domingo, 5 de fevereiro de 2017

Humildade e luta

Após o jogo contra o Resende, fiz uma pequena brincadeira: “Com mais dois Orejuelas e mais  dois Sornozas fechamos o grupo e ganhamos tudo este ano. Com seis equatorianos não vai ter para ninguém.” É claro que a metáfora conota a evidente qualidade técnica dos dois reforços tricolores, mas exageros à parte todos sabemos que, apesar do bom começo, teremos um ano difícil pela frente.

A dificuldade estará principalmente em manter o equilíbrio do time quando não se tem um elenco capaz de suportar o desgaste das longas competições que se apresentarão durante o ano, sobretudo o campeonato brasileiro. A alma que Abel Braga deu ao time é suficiente para vermos uma equipe brigadora o tempo inteiro, mas sem um elenco mais qualificado, lesões, convocações e outros intercorrências podem desfalcar o Flu de suas peças mais importantes.

Temos alguns jogadores da base que podem ajudar. E estão ajudando, mas para almejarmos com chances reais que conquista alguma competição, o Flu precisará estar sempre no limite e precisará de ajuda também de fora das quatro linhas.

É por isso que além da presença da torcida, cujo apoio será fundamental na temporada, vejo com grata satisfação o retorno de um dos mais capacitados profissionais da medicina ao Fluminense. Independentemente de posições políticas, o Presidente Abad agiu como se deve agir quem tem o Tricolor como prioridade, trouxe o Dr. Michael Simoni para a função de diretor do Departamento de Saúde. Mais um reforço de qualidade que muito contribuirá para que nossos profissionais, dentro de campo, tenham toda a tranquilidade para desempenhar suas funções.

Os melhores nomes tricolores têm que fazer parte da gestão e, ao que parece, o Presidente tem isso como princípio: vaidades de lado, o que importa é e sempre será o Fluminense.

Ponto para Abad. Outro golaço foi a contratação de uma auditoria qualificada para examinar as contas tricolores. Medida acertada e prudente, que dará à nova Administração a exata dimensão dos erros e acertos da gestão anterior e mostrará o que deve ser corrigido e trabalhado. Além disso, possibilitará a responsabilização de quem por dolo ou culpa agiu contra os interesses do clube ou lhe trouxe prejuízos. Começar o trabalho com a casa em ordem é tudo de que o Flu precisa para poder seguir em frente sem as amarras do passado.

Vida nova para o Fluminense. Começar com o pé direito nos gramados e fora dele é um bom sinal, sinal de que mesmo com um orçamento enxuto, mas com um grupo engajado e uma administração focada nos interesses do clube, algo de bom pode acontecer.


Se não conquistarmos um título, teremos lutado. E o Fluminense deve ser assim, um time guerreiro que luta até o fim por seus objetivos. O resto é consequência.

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