sábado, 3 de setembro de 2016

Ufa!

A visita da campeã olímpica, a judoca e tricolor Rafaela Silva, trouxe bons ares para o Fluminense. Levir havia dito que a equipe precisava incorporar a sua atitude, e foi isso que se viu do Tricolor, sobretudo no primeiro tempo, quando fez dois gols e poderia ter feito mais no Figueirense.

Mas não foi apenas o espírito que mudou. Levir entrou com Pierre o que, por incrível que pareça, deixou o time mais ofensivo, possibilitando ao meio de campo,  uma aproximação maior na frente, principalmente com Scarpa e Cícero, que não precisaram se preocupara tanto com a marcação. Além disso, o time jogou mais pelas pontas, com os dois Wellingtons. Aliás, foi de Wellington, o de Xerém, a jogada que originou o primeiro gol do Flu, um cruzamento da esquerda que Scarpa completou de cabeça e com perfeição para as redes alvinegras.

O jogo estava completamente à feição do Tricolor que, logo depois, após uma cobrança de escanteio, marcou o segundo com Renato Chaves, também de cabeça, aproveitando rebote do goleiro catarinense.

O destaque negativo da primeira etapa foi para o Ceifador, que perdeu duas oportunidades incríveis praticamente sem obstáculos, a não ser a si próprio.

O Flu começou o segundo tempo com Marquinho no lugar de Pierre, que havia levado um cartão amarelo. Logo as três minutos, já demonstrando que recuaria como fez contra o Corinthians, o Tricolor cedeu espaços e o time de Santa Catarina diminuiu com um belo chute de Carlos Alberto, livre, de fora da área.

A saída de Pierre deixou o Flu visivelmente vulnerável no meio, que passou a ser do Figueira, tanto é que empatou aos 15`. Erro de estratégia de Levir, que poderia ter optado por Edson. Assim, tudo o que havia feito de bom no primeiro tempo, jogou fora em poucos minutos, repetindo-se o erro da partida contra o Corinthians.

Magno Alves entrou no lugar de Henrique Dourado, o time passou a pressionar mais e Marquinho perdeu uma boa chance aos 23`, chutando em cima do goleiro. A equipe alvinegra, porém, tinha muitos espaços para puxar contra-ataques perigosos.

O treinador tricolor ainda trocou Douglas por Marco Junio, sem entender que o maior problema do Flu era o meio de campo, enfraquecido após a equivocada substituição de Pierre por Marquinho.

Por sorte, o Figueira pareceu se contentar com o empate e o Tricolor, mesmo vulnerável no meio, partiu para cima. Magnata, então, escalado pelo torcedor, aproveitou bom cruzamento de Wellington Silva e marcou o terceiro tricolor de cabeça, o gol da vitória, parecido com o que Scarpa havia feito no primeiro tempo, aos 35`.

A partir daí, o Figueirense assumiu novamente as rédeas da partida e foi para cima, perdendo boa oportunidade com uma cabeçada no travessão aos 42` e outra boa chance, também de cabeça, aos 46`.

No último minuto, porque drama não pode faltar, uma confusão na sinalização do árbitro deu entender que teria validado um gol ilegal do Figueira. Felizmente, tudo foi esclarecido.

Em resumo, o Flu fez um ótimo primeiro tempo e um péssimo segundo, graças, repito, ao erro de Levir. Saiu com a vitória, porque Magnata, o eterno Magnata, nos salvou.

Duas considerações finais: Renato Chaves, acredito, tem lugar no time titular no lugar de qualquer dos nossos dois zagueiros titulares. Se eu pudesse escolher quem sairia, escolheria Henrique; a segunda, as palavras de Carlos Alberto no fim. São graves e Levir precisa dar a sua versão, para que essa mancha não paire sobre a sua personalidade e seu trabalho como treinador de futebol.


Que venha o Botafogo, e seja o que Deus quiser!

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