domingo, 11 de setembro de 2016

Aqui se faz, aqui se paga

“Aqui se faz, aqui se paga”, quem nunca ouviu? Ou, talvez, “não se faz” ou “faz mal feito”. Qualquer uma dessas ações ou omissão pode explicar o motivo por que o Fluminense há quatro anos não cumpre o seu papel de clube vencedor. E não será desta vez, novamente.

Realmente, é com pesar que faço essa constatação. Há possibilidade matemática de se alcançar uma vaga para a Libertadores na América, mas quem, em sã consciência, crê que o Fluminense, diante do futebol que vem apresentando, seja capaz disso.

Depois de quatro anos e sucessivos equívocos, a atual gestão tricolor não entendeu que para gerir o futebol a inteligência, o olhar aguçado, a “malandragem futebolística” são, às vezes, mais importantes que o dinheiro, sobretudo quando esse dinheiro é mal empregado.

Cristóvãos, Drubscks, Eduardos, Endersons um dia cobrarão seus preços. E aí está. Levir, com toda a sua teimosia, ainda é melhor que todos esses que elenquei, mas não é milagroso. Nenhum planejamento sério prescinde de um bom treinador desde o início da temporada, que participe da escolha do elenco e da formação técnica e física da equipe para as principais competições do ano.

Ao errar tanto na escolha de seus treinadores, o Flu jogou todo o planejamento por água abaixo. E sem planejamento não se vai a lugar algum.

O mesmo pode se dizer quanto à infindável série de contratações equivocadas. São tantas, que certamente me esquecerei de algumas: Richarlisson (10 milhões!), Osvaldo, Henrique Dourado (Ceifador?), Jonathan, Aquino etc, etc, etc...

Pior mesmo e mais dolorido é saber que entre Maranhão e Camilo, escolhemos Maranhão!

E ainda que Fred se foi e o seu melhor substituto é o longevo Magno Alves, cujo valor jamais deve ser esquecido, mas que não está à altura do que foi seu antecessor e do que o Fluminense precisa.

Imagino quanto dinheiro jogado no lixo. Quem paga essa conta? Penso que toda a ação lesiva ao clube, temerária, deveria doer no bolso de seu gestor. Assim, quem sabe, o dinheiro poderia ser mais bem valorizado.

Errar é humano, mas  há erros que têm mais cheiro de incompetência que de equívoco propriamente dito. E o Fluminense tem sido uma sucessão de atos temerários e incompetências na gestão de seu futebol.

E é por toda a falta de planejamento, pela má gestão que o Tricolor patina nas posições intermediárias da tabela e isso muito graças ao “caldeirão de Edson Passos”, porque, ouso dizer, se ainda jogássemos para 500 ou 600 em Volta Redonda, estaríamos brigando para não cair.

Infelizmente é melancólica a constatação: torcer para o ano acabar e que tenhamos para a próxima temporada, além de um presidente novo, uma mentalidade nova, voltada exclusivamente para o futebol tricolor. É preciso pensar grande para o Fluminense tornar a ser grande dentro de campo.


Enquanto isso, torçamos para que, de tanto patinar, o Flu não escorregue e caia. Atinjamos nossos parcos objetivos e sonhemos com um 2017 melhor. É o que temos por agora.

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