanto, o primeiro grande passo para mostrar que pode dar ao time um padrão de jogo e, mais do que isso, ter uma equipe que se possa chamar de titular doravante.

A vitória hoje, por tudo o que o adversário representa, também pode ser um sinal de que poderemos sonhar com um ano melhor. Uma derrota, ao contrário, aumentará a pressão e os riscos de uma insatisfação da torcida, além de significar mais uma imensa frustração no torcedor pela incapacidade do Tricolor de sobrepujar seus rivais regionais.


Portanto, é vencer ou vencer e, de preferência, com uma vitória daquelas de lavar a alma.

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