Mais um passo foi dado na caminhada tricolor
rumo ao grupo dos quatro melhores da competição. Menos pela qualidade da
apresentação do que pelos três pontos, a vitória foi importantíssima para as
pretensões tricolores no campeonato.
O primeiro tempo, porém, mostrou um Fluminense
que controlava a partida, mas sem muitas opções ofensivas. Esbarrava na forte
marcação adversária e na sua própria lentidão, tanto é que o lance mais
empolgante da primeira etapa foi justamente o gol, que se originou de um erro
grotesco da zaga coxa-branca muito bem aproveitado por Fred, que deixou
Vinícius de frente para a meta para concluir com maestria.
O segundo tempo foi melhor, porque o Coritiba
veio mais avançado. Com mais espaços, o Tricolor criou boas oportunidades e Vinícius,
com muita categoria, comandava o meio de campo do Flu. A defesa tricolor sofreu
poucos sustos – aliás, a postura defensiva da equipe tem se mostrado mais
eficiente a cada jogo sob o comando de Enderson – e o ataque passou a incomodar
mais o Coritiba. Fred poderia ter feito um golaço, Vinícius quase marcou de
peixinho e Wagner não ampliou por um milagre do goleiro alviverde.
Esgotado, Vinícius deixou o campo para a
entrada de Magnata, depois Gerson saiu substituído por Marcos Junior e Wagner
foi trocado por Pierre. O Flu continuou melhor, como foi durante todo o jogo,
mas o placar era enxuto demais para se dar ao luxo de tentar segurá-lo até o
fim da partida.
Então, Edson, um dos grandes nomes do jogo,
tabelou com Breno Lopes – que começou inseguro, mas se firmou aos poucos – para
colocar a bola na cabeça de Marcos Junio que entrava livre para marcar de
cabeça o segundo e definitivo gol tricolor.
Vitória garantida, três pontos na conta e duas
constatações imediatas: Vinícius é o grande nome do meio de campo tricolor. De
seus pés nascem as melhores jogadas do Fluminense, sempre construídas com muita
inteligência e categoria. A segunda é que, depois de três partidas sob o
comando de Enderson Moreira, pode-se constatar como um treinador é importante
para uma equipe de futebol. O mesmo time que foi impiedosamente goleado pelo
Atlético, apresentando-se de forma risível, passou do dia para a noite a ser
competitivo, mostrou organização tática e espírito do luta. O resultado está aí.
Talvez isso não queira dizer muita coisa. Enderson
não era o nome que a imensa maioria da torcida tricolor desejava, mas mostrou,
em pouco tempo de clube, que é aquilo que o seu antecessor não foi: treinador
de futebol.
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