A visita da campeã olímpica, a judoca e
tricolor Rafaela Silva, trouxe bons ares para o Fluminense. Levir havia dito
que a equipe precisava incorporar a sua atitude, e foi isso que se viu do
Tricolor, sobretudo no primeiro tempo, quando fez dois gols e poderia ter feito
mais no Figueirense.
Mas não foi apenas o espírito que mudou. Levir
entrou com Pierre o que, por incrível que pareça, deixou o time mais ofensivo,
possibilitando ao meio de campo, uma
aproximação maior na frente, principalmente com Scarpa e Cícero, que não
precisaram se preocupara tanto com a marcação. Além disso, o time jogou mais
pelas pontas, com os dois Wellingtons. Aliás, foi de Wellington, o de Xerém, a
jogada que originou o primeiro gol do Flu, um cruzamento da esquerda que Scarpa
completou de cabeça e com perfeição para as redes alvinegras.
O jogo estava completamente à feição do
Tricolor que, logo depois, após uma cobrança de escanteio, marcou o segundo com
Renato Chaves, também de cabeça, aproveitando rebote do goleiro catarinense.
O destaque negativo da primeira etapa foi para
o Ceifador, que perdeu duas oportunidades incríveis praticamente sem
obstáculos, a não ser a si próprio.
O Flu começou o segundo tempo com Marquinho no
lugar de Pierre, que havia levado um cartão amarelo. Logo as três minutos, já
demonstrando que recuaria como fez contra o Corinthians, o Tricolor cedeu
espaços e o time de Santa Catarina diminuiu com um belo chute de Carlos
Alberto, livre, de fora da área.
A saída de Pierre deixou o Flu visivelmente vulnerável
no meio, que passou a ser do Figueira, tanto é que empatou aos 15`. Erro de
estratégia de Levir, que poderia ter optado por Edson. Assim, tudo o que havia
feito de bom no primeiro tempo, jogou fora em poucos minutos, repetindo-se o
erro da partida contra o Corinthians.
Magno Alves entrou no lugar de Henrique
Dourado, o time passou a pressionar mais e Marquinho perdeu uma boa chance aos
23`, chutando em cima do goleiro. A equipe alvinegra, porém, tinha muitos espaços
para puxar contra-ataques perigosos.
O treinador tricolor ainda trocou Douglas por
Marco Junio, sem entender que o maior problema do Flu era o meio de campo,
enfraquecido após a equivocada substituição de Pierre por Marquinho.
Por sorte, o Figueira pareceu se contentar com
o empate e o Tricolor, mesmo vulnerável no meio, partiu para cima. Magnata,
então, escalado pelo torcedor, aproveitou bom cruzamento de Wellington Silva e
marcou o terceiro tricolor de cabeça, o gol da vitória, parecido com o que
Scarpa havia feito no primeiro tempo, aos 35`.
A partir daí, o Figueirense assumiu novamente
as rédeas da partida e foi para cima, perdendo boa oportunidade com uma
cabeçada no travessão aos 42` e outra boa chance, também de cabeça, aos 46`.
No último minuto, porque drama não pode faltar,
uma confusão na sinalização do árbitro deu entender que teria validado um gol
ilegal do Figueira. Felizmente, tudo foi esclarecido.
Em resumo, o Flu fez um ótimo primeiro tempo e
um péssimo segundo, graças, repito, ao erro de Levir. Saiu com a vitória,
porque Magnata, o eterno Magnata, nos salvou.
Duas considerações finais: Renato Chaves,
acredito, tem lugar no time titular no lugar de qualquer dos nossos dois
zagueiros titulares. Se eu pudesse escolher quem sairia, escolheria Henrique; a
segunda, as palavras de Carlos Alberto no fim. São graves e Levir precisa dar a
sua versão, para que essa mancha não paire sobre a sua personalidade e seu
trabalho como treinador de futebol.
Que venha o Botafogo, e seja o que Deus quiser!
Nenhum comentário:
Postar um comentário