“Aqui se faz, aqui se paga”, quem nunca ouviu? Ou,
talvez, “não se faz” ou “faz mal feito”. Qualquer uma dessas ações ou omissão
pode explicar o motivo por que o Fluminense há quatro anos não cumpre o seu
papel de clube vencedor. E não será desta vez, novamente.
Realmente, é com pesar que faço essa constatação.
Há possibilidade matemática de se alcançar uma vaga para a Libertadores na América,
mas quem, em sã consciência, crê que o Fluminense, diante do futebol que vem
apresentando, seja capaz disso.
Depois de quatro anos e sucessivos equívocos, a
atual gestão tricolor não entendeu que para gerir o futebol a inteligência, o
olhar aguçado, a “malandragem futebolística” são, às vezes, mais importantes
que o dinheiro, sobretudo quando esse dinheiro é mal empregado.
Cristóvãos, Drubscks, Eduardos, Endersons um
dia cobrarão seus preços. E aí está. Levir, com toda a sua teimosia, ainda é
melhor que todos esses que elenquei, mas não é milagroso. Nenhum planejamento sério
prescinde de um bom treinador desde o início da temporada, que participe da
escolha do elenco e da formação técnica e física da equipe para as principais
competições do ano.
Ao errar tanto na escolha de seus treinadores,
o Flu jogou todo o planejamento por água abaixo. E sem planejamento não se vai
a lugar algum.
O mesmo pode se dizer quanto à infindável série
de contratações equivocadas. São tantas, que certamente me esquecerei de
algumas: Richarlisson (10 milhões!), Osvaldo, Henrique Dourado (Ceifador?),
Jonathan, Aquino etc, etc, etc...
Pior mesmo e mais dolorido é saber que entre
Maranhão e Camilo, escolhemos Maranhão!
E ainda que Fred se foi e o seu melhor
substituto é o longevo Magno Alves, cujo valor jamais deve ser esquecido, mas
que não está à altura do que foi seu antecessor e do que o Fluminense precisa.
Imagino quanto dinheiro jogado no lixo. Quem
paga essa conta? Penso que toda a ação lesiva ao clube, temerária, deveria doer
no bolso de seu gestor. Assim, quem sabe, o dinheiro poderia ser mais bem
valorizado.
Errar é humano, mas há erros que têm mais cheiro de incompetência
que de equívoco propriamente dito. E o Fluminense tem sido uma sucessão de atos
temerários e incompetências na gestão de seu futebol.
E é por toda a falta de planejamento, pela má
gestão que o Tricolor patina nas posições intermediárias da tabela e isso muito
graças ao “caldeirão de Edson Passos”, porque, ouso dizer, se ainda jogássemos
para 500 ou 600 em Volta Redonda, estaríamos brigando para não cair.
Infelizmente é melancólica a constatação:
torcer para o ano acabar e que tenhamos para a próxima temporada, além de um
presidente novo, uma mentalidade nova, voltada exclusivamente para o futebol
tricolor. É preciso pensar grande para o Fluminense tornar a ser grande dentro
de campo.
Enquanto isso, torçamos para que, de tanto
patinar, o Flu não escorregue e caia. Atinjamos nossos parcos objetivos e
sonhemos com um 2017 melhor. É o que temos por agora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário