O Fluminense foi a Recife enfrentar um dos
últimos colocados no campeonato brasileiro com a firme pretensão de conseguir a
sua segunda vitória seguida na competição, o que não havia conseguido até
então. E a conseguiu, não com brilhantismo, mas com eficiência e dedicação
dentro de campo.
O Tricolor começou o jogo como costuma fazer
quando joga fora de casa: cauteloso e esperando o erro do adversário para
contra-atacar. Mas a falta de criatividade no meio foi um empecilho aos
objetivos dos atacantes Danilinho e Henrique Dourado até os 28 minutos do
primeiro tempo, quando Henrique, o zagueiro, acertou bela cobrança de falta
posta para escanteio pelo arqueiro do Santa Cruz. Na cobrança do córner, a bola
sobrou limpa para outro Henrique, o Ceifador, que completou sozinho para o gol
vazio e fez o gol do Fluminense.
Até então, apenas um chute torto de Scarpa para
fora. Muito pouco para uma equipe que tem maiores pretensões no campeonato.
O Santa Cruz até arriscou alguns chutes,
finalizou mais, porém sem perigo algum para Cavalieri.
No fim da primeira etapa, Wellington Silva se
contundiu, sendo substituído por Igor Julião, desfalcando uma equipe que já
jogava sem Marcos Junio e Cícero.
No segundo tempo, o Flu retornou ainda mais
recuado, pedindo, como se diz no jargão futebolístico, para tomar um gol. A
pressão inicial do Santa Cruz foi, porém, inócua porque se trata de uma equipe
fraquíssima, que nem mesmo comandada pelo estreante Doriva conseguiu se
motivar.
Para corrigir a perda do domínio no meio de
campo, Levir observou bem os demasiados erros de Edson e o retirou pondo em seu
lugar Pierre. Não mexeu no esquema, trocou seis por meia dúzia, mas o time
passou a errar menos e tornou a partida mais tranquila, com Danilinho,
inclusive, aparecendo mais no jogo. O Santinha passou a ameaçar menos, e o Flu
perdeu uma ótima oportunidade de ampliar num contra-ataque desperdiçado após
péssima finalização de Scarpa.
O Fluminense continuou sem ameaçar, mas nada
que fosse um obstáculo à sua vitória, que já estava praticamente assegurada
ante o baixíssimo nível técnico do adversário.
Henrique Ceifador, pelo gol, Willian Matheus,
Danilinho (especialmente no segundo tempo), Scarpa e Douglas foram os destaques
de uma partida fraca tecnicamente. Wellington, retornando de contusão, não
produziu o que temos nos acostumado a ver dele, mas a equipe em momento algum
deixou de ser aguerrida, o que contribuiu decisivamente para o sucesso da
equipe.
O Tricolor, enfim, conseguiu a sua segunda
vitória seguida no campeonato e ainda disputará uma partida adiada contra o
Figueirense, estando, portanto, vivas as chances de se alcançar pelo menos uma
classificação para a Libertadores. Precisará, contudo, fazer mais do que tem
feito, sobretudo nas partidas em que não tem o mando de campo.
De qualquer forma, foi mais uma vitória santa,
a cereja no bolo de um domingo em que o tricolor já se regozijava da belíssima
conquista do Ouro Olímpico do Voleibol nacional.
O torcedor tricolor despede-se das Olimpíadas
e, agora, volta os seus olhos exclusivamente para um campeonato brasileiro que
é um caminho, ainda que mais tormentoso do que a Copa do Brasil, para que o
Fluminense retorne à disputa da competição mais importante das Américas.
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